Diploma foi entregue à petista em sessão no Tribunal Superior
Eleitoral e assinado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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Brasília. Em discurso após receber o diploma para
assumir o segundo mandato presidencial, a presidente Dilma Rousseff
conclamou brasileiros para um pacto nacional contra a corrupção, a
reforma política e a preservação da Petrobras. Para a presidente, as
irregularidades cometidas no passado não podem trazer conflitos para o
presente.
Dilma defendeu a punição das pessoas que cometeram crimes mas defendeu
que a maior empresa do País, a quem chamou de a "mais brasileira das
empresas", não seja punida pelo erro de alguns dos seus diretores e
presidentes.
"Chegou a hora de firmarmos um grande pacto nacional contra corrupção,
envolvendo todos os setores da sociedade e do governo. Esse pacto vai
desaguar na grande reforma política que o Brasil precisa promover no
próximo ano", disse.
Em relação à Petrobras, a presidente da República disse que alguns
funcionários foram atingidos no processo de combate à corrupção. "(Mas
temos que) saber apurar e punir sem enfraquecer a Petrobras e sem
diminuir sua importância para o presente e futuro (do País)".
Dilma afirmou ainda que quer ser a presidente capaz de liderar uma
mudança cultural da sociedade em relação à corrupção. "É preciso ter com
clareza que não é um conjunto de novas leis que vai resolver esse
problema. Ela (mudança de cultura) tem que nascer dentro de cada lar, de
cada escola, de cada alma de cada cidadão. Temos que criar uma nova
consciência de moralidade pública. Quero ser a presidente que ajudou a
tornar esse processo irreversível", disse.
Aplaudida
Durante seu discurso, Dilma foi aplaudida quatro vezes, todos em momentos que defendeu o combate à corrupção.
A presidente prometeu para o seu discurso de posse, no dia 1º de
janeiro, detalhes das medidas que pretende adotar em seu segundo governo
para garantir mais crescimento para o País, desenvolvimento econômico e
progresso social.
Dilma foi diplomada ao lado do vice Michel Temer. O diploma lhes foi
entregue em sessão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assinado pelo
presidente da corte, Dias Toffoli. Ao entregar os documentos, Toffoli
leu o texto gravado nas peças.
"Pela vontade do povo brasileiro expressa nas urnas em 26 de outubro de
2014, Dilma Vana Rousseff, candidata pela coligação Com a Força do Povo
(PT, PMDB, PRB, PP, PDT, PR, PSD, PC do B, Pros) foi eleita presidente
da República pelo voto de 54.501.118 eleitores. Em testemunho desse
fato, a Justiça Eleitoral expediu-lhe o presente diploma, que lhe
habilita à investidura perante o Congresso Nacional em 1º de janeiro de
2015 nos termos da Constituição Federal", diz o texto.
Sem terceiro turno
Ao final da cerimônia, Toffolli, mandou um recado para a oposição. "Não
haverá terceiro turno. Que os especuladores se calem. Não há espaço",
disse.
Na tarde de ontem, o PSDB entrou com ação no TSE para cassar o mandato da presidente.
O partido alega que a petista cometeu irregularidades como uso da
máquina administrativa e abuso econômico, e não poderia assumir o
mandato.
Nas eleições de outubro, candidata do PT à reeleição, Dilma foi eleita
com 51,64% dos votos válidos pela coligação Com a Força do Povo.
Participaram da solenidade os presidentes do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
além de outras autoridades do Judiciário. Os ex-presidentes Luiz Inácio
Lula da Silva e José Sarney também estiveram presente na cerimônia.
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