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| Prefeito de Quixadá, João Hudson (Foto: Reprodução/Youtube) |
O Ministério Público do Estado do Ceará entrou com uma representação
junto à Câmara Municipal de Quixadá contra o prefeito, João Hudson
Rodrigues Bezerra, pedindo a cassação do gestor. O documento foi
protocolado na segunda-feira (3) pelos promotores de Justiça André Clark
e Elnatan Júnior.
Além disso, o MPCE ajuizou na mesma data duas Ações Civis Públicas
(ACPs) contra a Prefeitura de Quixadá. O motivo é a grave situação da
saúde no Município. Os três procedimentos resultam de um trabalho de um
ano de minuciosa investigação.
Denúncia
Segundo os promotores, o prefeito e a pessoa jurídica Dinâmica – Cooperativa de Profissionais de Saúde Ltda. causaram prejuízo ao erário e atentaram contra os princípios da Administração Pública, pois a cooperativa em questão manteve contratos com o Município entre os anos de 2013 e 2014, os quais, somados, superaram R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).
Segundo os promotores, o prefeito e a pessoa jurídica Dinâmica – Cooperativa de Profissionais de Saúde Ltda. causaram prejuízo ao erário e atentaram contra os princípios da Administração Pública, pois a cooperativa em questão manteve contratos com o Município entre os anos de 2013 e 2014, os quais, somados, superaram R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).
Para o Ministério Público, as contratações, efetuadas através da
Secretaria de Saúde, tiveram o claro objetivo de burlar o limite de
gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Por
conta disso, uma das ACPs pede que o prefeito e a cooperativa sejam
condenados por ato de improbidade administrativa.
Cassação
Com relação ao pedido de cassação, o MPCE se baseia no Decreto-Lei nº 201/67, que, em seu art. 4º, estabelece a pena de perda do mandato, em caso de condenação pela Câmara Municipal. Agora, o Legislativo municipal deve avaliar o pedido do MPCE. Entre outras coisas, a segunda ACP solicita que, dentro do prazo de 10 dias, seja regularizado o fornecimento de medicamentos e material médico-hospitalar.
Com relação ao pedido de cassação, o MPCE se baseia no Decreto-Lei nº 201/67, que, em seu art. 4º, estabelece a pena de perda do mandato, em caso de condenação pela Câmara Municipal. Agora, o Legislativo municipal deve avaliar o pedido do MPCE. Entre outras coisas, a segunda ACP solicita que, dentro do prazo de 10 dias, seja regularizado o fornecimento de medicamentos e material médico-hospitalar.
Além disso, que seja realizado um concurso público para profissionais
de saúde, com a publicaçao do edital dentro de 30 dias, e que, dentro
de 120 dias, sejam sanadas todas as irregularidades detectadas pelo
Conselho Regional de Medicina e pela Vigilancia Sanitária Estadual no
Hospital Municipal Dr. Eudásio Barroso. A unidade sequer atende às
condições mínimas para a obtenção de alvará de funcionamento, tendo sido
considerada como de “alto risco”.
Investigação
Cabe ressaltar que, segundo o MP, os promotores de Justiça de Quixadá e a Polícia Civil realizaram diligências investigatórias nos últimos meses, em cumprimento a ordens judiciais cautelares, através das quais foram obtidos vários documentos importantes para a fundamentação das ações. Além dos documentos, foram anexados relatórios do Conselho Regional de Medicina e da Vigilância Sanitária Estadual, assim como depoimentos de diversos profissionais de saúde, de gestores e ex-gestores públicos da área da saúde e cidadãos afetados, comprovando a situação em que se encontra o Município.
Cabe ressaltar que, segundo o MP, os promotores de Justiça de Quixadá e a Polícia Civil realizaram diligências investigatórias nos últimos meses, em cumprimento a ordens judiciais cautelares, através das quais foram obtidos vários documentos importantes para a fundamentação das ações. Além dos documentos, foram anexados relatórios do Conselho Regional de Medicina e da Vigilância Sanitária Estadual, assim como depoimentos de diversos profissionais de saúde, de gestores e ex-gestores públicos da área da saúde e cidadãos afetados, comprovando a situação em que se encontra o Município.
“Todos esses elementos de convicção
comprovaram a existência de uma grave crise na saúde pública de Quixadá,
a ponto de faltarem medicamentos e insumos básicos, como antibióticos,
seringas, gaze, gesso, dentre outros, por meses a fio”, explicam os promotores.
Com informações do MPE

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