De acordo com estudo realizado pelo IEL/CE, as 412 cerâmicas do Ceará , presentes em 51% dos municípios, geram cerca de 12 mil empregos diretos e 40 mil indiretos |
Levando o Ceará a ocupar a quinta posição no ranking nacional em número
de empresas do setor industrial cerâmico, os produtores ceramistas do
Estado comemoram expansão da produção, especialmente no segmento de
cerâmica vermelha, responsável pela confecção de cerca de 2,5 bilhões de
peças por ano, entre telhas, blocos, lajes valterranas e manilhas. Na
busca pela modernização e por um crescimento mais significativo, o setor
vem adotando estratégias diferenciadas, como o associativismo e os
investimentos em inovação.
Entre os resultados dessas ações estão a redução dos impactos
ambientais, a partir da mudança do combustível, que passou a ser a lenha
da poda do cajueiro, em vez da lenha nativa.
A adoção de novas técnicas de queima de cerâmica também foi uma das
novas medidas inseridas na rotina dos produtores, que contribuiu, entre
outros avanços, para o aumento da competitividade e maior organização
das empresas.
Essas e outras iniciativas voltadas para o fortalecimento do setor de
cerâmica vermelha do Estado são abordadas na revista Práticas
Tecnológicas da Cerâmica Vermelha, que será lançada na próxima
quarta-feira (29), na sede da Federação das Indústrias do Estado do
Ceará (Fiec). A revista é uma publicação do Sindicato da Indústria e
Olaria de Produtos Cerâmicos do Estado do Ceará (Sindcerâmica) e do
Instituto Euvaldo Lodi (IEL/CE), e tem apoio do Banco do Nordeste (BNB).
O material aborda assuntos como a otimização do uso de matéria-prima
argilosa para fabricação de peças cerâmicas, o manejo florestal e o
sistema de queimas. Os exemplares serão distribuídos entre os
empresários do setor cerâmico brasileiro, instituições interessadas e
fornecedores.
Setor em números
Segundo a revista, com base no Diagnóstico Socioeconômico da Indústria
de Cerâmica Vermelha do Estado do Ceará, realizado pelo IEL/CE, as 412
cerâmicas do Estado, presentes em 51% dos municípios, geram cerca de 12
mil empregos diretos e 40 mil indiretos. O nível médio de utilização da
capacidade instalada das fábricas chega a 70%, de acordo com a
publicação.
A força comercial do setor está no produto tijolo, atualmente
responsável por 77,3% de tudo que é vendido no Estado. Logo em seguida,
estão as telhas, que concentram 32,50% das vendas, seguidas de outros
produtos (2,10%) e das telhas (1,50%).
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