Você já ouviu falar em Oculus Rift? E em Palmer Luckey ?
Uma das maiores revistas internacionais da área de tecnologia, em
edição recente, garante, numa reportagem de capa, que o moleque Luckey
está perto de mudar os mercados de jogos, filmes, TV, música, design,
medicina, sexo, esportes, artes, turismo, redes sociais, educação e até
mesmo a própria realidade, esta “velha anciã” que já não nos é
suficiente.
Capas de revistas costumam acertar muito mais que errar. Mas nunca vi
uma frase tão longa numa capa, e tão contundente. Mudar a realidade?
Mudar o sexo? Mudar praticamente todas as atividades humanas?
Um pequeno detalhe: Palmer Luckey (que parece nome de personagem de
série de TV) tem 21 anos e trabalha em seu projeto desde os 18, na
garagem da casa de seus pais em Long Beach, na Califórnia (Estados
Unidos). O tal projeto chama-se Oculus Rift, um equipamento parecido com
uma máscara de mergulho incrementada. O seu objetivo é desfazer
qualquer diferença entre a realidade do cotidiano físico-emocional e a
realidade virtual.
Trata-se de chegar a um ponto final numa busca que já tem mais de dois séculos. Desde Julio Verne até os autores de sci fi de
hoje em dia, cientistas, visionários, escritores e filósofos procuram
este caminho: um mundo digital tão envolvente, que neurologicamente não
somos capazes de separá-lo do mundo fora de nós.
Acompanhe alguns dos comentários de especialistas sobre o Oculus Rift:
- Isto será maior do que qualquer um esperava.
- Esta é a primeira vez que um projeto foi bem sucedido em estimular partes do sistema visual humano diretamente, e de maneira permanente.
- Ele é seguramente um ponto de inflexão, e o projeto já é viável hoje. O mundo está na beira de uma grande mudança: Apple II, Netscape, Google, IPhone e agora o Oculus Rift.
- Esta é a primeira vez que um projeto foi bem sucedido em estimular partes do sistema visual humano diretamente, e de maneira permanente.
- Ele é seguramente um ponto de inflexão, e o projeto já é viável hoje. O mundo está na beira de uma grande mudança: Apple II, Netscape, Google, IPhone e agora o Oculus Rift.
E como funciona a “coisa”? Trata-se de uma mistura de um sistema
estereoscópico 3D, 360 graus de visibilidade, som surrounding
diretamente conectado aos seus ouvidos, e um software que atinge
diretamente seu córtex cerebral.
Você pode estar deitado numa praia, com um Sol escaldante na cabeça.
Mas se estiver usando o Oculus, poderá viver uma experiência “real” de
estar esquiando no inverno suíço. Você sentirá frio e a sensação de
estar encasacado, com o vento a lhe castigar os ossos.
Pensou em Matrix? É muito mais, você pode viver numa comunidade carente
num canto qualquer do mundo e viver diariamente em Nova Iorque ou
Paris.
O produto está nos seus testes finais e seu lançamento previsto para o
primeiro trimestre de 2015. A Sony já anunciou que vai tentar criar um
produto semelhante, e lançou um projeto que chama de Projeto Morpheus.
Adivinhe quem já comprou um pedaço da empresa que desenvolve o Oculus
Rift? Sim, claro, ele, o Zuka, o intrépido Mark Zuckerberg, que tirou
do bolso dois bilhões de dólares, sem pestanejar, depois de experimentar
o produto por uma hora.
- Este é o futuro, diz Zuckerberg. É como ir (com o Oculus) além da
ideia de imersão e alcançar uma verdadeira presença humana, de cada
indivíduo, num mundo virtual. Você anda, fala, come, senta, levanta,
grita de dor, tem prazer e chora, deixando o plano do real - no qual a
atual Internet se insere- para os velhos filósofos e psicanalistas.
Já vimos outras manchetes estupefacientes em capas de jornais e
revistas, e muitas vezes a realidade dobrou, triturou e moeu os sonhos.
Você vai mudar a maneira de seu cérebro funcionar, de seus olhos e
ouvidos serem usados e, sobretudo, mudar sua vida, seu trabalho, suas
relações pessoais, seu estar no mundo.
Se for isto tudo mesmo, o Oculus Rift será muito mais do que poderíamos imaginar para o futuro próximo.
Anote aí: Palmer Luckey, um rosto quadrado e um pouco rechonchudo, que
só trabalha de sandálias, e seus sócios, Nate Mitchell e Brendan Iribe,
podem estar fazendo história.
Será? Pelo sim ou pelo não, procure saber mais sobre o produto agora, amanhã pode ser tarde.
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