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A ideia é que um ponto sem luz passe a ser resolvido em um prazo de até 36 horas
FOTO: KIKO SILVA
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Após vencer a licitação para assumir o parque de iluminação pública de
Fortaleza, a empresa FM Rodrigues & Cia passa a operar hoje. A
prestadora de serviço irá atuar numa área que, embora não haja dados
sobre valores e número de contribuintes em 2014, arrecadou R$ 112
milhões por meio da Contribuição de Iluminação Pública (CIP) no ano
passado.
No contrato com validade de 12 meses, que pode ser renovado por até
cinco vezes, a Prefeitura espera que sejam implantadas novas tecnologias
para manutenção e monitoramento da iluminação das vias da Capital.
"O processo licitatório foi iniciado em 2011, mas foi arrastado até
2013 por questões judiciais. Dessa forma, conseguimos incluir
tecnologias que não estavam presentes de início, como a utilização de
lâmpadas de LED e o gerenciamento à distância dos pontos luminosos, o
que chamamos de telegestão. Esperamos ter 3.600 pontos monitorados por
meio da telegestão até o próximo ano, o que nos dá maior autonomia e
capacidade de fiscalização", informa Alfredo Serejo, coordenador
especial de Iluminação Pública da Secretaria de Conservação e Serviços
Públicos (SCSP). A empresa continuará ainda as obra de quadrilátero,
como a troca das lâmpadas de luzes amarelas por brancas.
De acordo com Karini Veloso, engenheira elétrica da FM Rodrigues &
Cia e responsável pelo contrato com a Prefeitura de Fortaleza, a ideia
inicial da empresa, para não dar descontinuidade aos trabalhos que até
ontem foram prestados pela Alusa Engenharia, é absorver totalmente o
quadro que atualmente está prestando os serviços à cidade. "Já temos
nosso canteiro e estrutura operacional, Nosso escritório funcionará no
Barroso e já estamos com toda a estrutura de caminhões e equipamentos
necessários para o serviço. Vamos atuar com rondas em campo para ver os
principais pontos críticos de Fortaleza", conta.
Parceria
Ainda de acordo com Karini Veloso, o plano de ação da empresa será
definido junto a Prefeitura. "Em parceria com o município, que é o
responsável pela iluminação, vamos trilhar as prioridades, pois como
somos prestadores de serviço, entendemos que essas diretrizes devem ser
direcionadas primeiramente pela Prefeitura. Mas na nossa proposta de
licitação já apresentamos algumas ações para resolver os pontos
críticos".
Segundo Alfredo Serejo, as principais prioridades de ação da nova
empresa serão a manutenção e a melhoria do sistema de iluminação.
"Sentimos que, anteriormente, a Prefeitura deixou de lado essa
responsabilidade e delegando somente para a empresa. Mas queremos
retomar a responsabilidade do município. Buscamos aperfeiçoar os
serviços, principalmente através dos protocolos solicitados pela
população, pelo telefone 156. A partir dos registros de pontos apagados,
vamos fiscalizar os serviços prestados pela empresa. A ideia é que um
ponto sem luz passe a ser resolvido em até 36 horas", aponta o
coordenador especial de Iluminação Pública.
A FM Rodrigues assume o parque de iluminação pública de Fortaleza
depois da finalização de um processo licitatório aberto em agosto de
2011. Na ocasião, a empresa francesa Citéluz, que já realizava a gestão
da iluminação da Capital desde 2001, assinou o primeiro dos cinco
contratos emergenciais que firmaria para manter as luzes nas vias do
Município. Ao longo desses cinco acordos emergenciais, a Prefeitura
pagou à Citéluz R$137,2 milhões.
Por conta de questionamento na Justiça feito pela Citéluz, o processo
licitatório não teve prosseguimento imediato. Dessa forma, em 31 de
março desse ano, a Prefeitura recorreu ao sexto contrato emergencial,
dessa vez com a empresa paulista Alusa Engenharia. O documento tinha
validade por 180 dias ou até que a licitação estivesse finalizada. O
acordo foi feita sob o valor de R$29,3 milhões.
Cinco empresas concorreram à licitação, além da vencedora, a Alusa
Engenharia, a Citéluz, o Consórcio Cosampa Enpecel e a Endicon. Com o
término do processo, no dia 27 de outubro, a FM Rodrigues & Cia, de
São Paulo, conquistou o contrato no valor de R$69.247.686, 36, passando a
operar hoje, um dia após o fim dos trabalhos provisórios realizados
pela Alusa Engenharia na Capital.
Ranniery Melo
Repórter
Repórter

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