A Igreja Universal do Reino de Deus terá de pagar uma indenização de
R$ 300 mil a um ex-fiel que abandonou o tratamento contra a Aids,
contaminou a mulher e chegou à beira da morte.
Para a Justiça, o gaúcho de 36 anos foi convencido de que se livraria do HIV só com a fé em Deus e doações à igreja.
Em
2005, o homem descobriu que tinha o vírus e iniciou o tratamento.
Angustiado, começou a frequentar os cultos da Universal por indicação de
um vizinho.
Segundo o jornal "Folha de S. Paulo", em 2009, por
sugestão de um pastor, o fiel parou de tomar os remédios e passou a
fazer sexo sem camisinha com sua mulher. Mas nem isso nem a doação de
um televisor e um computador à igreja foram suficientes para livrá-lo da
doença e impedir a contaminação da mulher.
Logo após interromper o tratamento, o homem foi internado com pneumonia grave, ficou em coma induzido e emagreceu 40 quilos.
A
decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para que a
Universal indenize o fiel por danos morais saiu no último dia 26. A
igreja ainda pode recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A
Universal negou à publicação que tenha pedido para o homem abandonar o
tratamento, mas reiterou que há uma "vasta bibliografia científica" que
sustenta a "afirmação bíblica de que a fé auxilia –e muito– na cura de
doenças".
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