quarta-feira, 16 de julho de 2014

Filho de Pelé deixa a cadeia após passar uma semana preso

Habeas corpus será julgado por três desembargadores da 2ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. Se o habeas corpus for negado, ex-jogador poderá ser preso novamente.
Habeas corpus será julgado por três desembargadores da 2ª Câmara de Direito
 Criminal do TJ-SP. Se o habeas corpus for negado, ex-jogador poderá ser preso novamente.
Foto: Arquivo

O ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, deixou na tarde desta terça-feira (15) a cadeia anexa ao 5º DP de Santos (a 72 km de São Paulo), após passar uma semana preso. O preparador de goleiros no Santos Futebol Clube saiu da unidade acompanhado da irmã Kelly Nascimento e de uma advogada, pouco antes das 14h.
"Estou bem e confio na Justiça apesar de tudo que passei. A mesma Justiça que me condenou é a Justiça que vai me absolver. Vou descansar hoje, passar o dia com a minha família e amanhã voltar aos trabalhos no Santos, aos treinamentos do time", disse o ex-jogador.
A soltura estava prevista para a ultima segunda (14), mas, devido a um impasse sobre o uso de um dispositivo eletrônico para monitoramento dos passos do ex-goleiro, a saída só foi autorizada para esta terça-feira (15). O monitoramento eletrônico, por meio de tornozeleira ou pulseira, foi uma das medidas cautelares impostas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), no sábado (12), na liminar que revogou a prisão preventiva de Edinho.

Segundo determinação do TJ-SP, Edinho terá de comparecer em juízo uma vez por mês, bem como comunicar à Justiça sobre mudança de residência e sobre ausência superior a oito dias. Além disso, a corte exigiu a inclusão do nome do ex-jogador no módulo da PF que registra nomes de pessoas com migração limitada.
Condenado a 33 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, Edinho foi preso preventivamente no último dia 8 por determinação da juíza auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande, Suzana Pereira da Silva. A magistrada decretou a preventiva porque o ex-atleta não apresentou seu passaporte, condição que foi imposta para que pudesse recorrer em liberdade da sentença, proferida em 30 de maio.
Edinho afirma que perdeu o passaporte, argumento usado pela defesa para pedir a revogação da prisão de seu cliente ao TJ-SP. 
A revogação da prisão preventiva não é definitiva. O mérito do habeas corpus será julgado por três desembargadores da 2ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP em cerca de 40 dias, segundo o defensor. Se o habeas corpus for negado, o ex-jogador poderá ser preso novamente.

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