Um quinto da população brasileira sofre com os efeitos da seca neste
início de ano em todo o país. O quadro de crise hídrica em vários
estados brasileiros atinge, também, o Ceará. O Estado sofre, também, com
a estiagem. Dos 184 municípios, mais da metade enfrenta dificuldades
com a falta de água para o consumo humano e animal. Em muitas cidades, o
quadro é colapso e, nos locais em que os reservatórios ainda tem
reservar, a preocupação é o com a redução brusca desses volumes de água,
como acontece, em Varjota, onde está localizado o Açude Araras Norte,
que passa a fornecer água, por meio de adutora de engate, para
municípios vizinhos
Um levantamento feito pelo GLOBO com base em informações de comitês
de bacias hidrográficas e governos estaduais mostra que ao menos 45,8
milhões de pessoas vivem em regiões em que os níveis dos reservatórios
estão abaixo do normal e a quantidade de chuvas é menor que a média
histórica.
A falta d’água já tem causado, em estados do Sudeste e do Nordeste do
país, racionamento em áreas urbanas, redução na irrigação de
propriedades rurais e cancelamento da navegação. Caso se prolongue, a
estiagem ameaça a geração de energia nas hidrelétricas e a produção
industrial, segundo especialistas.
Ao longo de 2014, a seca levou 1.265 municípios de 13 estados do
Nordeste e do Sudeste a decretarem situação de emergência, de acordo com
o Ministério da Integração Nacional —hoje, 936 cidades estão nessa
situação. O procedimento, geralmente adotado por cidades pequenas e
médias, autoriza os gestores públicos a pedir recursos federais para
ações de socorro e serviços emergenciais.
O número de municípios que sofrem impactos causados pela seca, porém,
pode ser maior, já que nem todos recorrem ao expediente. No estado de
São Paulo, onde ao menos 64 cidades estão sofrendo problemas
relacionados à estiagem, só três tiveram o pedido de situação de
emergência reconhecido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa
Civil.
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