Vicente Arruda é o deputado mais velho da bancada federal do CE, mas não se reelegeu
FOTO: AGÊNCIA CÂMARA
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A nova bancada cearense na Câmara dos Deputados para o período de 2015 a
2018 ganhará a representação de três partidos que não tiveram, até
então, parlamentares do Ceará na Casa: PRB, PHS e PSL. Outros dois, DEM e
PPS, voltaram a eleger representantes. Das 22 vagas, dez serão ocupadas
por novos parlamentares eleitos no do último domingo, cerca de 45%,
enquanto as doze restantes permanecerão com deputados que já tinham
mandato no Congresso.
Adail Carneiro (PHS), Macedo (PSL) e Ronaldo Martins (PRB) serão os
deputados federais que levaram, pela primeira vez, suas respectivas
legendas à bancada cearense da Câmara. Já Moroni Torgan (DEM) retornará à
Casa após sete anos, enquanto Moises Rodrigues (PPS) foi eleito na
primeira vez que disputou as eleições. Antes, o partido foi representado
pela última vez em 2003 por Leônidas Cristino, eleito agora pelo PROS.
Na nova configuração, o PT permanece com o mesmo número de
representantes (quatro), mas passa a ter a maior quantidade de
parlamentares da bancada. Do grupo, só José Airton e José Guimarães
renovaram o mandato, enquanto Luizianne Lins e Odorico Monteiro
ingressarão ao quadro. Eudes Xavier não obteve votação suficiente para
se reeleger e Artur Bruno, que tinha se candidatado a deputado estadual,
ficou sem mandato.
A maior bancada cearense pertencia ao PROS, que contava com uma
representação de cinco deputados. O partido, no entanto, foi o que
registrou a maior perda de mandatos: terá agora apenas três
representantes. Dos cinco, apenas Antonio Balhmann e Domingos Neto se
reelegeram, enquanto o ex-ministro dos Portos Leônidas Cristino
retornará a Casa após dez anos.
Reeleito
Os outros três parlamentares da agremiação, Ariosto Holanda, Edson
Silva e Vicente Arruda, não conseguiram se reeleger. Ariosto está na
Câmara dos Deputados há mais de vinte anos, desde 1991, e atualmente
cumpre o sexto mandato consecutivo. Arruda, por sua vez, cumpre o quinto
mandato da Casa, tendo sido eleito em 1995 e reeleito desde então. Já
Edson Silva assumiu o cargo pela primeira vez em 1991, onde permaneceu
até 1999, e retornou em 2011.
O PMDB foi outro partido que perdeu mandatos na Câmara dos Deputados. A
agremiação contava com quatro vagas, mas apenas três peemedebistas
conseguiram se eleger neste ano. Aníbal Gomes e Danilo Forte renovaram o
mandato, enquanto Vitor Valim assumirá o cargo pela primeira vez no
próximo ano. Mário Feitoza e Mauro Benevides, que cumpria o segundo
mandato, não se reelegeram.
O PCdoB também perdeu um representante na Casa - apenas Chico Lopes
conseguiu se reeleger. Após se candidatar à reeleição, o deputado João
Ananias renunciou à candidatura, abrindo espaço para que o senador
Inácio Arruda disputasse em seu lugar. Porém, Inácio não obteve votos
suficientes para retornar ao parlamento no próximo ano.
Apenas o PR, que tinha somente uma representante (Gorete Pereira),
conseguiu ampliar sua presença na Casa com a eleição de mais um deputado
federal, Cabo Sabino. Outros quatro partidos que possuem representação
na Casa conseguiram assegurar mais um mandato com a reeleição dos
deputados federais André Figueiredo (PDT), Genecias Noronha (SD),
Raimundo Gomes de Matos (PSDB) e Arnon Bezerra (PTB).
O PP e o PSD foram os únicos partidos a perder completamente a
representação na bancada cearense. Enquanto o atual representante
progressista, José Linhares, perdeu a primeira suplência de Mauro Filho
(PROS) ao Senado com a vitória de Tasso Jereissati (PSDB), o deputado
Manoel Salviano (PSD) não se candidatou a nenhum cargo nestas eleições.
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