
Brasília. A nova edição do Mais Médicos apresentou
recorde de inscrições de profissionais. Números anunciados ontem mostram
que o Ministério da Saúde registrou 15.747 pessoas interessadas em
participar do programa. Os médicos formados no Brasil vão disputar 4.146
vagas, das quais 361 são de reposição. Para a Região Nordeste, serão
convocados 1.784 profissionais. Deste total, 528 serão selecionados para
o Ceará.
Com a expansão, o programa garante mais de 18 mil médicos na atenção básica, atingindo 63 milhões de brasileiros
Segundo a Pasta, o maior interesse de profissionais com diploma
brasileiro é resultado da fusão do programa com o Provab, outra
iniciativa do governo para tentar aumentar o provimento de profissionais
em áreas consideradas prioritárias e que garante, depois de um ano de
trabalho, um bônus de 10% nos exames de residência.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, ao anunciar os números disse ser
cedo para antever se, com o aumento do interesse em profissionais
brasileiros, será possível dispensar o recrutamento de médicos cubanos.
"Temos de aguardar", disse.
Ele avalia haver a possibilidade de parte dos profissionais desistir,
principalmente em regiões mais afastadas. Por enquanto, a relação de
candidato vaga é de 3,7. Nesta nova etapa, o programa foi ampliado em
número de vagas e alcance: 273 cidades foram incluídas, agora
totalizando 4.058 a lista de localidades beneficiadas, além de outros 34
Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
O programa, lançado em 2013, tem hoje 14.462 profissionais,
distribuídos em 3.785 municípios, e atende cerca de 50 milhões de
pessoas. O orçamento deste ano para o programa é de R$2,69 bilhões.
Reaproximação
Depois de quase dois anos de relações rompidas, o Ministério da Saúde e
o Conselho Federal de Medicina (CFM) se reuniram ontem para discutir a
agenda conjunta deste ano.
De acordo com Chioro, foi uma reunião importante para uma
reaproximação, após um rompimento de mais de um ano e meio. "(A reunião
significa) retomar o dialogo respeitoso, baseado no interesse público,
com respeito ao que é papel de cada um", declarou o ministro.
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