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Conforme o levantamento, apenas 13% dos empresários estaduais
revelaram que suas empresas possuem produtividade superior à de suas
concorrentes internacionais
FOTO: KID JUNIOR
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Embora ainda enfrente entraves com mão de obra qualificada e
infraestrutura, a produtividade da indústria cearense cresceu nos
últimos cinco anos. Neste período, cerca de 70% das indústrias, no
Estado, conseguiram elevar sua produtividade - resultado acima do
verificado no País (64%). Os dados fazem parte do estudo Sondagem
Especial: Produtividade, realizada pelo Instituto de Desenvolvimento
Industrial (INDI), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
Para os empresários cearenses, suas produtividades não se diferem das
outras indústrias brasileiras. Cerca de 66% das empresas locais
acreditam possuir produtividade igual ou superior aos seus concorrentes
nacionais. Ao mesmo tempo, o estudo revela ainda que a indústria no
Ceará apresenta produtividade de apenas 46,4% da média nacional.
"A indústria cearense deve buscar o aumento permanente da produtividade
para garantir produtos mais competitivos, nacional e
internacionalmente", explica o economista Guilherme Muchale.
Nível estrangeiro
Por outro lado, o desempenho desse indicador é avaliado como aquém do
demonstrado por empresas internacionais. Conforme o levantamento, apenas
13% dos empresários estaduais revelaram que suas empresas possuem
produtividade superior à de suas concorrentes internacionais. Além
disso, outros 37% dos empresários acreditam ser menos produtivos.
A indústria brasileira também se posiciona assim, uma vez que 28% dos
empresários afirmam que são menos produtivas do que seus concorrentes
estrangeiros. Apenas 7% das empresas no Brasil consideram que são mais
produtivas do que as concorrentes de outros países. Entre os fatores
relacionados ao processo produtivo ou à logística das indústrias, a
qualidade da mão de obra foi apontada como o principal obstáculo ao
aumento da produtividade. Em seguida, estão a infraestrutura de
transporte, a qualidade dos serviços de telecomunicações e o
fornecimento de energia - todos fatores considerados prejudiciais à
produtividade das empresas.
Os empresários avaliaram o impacto de 10 fatores sobre a evolução da
produtividade nos últimos cinco anos. O resultado é apresentado por meio
de um indicador que varia de zero a cem, em que valores acima de 50
significam efeito positivo sobre a produtividade. Abaixo de 50 indicam
impacto negativo. A qualidade da mão de obra obteve 34 pontos e a
infraestrutura de transporte ficou com 36 pontos. A qualidade dos
serviços de telecomunicação alcançou 44 pontos e, a qualidade do
fornecimento de energia, 45 pontos.
Já os fatores de responsabilidade da empresa foram os que mais
contribuíram para o crescimento da produtividade, um resultado
semelhante ao verificado para o Brasil, embora com diferenças na ordem
dos fatores.
Avaliação
Um total de 72% informaram também que têm o costume de avaliar a
evolução de sua produtividade. No Brasil, esse número é de 67%. Outros
28% afirmaram que não realizam ou não tinham resposta.
Raíssa HilgenbergRepórter


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