sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Presidente e vice são diplomados

Diploma foi entregue à petista em sessão no Tribunal Superior Eleitoral e assinado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli
Diploma foi entregue à petista em sessão no Tribunal Superior Eleitoral e assinado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília. Em discurso após receber o diploma para assumir o segundo mandato presidencial, a presidente Dilma Rousseff conclamou brasileiros para um pacto nacional contra a corrupção, a reforma política e a preservação da Petrobras. Para a presidente, as irregularidades cometidas no passado não podem trazer conflitos para o presente.
Dilma defendeu a punição das pessoas que cometeram crimes mas defendeu que a maior empresa do País, a quem chamou de a "mais brasileira das empresas", não seja punida pelo erro de alguns dos seus diretores e presidentes.
"Chegou a hora de firmarmos um grande pacto nacional contra corrupção, envolvendo todos os setores da sociedade e do governo. Esse pacto vai desaguar na grande reforma política que o Brasil precisa promover no próximo ano", disse.
Em relação à Petrobras, a presidente da República disse que alguns funcionários foram atingidos no processo de combate à corrupção. "(Mas temos que) saber apurar e punir sem enfraquecer a Petrobras e sem diminuir sua importância para o presente e futuro (do País)".
Dilma afirmou ainda que quer ser a presidente capaz de liderar uma mudança cultural da sociedade em relação à corrupção. "É preciso ter com clareza que não é um conjunto de novas leis que vai resolver esse problema. Ela (mudança de cultura) tem que nascer dentro de cada lar, de cada escola, de cada alma de cada cidadão. Temos que criar uma nova consciência de moralidade pública. Quero ser a presidente que ajudou a tornar esse processo irreversível", disse.

Aplaudida
Durante seu discurso, Dilma foi aplaudida quatro vezes, todos em momentos que defendeu o combate à corrupção.
A presidente prometeu para o seu discurso de posse, no dia 1º de janeiro, detalhes das medidas que pretende adotar em seu segundo governo para garantir mais crescimento para o País, desenvolvimento econômico e progresso social.
Dilma foi diplomada ao lado do vice Michel Temer. O diploma lhes foi entregue em sessão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assinado pelo presidente da corte, Dias Toffoli. Ao entregar os documentos, Toffoli leu o texto gravado nas peças.
"Pela vontade do povo brasileiro expressa nas urnas em 26 de outubro de 2014, Dilma Vana Rousseff, candidata pela coligação Com a Força do Povo (PT, PMDB, PRB, PP, PDT, PR, PSD, PC do B, Pros) foi eleita presidente da República pelo voto de 54.501.118 eleitores. Em testemunho desse fato, a Justiça Eleitoral expediu-lhe o presente diploma, que lhe habilita à investidura perante o Congresso Nacional em 1º de janeiro de 2015 nos termos da Constituição Federal", diz o texto.
Sem terceiro turno
Ao final da cerimônia, Toffolli, mandou um recado para a oposição. "Não haverá terceiro turno. Que os especuladores se calem. Não há espaço", disse.
Na tarde de ontem, o PSDB entrou com ação no TSE para cassar o mandato da presidente.
O partido alega que a petista cometeu irregularidades como uso da máquina administrativa e abuso econômico, e não poderia assumir o mandato.
Nas eleições de outubro, candidata do PT à reeleição, Dilma foi eleita com 51,64% dos votos válidos pela coligação Com a Força do Povo. Participaram da solenidade os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), além de outras autoridades do Judiciário. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Sarney também estiveram presente na cerimônia.

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