Falcão é um dos líderes do protesto |
“Por um futsal honesto e transparente”, diversos jogadores gravaram depoimentos em vídeo neste fim de semana para um boicote à seleção brasileira. Eles defendem mudança administrativa, em crítica a crise política e financeira que assola a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS). O jogador Falcão foi um dos primeiros a entoar o coro. No início da semana passada, ele já havia declarado que não haverá seleção brasileira. Ele e outros colegas afirmaram que não iriam aceitar defender a camisa da seleção, caso sejam convocados. A justificativa é que estão empenhados em mudar o rumo do futsal no País.
>>>>>> Confira o vídeo dos atletas do futsal brasileiro que romperam com a CBFS
A insatisfação dos jogadores passa pela dívida de R$ 6 milhões que impediu a Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) de negociar patrocínio com estatais por ter tido um de seus balanços reprovados. Sem verba, a entidade já havia cancelado a organização da Copa América.
O boicote ganha fôlego dois dias antes da eleição do novo presidente da CBFS, que acontece nesta terça, na capital cearense. O ápice da insatisfação dos jogadores está no fato de oposição e situação lançarem chapa conjunta em prol do nome de Marcos Madeira. Isso porque a nova chapa acabou inviabilizando a candidatura de Nilton Romão, que, mesmo sendo apoiado pelos atletas, acabou desistindo da disputa.
Na última segunda-feira, a comissão técnica da seleção já havia entregado o cargo em protesto. Ontem, diversos atletas - como Grilo, Guitta, Jackson, Leco e outros - se posicionaram contra a chapa única que deve ser referendada nesta terça na direção da Confederação.
“Não concordo com nada do que está acontecendo. Já declarei e continuo declarando. Estou feliz em ser um dos puxadores dessa campanha, em benefício do esporte e do futsal”, declarou Falcão, em vídeo, acrescentando que os atletas estão lutando por uma gestão limpa, séria e que beneficie o esporte acima de tudo.
“Eu, Neto, Rodrigo e Tiago estamos juntos desde o início dessa composição e vimos o absurdo do absurdo que está acontecendo. Nós atletas vamos comprar essa briga, porque só nos podemos mudar isso. Quanto mais a gente se fortalece a gente enfraquece essa chapa e essa gestão. Eles vão ver que não tem pra onde correr”, declarou o atleta, em seu depoimento.
Procurado pela reportagem para comentar a crise pela qual a CBFS passa hoje, o ex-presidente da Confederação Cearense de Futsal, Sílvio Carlos, disse que não vai se envolver em uma polêmica que não é contra a entidade. Ele já havia tratado do assunto na coluna que mantém no jornal Diário do Nordeste, na edição deste domingo.
“Eu não vou me envolver nesta polêmica que acontece na internet, em que uma opinião do Roberto do Vale está recebendo uma série de comentários desfavoráveis a este eficiente executivo. A bem da verdade, eu afirmo que Roberto do Vale é um homem sério, comprometido com suas obrigações funcionais, com um passado limpo e em um presente que não merece restrição. E vou mais além: Roberto nunca teve a intenção de prejudicar nenhum atleta cearense, o que seria um grande contrassenso”, escreveu Sílvio Carlos.
O Diário do Nordeste procurou a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, mas a assessoria informou que o atual presidente, Renan Tavares, não está comentando o assunto, já que na terça já entrega a gestão. Já o futuro presidente, Marcos Madeira, só deverá se pronunciar pela entidade quando assumir de fato o cargo.
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