No Ceará, mortes por tuberculose reduziram 17,7% nos últimos 11
anos. Em 2001, foram 3,4 óbitos por 100 mil habitantes; em 2011, 2,8
óbitos
FOTO: MIGUEL PORTELA
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Brasília. Embora a tuberculose seja curável já há
muito, seu tratamento longo, que deve ser mantido mesmo após a remissão
dos sintomas, ainda faz com que muitas pessoas permaneçam
assintomáticas, porém transmitindo a bactéria que causa a doença.
Infelizmente, isso tem tornado os microrganismos causadores da
enfermidade resistentes a medicamentos, dificultando a erradicação da
doença e levando muitos à morte.
Segundo o Ministério da Saúde, anualmente são notificados cerca de 6
milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de
pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de
tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário.
Tosse por mais de três semanas, produção de catarro, febre, cansaço,
dor no peito, falta de apetite e emagrecimento são os principais
sintomas da doença, que é transmitida pelo bacilo de Koch.
No Brasil, a tuberculose é sério problema da saúde pública, com
profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados cerca de 70 mil
casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes. O País ocupa o 17º lugar entre os
22 países responsáveis por 80% do total de casos no mundo.
No Ceará, segundo a Secretaria estadual de Saúde, verifica-se uma
tendência de declínio nas taxas. Em 2001, a incidência ficou em 46,8
casos para cada grupo de 100 mil habitantes, caindo para 38,8 em 2012,
ano em que surgiram, no Estado, 3.338 novos casos da doença. Em 11 anos,
as mortes reduziram 17,7%. Porém, há desafios no enfrentamento da
doença. Entre eles, reduzir a taxa de abandono do tratamento gratuito,
que está em 8,9%, acima da taxa de 5% aceitável pela Organização Mundial
de Saúde.
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