sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ligações de fixos para celulares sobem 1,5%

O reajuste vale para os planos básicos oferecidos pelas empresas, mas para os planos de assinatura alternativos, a tarifa é livre
O reajuste vale para os planos básicos oferecidos pelas empresas, mas para os planos de assinatura alternativos, a tarifa é livre
Foto: tuno Vieira
Brasília. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou ontem, os novos valores tarifários máximos das ligações de telefones fixos para celulares nas ligações locais e de longa distância. Os valores estão presentes em ato publicado no Diário Oficial da União.
Há tabelas com valores normal e reduzido entre áreas de concessão, por operadora, e prestadora de destino. Os valores citados são líquidos de impostos e contribuições sociais. Na quinta-feira da semana passada a Anatel aprovou um reajuste de 1,5% nas tarifas de telefones fixos nas ligações locais e de longa distância para celulares. Os valores devem começar a ser praticados na próxima semana e valem para os planos básicos oferecidos pelas empresas de telecomunicações. Para os planos de assinatura alternativos, a tarifa é livre.

Tarifa teto
"O reajuste aprovado refere-se à tarifa teto, mas muitas operadoras praticam preços inferiores", afirmou na semana passada o conselheiro da Anatel relator do processo, Jarbas Valente. Ele lembrou que os preços reajustados já haviam sofrido um desconto de 12% desde março deste ano, graças à queda nas tarifas de interconexão do setor. Ou seja, as nova tarifas continuarão inferiores às que eram praticadas até o ano passado. De acordo com o órgão regulador, o Índice de Serviços de Telecomunicações (IST) que corrige os preços do setor seria de 8,71% para o período considerado para o reajuste (junho de 2012 a 2013), mas com a consideração do chamado Fator X - que desconta os ganhos de produtividade alcançados pelas empresas - de 6,078%, o aumento final foi de apenas 1,5%.
TIM mantém investimento
A Telecom Itália divulgou comunicado sobre a decisão do conselho de supervisão da Vivendi para entrar em negociações exclusivas com a Telefônica em relação à venda da GVT. "Desde o início a Telecom Itália deixou claro que teria uma abordagem racional para a sua estratégia, a fim de maximizar o valor para todos os acionistas. A companhia continua a desenvolver os seus planos de desenvolvimento e de investimento no País, de acordo com o Plano de Negócios 2014-2016 do Grupo", informa.
A TIM Participações afirma que, além disso, o plano estratégico atual da empresa continua em pleno vigor. "É importante ressaltar que a mesma reunião do conselho da companhia que aprovou a nossa oferta para a Vivendi aprovou nossa participação na licitação 700 MHz, em um claro sinal de compromisso com a nossa estratégia de longo prazo, mantendo-se confiante na capacidade da companhia em ser bem sucedida em seus objetivos estratégicos no País".
Brasil tem 276,75 milhões de linhas
Brasília. Com a habilitação líquida de 446,2 mil chips de telefonia celular em julho, o Brasil encerrou o mês passado com 276,15 milhões de linhas ativas no segmento. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 28, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o País alcançou uma teledensidade de 136,18 acessos móveis para cada 100 habitantes. Em julho, as linhas ativas na modalidade pré-paga totalizaram 212,22 milhões, equivalentes a 76,85% do mercado, enquanto as assinaturas pós-pagas somaram 63,92 milhões, respondendo pelos 23,15% restantes.
No Ceará, já são cerca de 11,32 milhões de linhas, sendo 9,84 milhões do tipo pré-paga (86,91%) e 1,48 milhão na modalidade pós-paga (13,09%). Em julho deste ano, o Estado alcançou uma teledensidade de 127,92 acessos móveis para cada 100 habitantes.
Conforme antecipado na última terça-feira pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a participação dos terminais conectados na tecnologia 2G pela primeira vez representam menos da metade das linhas ativas no País, com 134 milhões de aparelhos, e devem ser ultrapassados em breve pelo planos de 3G.
Os dados da Anatel mostram que a banda larga móvel chegou a 132,89 milhões de acessos no sétimo mês de 2014, sendo que 3,67 milhões dessas linhas utilizam a tecnologia de quarta geração (4G) na frequência de 2,5 gigahertz (GHz).
Em meio às negociações de fusões e aquisições que agitam o mercado de telecomunicações brasileiro às vésperas do leilão de 4G na faixa de 700 megahertz (MHz), a Telefonica/Vivo ampliou ligeiramente sua liderança no País em julho, passando de 28,75% para 28,78% das linhas móveis ativas. Em segundo lugar aparece a TIM, mas com uma redução de 27,03% de participação para 26,91%.
A Claro apresentou certa estabilidade, com variação de 24,96% para 25,95% no mês, enquanto a Oi passou de 18,46% para 18,53% em julho.
Vivendi terá negociação exclusiva pela GVT
Paris. A Vivendi disse ontem, que entrará em negociações exclusivas com a Telefónica para vender a brasileira GVT, após o grupo espanhol elevar sua oferta para 7,45 bilhões de euros (US$ 9,83 bilhões) em dinheiro e ações. A nova proposta supera, por enquanto, uma oferta rival da Telecom Itália.
"A oferta da Telefónica atende melhor aos objetivos estratégicos e financeiros do grupo", disse a Vivendi em comunicado, acrescentando que a proposta era "particularmente atrativa", uma vez que gera um ganho de mais de 3 bilhões de euros de capital e permite que as duas empresas desenvolvam em conjunto projetos de conteúdos e de mídia. A Telefónica disse, em um comunicado, que sua oferta venceria hoje, a menos que as duas partes concordassem em uma prorrogação do prazo ou se a Vivendi concordasse em entrar negociações exclusivas com o grupo espanhol. A nova proposta da Telefónica veio logo após uma oferta rival pela GVT da Telecom Italia, que propôs a fusão da GVT com a TIM Participações, num negócio que precifica a GVT em 7 bilhões de euros.
O conselho da Vivendi se reuniu no início de quinta-feira para analisar as duas ofertas, e anunciou a sua decisão mais rápido do que os analistas esperavam.
Moody's
A oferta da Telefónica, de 7,45 bilhões de euros, pela brasileira GVT, reflete a estratégia global do grupo espanhol, que se concentra em aumentar a receita por cliente ao oferecer serviços diferenciados, disse o analista da Moody's Carlos Winzer. Além disso, Winzer disse que a Telefónica tem um histórico forte na América Latina de executar uma estratégia bem definida e ampla experiência na gestão de operações de telefonia fixa e de telefonia móvel nesta vasta área geográfica, incluindo o Brasil.

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