Os trabalhadores da Coelce decidiram, em assembleia realizada nesta semana, suspender as atividades em todo o Estado durante quatro horas. A paralisação temporária ocorrerá na próxima terça-feira, das 8 às 12 horas. A mobilização é fruto da insatisfação da categoria com as negociações salariais, que desembocaram em dissídio coletivo, com a supressão do adicional de periculosidade e com o reajuste de 17% do plano de saúde.
Há 25 anos que não havia paralisações de trabalhadores na Coelce. Mesmo com o aumento de cerca de 40% na tarifa de energia em 2015 e do lucro líquido de R$ 132 milhões no primeiro semestre deste ano – representando aumento de 103% em relação a igual período do ano passado, a Coelce estabeleceu meta de redução de custos de 11%.
A categoria diz que essa contenção está concentrada no ataque aos direitos dos trabalhadores. Nas últimas semanas, veio a informação por e-mail, oriunda da direção da empresa, de que, a partir do dia 10 de julho, haverá corte do adicional de periculosidade de dezenas de trabalhadores.
Também é motivo de descontentamento o aumento de 17% do plano de saúde, incompatível, segundo a categoria, com o reajuste salarial de 6,34% (inflação medida pelo INPC), concedido pela Justiça, em março, por meio de liminar. Os demais itens sociais e econômicos do Acordo Coletivo de Trabalho ainda aguardam um desfecho do dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho – 7ª Região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário