O reajuste vale para os planos básicos oferecidos pelas empresas,
mas para os planos de assinatura alternativos, a tarifa é livre
Foto: tuno Vieira
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Brasília. A Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) anunciou ontem, os novos valores tarifários máximos das
ligações de telefones fixos para celulares nas ligações locais e de
longa distância. Os valores estão presentes em ato publicado no Diário
Oficial da União.
Há tabelas com valores normal e reduzido entre áreas de concessão, por
operadora, e prestadora de destino. Os valores citados são líquidos de
impostos e contribuições sociais. Na quinta-feira da semana passada a
Anatel aprovou um reajuste de 1,5% nas tarifas de telefones fixos nas
ligações locais e de longa distância para celulares. Os valores devem
começar a ser praticados na próxima semana e valem para os planos
básicos oferecidos pelas empresas de telecomunicações. Para os planos de
assinatura alternativos, a tarifa é livre.
Tarifa teto
"O reajuste aprovado refere-se à tarifa teto, mas muitas operadoras
praticam preços inferiores", afirmou na semana passada o conselheiro da
Anatel relator do processo, Jarbas Valente. Ele lembrou que os preços
reajustados já haviam sofrido um desconto de 12% desde março deste ano,
graças à queda nas tarifas de interconexão do setor. Ou seja, as nova
tarifas continuarão inferiores às que eram praticadas até o ano passado.
De acordo com o órgão regulador, o Índice de Serviços de
Telecomunicações (IST) que corrige os preços do setor seria de 8,71%
para o período considerado para o reajuste (junho de 2012 a 2013), mas
com a consideração do chamado Fator X - que desconta os ganhos de
produtividade alcançados pelas empresas - de 6,078%, o aumento final foi
de apenas 1,5%.
TIM mantém investimento
A Telecom Itália divulgou comunicado sobre a decisão do conselho de
supervisão da Vivendi para entrar em negociações exclusivas com a
Telefônica em relação à venda da GVT. "Desde o início a Telecom Itália
deixou claro que teria uma abordagem racional para a sua estratégia, a
fim de maximizar o valor para todos os acionistas. A companhia continua a
desenvolver os seus planos de desenvolvimento e de investimento no
País, de acordo com o Plano de Negócios 2014-2016 do Grupo", informa.
A TIM Participações afirma que, além disso, o plano estratégico atual
da empresa continua em pleno vigor. "É importante ressaltar que a mesma
reunião do conselho da companhia que aprovou a nossa oferta para a
Vivendi aprovou nossa participação na licitação 700 MHz, em um claro
sinal de compromisso com a nossa estratégia de longo prazo, mantendo-se
confiante na capacidade da companhia em ser bem sucedida em seus
objetivos estratégicos no País".
Brasil tem 276,75 milhões de linhas
Brasília. Com a habilitação líquida de 446,2 mil chips
de telefonia celular em julho, o Brasil encerrou o mês passado com
276,15 milhões de linhas ativas no segmento. De acordo com dados
divulgados nesta quinta-feira, 28, pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), o País alcançou uma teledensidade de 136,18
acessos móveis para cada 100 habitantes. Em julho, as linhas ativas na
modalidade pré-paga totalizaram 212,22 milhões, equivalentes a 76,85% do
mercado, enquanto as assinaturas pós-pagas somaram 63,92 milhões,
respondendo pelos 23,15% restantes.
No Ceará, já são cerca de 11,32 milhões de linhas, sendo 9,84 milhões
do tipo pré-paga (86,91%) e 1,48 milhão na modalidade pós-paga (13,09%).
Em julho deste ano, o Estado alcançou uma teledensidade de 127,92
acessos móveis para cada 100 habitantes.
Conforme antecipado na última terça-feira pelo ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, a participação dos terminais conectados na
tecnologia 2G pela primeira vez representam menos da metade das linhas
ativas no País, com 134 milhões de aparelhos, e devem ser ultrapassados
em breve pelo planos de 3G.
Os dados da Anatel mostram que a banda larga móvel chegou a 132,89
milhões de acessos no sétimo mês de 2014, sendo que 3,67 milhões dessas
linhas utilizam a tecnologia de quarta geração (4G) na frequência de 2,5
gigahertz (GHz).
Em meio às negociações de fusões e aquisições que agitam o mercado de
telecomunicações brasileiro às vésperas do leilão de 4G na faixa de 700
megahertz (MHz), a Telefonica/Vivo ampliou ligeiramente sua liderança no
País em julho, passando de 28,75% para 28,78% das linhas móveis ativas.
Em segundo lugar aparece a TIM, mas com uma redução de 27,03% de
participação para 26,91%.
A Claro apresentou certa estabilidade, com variação de 24,96% para
25,95% no mês, enquanto a Oi passou de 18,46% para 18,53% em julho.
Vivendi terá negociação exclusiva pela GVT
Paris. A Vivendi disse ontem, que entrará em
negociações exclusivas com a Telefónica para vender a brasileira GVT,
após o grupo espanhol elevar sua oferta para 7,45 bilhões de euros (US$
9,83 bilhões) em dinheiro e ações. A nova proposta supera, por enquanto,
uma oferta rival da Telecom Itália.
"A oferta da Telefónica atende melhor aos objetivos estratégicos e
financeiros do grupo", disse a Vivendi em comunicado, acrescentando que a
proposta era "particularmente atrativa", uma vez que gera um ganho de
mais de 3 bilhões de euros de capital e permite que as duas empresas
desenvolvam em conjunto projetos de conteúdos e de mídia. A Telefónica
disse, em um comunicado, que sua oferta venceria hoje, a menos que as
duas partes concordassem em uma prorrogação do prazo ou se a Vivendi
concordasse em entrar negociações exclusivas com o grupo espanhol. A
nova proposta da Telefónica veio logo após uma oferta rival pela GVT da
Telecom Italia, que propôs a fusão da GVT com a TIM Participações, num
negócio que precifica a GVT em 7 bilhões de euros.
O conselho da Vivendi se reuniu no início de quinta-feira para analisar
as duas ofertas, e anunciou a sua decisão mais rápido do que os
analistas esperavam.
Moody's
A oferta da Telefónica, de 7,45 bilhões de euros, pela brasileira GVT,
reflete a estratégia global do grupo espanhol, que se concentra em
aumentar a receita por cliente ao oferecer serviços diferenciados, disse
o analista da Moody's Carlos Winzer. Além disso, Winzer disse que a
Telefónica tem um histórico forte na América Latina de executar uma
estratégia bem definida e ampla experiência na gestão de operações de
telefonia fixa e de telefonia móvel nesta vasta área geográfica,
incluindo o Brasil.
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