Pesquisa mostra que 18,97% dos adultos optam atualmente pelas academias, contra 14,87% que dizem praticar futebol Foto: Kleber Gonçalves |
Brasília. Pesquisa divulgada hoje (24) pelo Ministério
da Saúde indica que 33,8% dos brasileiros praticam algum tipo de
atividade física regularmente – um aumento de 12,6% nos últimos cinco
anos.
O estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta ainda que a prática de exercícios em academias foi a que mais cresceu no país, superando o futebol.
Para Ricardo Munir Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o fato de os brasileiros estarem praticando mais musculação é uma boa notícia, no entanto, por outro lado, pode ser que eles estejam deixando um esporte que consideram mais prazeroso.
“Tem seu lado bom, porque as pessoas começam a quantificar o
treinamento, a academia permite isso, que você tenha mais noção do
volume semanal de treino que você vai fazer. Por outro lado é ruim que
as pessoas deixem seu lazer que é tão enraizado na cultura do
brasileiro”, avalia. De acordo com os dados, o percentual de
entrevistados que disseram praticar musculação cresceu 50% entre 2006 e
2013, enquanto o índice dos que jogam bola caiu 28% no mesmo período.O estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta ainda que a prática de exercícios em academias foi a que mais cresceu no país, superando o futebol.
Para Ricardo Munir Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o fato de os brasileiros estarem praticando mais musculação é uma boa notícia, no entanto, por outro lado, pode ser que eles estejam deixando um esporte que consideram mais prazeroso.
A pesquisa mostra que 18,97% dos adultos optam atualmente pelas academias, contra 14,87% que dizem praticar futebol. Para Deborah Malta, diretora de Vigilância e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, isso mostra que as pessoas estão levando mais a sério a prática de atividade física. Para professores e alunos de academias de Brasília, a procura pelo espaço também se justifica pela comodidade e falta de tempo. "Como o tempo é mais corrido no dia a dia das pessoas, ter várias opções em um mesmo espaço é fundamental. Aqui em 40 ou 45 minutos você completa o trabalho de atividade física do dia. A corrida é contra o tempo", afirma o professor de educação física Altair Araújo, de 49 anos.
Entre os homens, o futebol continua sendo o esporte preferido – 26,75% da população masculina relatou recorrer à prática. Mas, mesmo nesse grupo, o índice caiu: oito anos atrás, mais de 35% diziam jogar bola regularmente. Em segundo lugar, aparecem as caminhadas e a musculação. Para Denise Duarte, servidora pública de 25 anos, a academia funciona como um complemento às atividades físicas ao ar livre. "Acredito que haja uma conciliação entre as duas atividades. Eu mesma venho à academia durante a semana, mas nos fins de semana eu me exercito na rua".
Caminhadas
Apesar da crescente participação da musculação entre as atividades praticadas no país, a pesquisa revela que a caminhada permanece como o exercício mais frequente.
Do total de entrevistados que pratica algum tipo de atividade, 33,79%
disseram fazer caminhadas. Em 2006, o índice era 10% maior. O público
feminino é o mais fiel na prática desse exercício, com 43,98% das que se
exercitam adeptas da caminhada, seguido pela musculação e pela
ginástica.
“Todas as evidências mostram que os benefícios da atividade física independem do tipo de exercício. O que você tem que ter é regularidade”, defende Déborah. Pelas considerações da Organização Mundial da Saúde (OMS), entende-se como atividade física suficiente no tempo livre a prática de, pelo menos, 150 minutos semanais de exercícios de intensidade leve ou moderada ou de, pelo menos, 75 minutos semanais de atividade física de intensidade vigorosa.
O estudo foi realizado pelo ministério em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo e ouviu 53 mil pessoas nas 26 capitais e no Distrito Federal. A OMS estima que pessoas sedentárias aumentam entre entre 20% e 30% o risco de mortalidade, em especial por doenças crônicas.
“Todas as evidências mostram que os benefícios da atividade física independem do tipo de exercício. O que você tem que ter é regularidade”, defende Déborah. Pelas considerações da Organização Mundial da Saúde (OMS), entende-se como atividade física suficiente no tempo livre a prática de, pelo menos, 150 minutos semanais de exercícios de intensidade leve ou moderada ou de, pelo menos, 75 minutos semanais de atividade física de intensidade vigorosa.
O estudo foi realizado pelo ministério em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo e ouviu 53 mil pessoas nas 26 capitais e no Distrito Federal. A OMS estima que pessoas sedentárias aumentam entre entre 20% e 30% o risco de mortalidade, em especial por doenças crônicas.
A atividade física regular reduz o risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão, diabetes, câncer de mama, etc.
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