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A proposta prevê que a alíquota do empregador para o INSS caia de 12% para 6% e a do empregado fique em 6%
FOTO: THIAGO GASPAR
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Brasília. A redução da contribuição paga ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) pelo empregador e empregado doméstico
será avaliada pela presidente Dilma Rousseff. O projeto que trata da
medida foi liberado ontem para sanção presidencial pela Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara, quatro meses após a aprovação do
texto.
Os deputados aprovaram a chamada "redação final" da proposta, um ato
burocrático que não altera o conteúdo. Pela proposta, a alíquota do
empregador cai de 12% para 6% e, para o empregado, é fixada também uma
alíquota única de 6%. Hoje, ela varia conforme o salário.
Segundo líderes governistas, não há compromisso do governo com o texto.
O prazo para a análise da presidente é de 15 dias depois da chegada do
projeto no Palácio do Planalto.
O projeto também prevê a redução da alíquota do INSS do empregador, mas
regulamenta o pagamento obrigatório da contribuição do FGTS (8%) e o
seguro por acidente de trabalho (0,8%), benefícios garantidos com a
aprovação, no início do ano passado, da emenda constitucional que
ampliou os direitos do trabalhador doméstico.
Nesse caso, não há perda de arrecadação para o governo. O texto ainda
acaba com a possibilidade de o empregador deduzir a contribuição
previdenciária do Imposto de Renda (IR). Atualmente, é possível declarar
o pagamento do empregado e obter a dedução do IR.
Regulamentação
Na próxima semana, a Câmara vai discutir a votação de outra proposta que envolve os direitos dos trabalhadores domésticos.
Os deputados vão definir quando será analisado um parecer que amplia as
garantias da categoria, regulamentando pontos da lei que trata dos
empregados domésticos.
Aguardam ainda uma definição do Congresso benefícios como seguro-desemprego, FGTS, adicional noturno e ainda auxílio creche.
Horas extras
Nesta semana, deputados e senadores rejeitaram as 57 mudanças no texto
feitas pela Câmara. Foram rejeitadas várias propostas, como a que previa
pagamento de contribuição sindical por patrões e empregados e outra que
acabava com o banco de horas para compensar horas extras trabalhadas.
Agora, o projeto terá que ser votado pelo plenário da Câmara dos
Deputados.

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