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Habeas corpus será julgado por três desembargadores da 2ª Câmara
de Direito
Criminal do TJ-SP. Se o habeas corpus for negado, ex-jogador
poderá ser preso novamente.
Foto: Arquivo
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O ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho
de Pelé, deixou na tarde desta terça-feira (15) a cadeia anexa ao 5º DP
de Santos (a 72 km de São Paulo), após passar uma semana preso. O preparador de goleiros no Santos Futebol Clube saiu da unidade acompanhado da irmã Kelly Nascimento e de uma advogada, pouco antes das 14h.
"Estou bem e confio na Justiça apesar de tudo que passei. A mesma
Justiça que me condenou é a Justiça que vai me absolver. Vou descansar
hoje, passar o dia com a minha família e amanhã voltar aos trabalhos no
Santos, aos treinamentos do time", disse o ex-jogador.
A soltura estava prevista para a ultima segunda (14), mas, devido a um
impasse sobre o uso de um dispositivo eletrônico para monitoramento dos
passos do ex-goleiro, a saída só foi autorizada para esta terça-feira
(15). O monitoramento eletrônico, por meio de tornozeleira ou pulseira,
foi uma das medidas cautelares impostas pelo Tribunal de Justiça de São
Paulo (TJ-SP), no sábado (12), na liminar que revogou a prisão preventiva de Edinho.
Segundo determinação do TJ-SP, Edinho terá de comparecer em juízo uma
vez por mês, bem como comunicar à Justiça sobre mudança de residência e
sobre ausência superior a oito dias. Além disso, a corte exigiu a
inclusão do nome do ex-jogador no módulo da PF que registra nomes de pessoas com migração limitada.
Condenado a 33 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro
proveniente do tráfico de drogas, Edinho foi preso preventivamente no
último dia 8 por determinação da juíza auxiliar da 1ª Vara Criminal
de Praia Grande, Suzana Pereira da Silva. A magistrada decretou a
preventiva porque o ex-atleta não apresentou seu passaporte, condição
que foi imposta para que pudesse recorrer em liberdade da sentença,
proferida em 30 de maio.
Edinho afirma que perdeu o passaporte, argumento usado pela defesa para pedir a revogação da prisão de seu cliente ao TJ-SP.
A revogação da prisão preventiva não é definitiva. O mérito do habeas
corpus será julgado por três desembargadores da 2ª Câmara de Direito
Criminal do TJ-SP em cerca de 40 dias, segundo o defensor. Se o habeas
corpus for negado, o ex-jogador poderá ser preso novamente.

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