segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Tuberculose afeta 70 mil por ano

No Ceará, mortes por tuberculose reduziram 17,7% nos últimos 11 anos. Em 2001, foram 3,4 óbitos por 100 mil habitantes; em 2011, 2,8 óbitos
No Ceará, mortes por tuberculose reduziram 17,7% nos últimos 11 anos. Em 2001, foram 3,4 óbitos por 100 mil habitantes; em 2011, 2,8 óbitos
FOTO: MIGUEL PORTELA
Brasília. Embora a tuberculose seja curável já há muito, seu tratamento longo, que deve ser mantido mesmo após a remissão dos sintomas, ainda faz com que muitas pessoas permaneçam assintomáticas, porém transmitindo a bactéria que causa a doença. Infelizmente, isso tem tornado os microrganismos causadores da enfermidade resistentes a medicamentos, dificultando a erradicação da doença e levando muitos à morte.
Segundo o Ministério da Saúde, anualmente são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário. Tosse por mais de três semanas, produção de catarro, febre, cansaço, dor no peito, falta de apetite e emagrecimento são os principais sintomas da doença, que é transmitida pelo bacilo de Koch.

No Brasil, a tuberculose é sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados cerca de 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes. O País ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos no mundo.
No Ceará, segundo a Secretaria estadual de Saúde, verifica-se uma tendência de declínio nas taxas. Em 2001, a incidência ficou em 46,8 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, caindo para 38,8 em 2012, ano em que surgiram, no Estado, 3.338 novos casos da doença. Em 11 anos, as mortes reduziram 17,7%. Porém, há desafios no enfrentamento da doença. Entre eles, reduzir a taxa de abandono do tratamento gratuito, que está em 8,9%, acima da taxa de 5% aceitável pela Organização Mundial de Saúde.

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