O Senado aprovou nesta terça-feira (4) projeto que obriga as entidades
que atendem crianças e adolescentes a terem em seus quadros
profissionais capacitados a identificar maus tratos e abusos. A proposta
inclui professores e escolas de todos os níveis educacionais, assim
como trabalhadores de saúde e policiais.
O projeto também abriga que os profissionais comuniquem os conselhos tutelares sobre os casos de maus tratos e abusos. A proposta modifica o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para obrigar as entidades a empregarem os profissionais qualificados.
O texto não estabelece, porém, punições às instituições que não
cumprirem a norma - nem determina como deve ser a formação desses
profissionais. O projeto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.
"O projeto tem um único objetivo de, em cada entidade pública ou
privada que recepciona crianças e adolescentes, haver um profissional
treinado para identificar abusos. Esse profissional não é para resolver o
caso, mas para encaminhar ao conselho tutelar os casos de abuso", disse
o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), autor do projeto.
Pela proposta, são considerados maus tratos a crianças e adolescentes atos que causem sofrimento físico ou psíquico, como agressões físicas, psicológicas, abuso sexual, tortura, negligência e abandono, entre outros crimes.
O texto determina que o Ministério Público defina o sistema de informação necessário à observação dos maus-tratos.
Os cursos de formação de professores de educação básica e de Pedagogia,
segundo o projeto, devem oferecer orientação sobre os efeitos físicos e
psicológicos decorrentes de maus-tratos e de abuso sexual sofridos
pelas crianças e adolescentes.
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