Senador por São Paulo em três legislaturas, o petista deixa
Brasília lamentando que a presidente da República não o tenha recebido
para audiência
FOTO: AG.SENADO
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Brasília. Ao encerrar, na noite de sábado (31/01),
seus 24 anos no Senado, Eduardo Suplicy (PT-SP) publicou em seu perfil
no Facebook mensagem de despedida do Congresso com críticas à presidente
Dilma Rousseff. Ele aguardava ser chamado para audiência com a
correligionária antes do fim do mandato.
"Sinto imensamente que a presidente Dilma Roussef, após ter assegurado
que me receberia antes do término do meu mandato, para conversar sobre
proposta feita por todos os 81 senadores, não tenha me recebido. Foram
oito cartas enviadas desde junho de 2013. Sou senador do PT. Muitos
foram recebidos mesmo não sendo do PT".
Em 17 de janeiro, no discurso de despedida do Congresso, disse que o PT
viveu um "tsunami" que reduziu a votação da sigla, perdendo,
principalmente, eleitores em São Paulo (Estado reduto do partido e que
não o reelegeu para mais um mandato): "Todos nós do PT devemos fazer uma
reflexão de profundidade para conhecermos melhor as razões pelas quais
encontramos tantos obstáculos".
Não mencionou, contudo, escândalos de corrupção que envolveram membros
do partido, como o mensalão. Mas apresentou números que comprovam a
redução da força do PT em São Paulo, onde a sigla surgiu nos anos 1980.
"A alegria que senti pela vitória da presidente Dilma, sobretudo pela
votação nos Estados do Norte, Minas e outros, me recompensou pela
tristeza de não ter sido eleito".
Suplicy foi derrotado por José Serra (PSDB-SP) nas eleições para o
Senado. Será a primeira vez desde 1991 que o petista ficará sem mandato
no Legislativo Federal. E finalizou: "Agradeço aos oito milhões de votos
em 2006, eleição da qual fui vencedor. E aos seis milhões que votaram
em mim em 2014, quando José Serra foi vencedor".
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