O presidente estadual do PSD, Almircy Pinto, vai tentar uma vaga
na Câmara Federal e afirma que a intenção do partido é manter as cinco
cadeiras da legenda na Assembleia Legislativa Foto: José Leomar
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O PSD oficializou, ontem, em convenção na sede do partido, o apoio à
candidatura do PROS ao Governo do Estado e homologou os nomes de 11
candidatos a deputado estadual e outros três postulantes a Câmara dos
Deputados. O único deputado federal da agremiação que compõe a bancada
cearense, Manoel Salviano, não tentará a reeleição, mas o filho dele,
Samuel Salviano, concorrerá ao cargo.
O presidente estadual e um dos pré-candidatos à Câmara Federal, Almircy
Pinto, revelou que a expectativa da agremiação é conseguir manter o
número de cinco deputados estaduais na Assembleia Legislativa e ampliar
para dois deputados federais. "Atualmente, temos só o deputado Manoel
Salviano, mas ele não vai se candidatar. Quem vai é o filho, Samuel, e
eu ficaria com a segunda vaga", declarou.
Para alcançar os objetivos do partido para o pleito deste ano, Almircy
Pinto assegurou que o PSD, na disputa proporcional, estará na principal
coligação que será formada entre os aliados do PROS. O presidente da
legenda alertou, no entanto, que ainda há algumas incógnitas sobre quais
agremiações formarão esse bloco principal.
Ressalva
Apesar da ressalva, ele citou que, para a eleição de deputado federal,
estão acertados que irão compor a principal chapa o PT, PCdoB, PDT, PTB,
PHS e PRB, além do próprio PSD e da legenda do governador Cid Gomes. "O
Solidariedade também está nessa coligação, mas não dou como algo já
certo", esclareceu.
Para a disputa pela Assembleia, a aliança é reduzida, porque PDT e
PCdoB não querem formar coligação. "Até o momento, estão certos o PROS,
PSD, PT, PHS, PTB, PRB. O PV também entrará nessa", acrescentou ao
voltar a fazer ressalvas de que o Solidariedade fará parte da coligação
se fechar apoio ao governador Cid Gomes.
Durante a convenção, o deputado Osmar Baquit revelou que o PP e PSL
também podem entrar nessa coligação principal. Quanto ao caso do
Solidariedade, o parlamentar pontuou um impasse registrado na última
reunião entre o PROS e os aliados.
"O Solidariedade não aceita que o PDT e PCdoB se coliguem para federal
e, para estadual, marchem sozinhos. Então, a resolução que ficou
acertada é que quem participar da chapa majoritária terá que se coligar
para federal e estadual. Nada mais do que justo", frisou.
Foram essas indefinições que fizeram o governador se ausentar da
convenção do PSD, segundo José Sarto, líder do Governo na Assembleia,
que representou Cid no encontro. O governador teria se reunido com Ciro
Gomes e Danilo Serpa para acertar os últimos detalhes da coligação.
"Temos em torno de 23 ou 24 aliados, dependendo de um ou outro partido.
Como toda cabeça é uma sentença, imagine a gente conseguir adequar
dentro de uma coligação todas as inquietações e expectativas de cada
partido", explicou Sarto.
Governo
Depois da convenção, o PSD abriu uma urna com os votos de filiados para
saber qual o pré-candidato ao Governo do Estado preferido. A maioria
escolheu o nome do vice-governador Domingos Filho. O pleito interno foi
realizado durante encontro do partido ainda em maio. Na segunda
colocação, ficou o deputado Mauro Filho. Na terceira, Leônidas Cristino.
Em quarto, a opção identificada como outros. Na quinta, Zezinho
Albuquerque e, por último, Izolda Cela.
O resultado da votação interna seria divulgado durante a convenção, mas
o deputado Osmar Baquit foi contra a iniciativa ao avaliar que a ação
poderia constranger os pré-candidatos. Isso acabou provocando
desentendimento na Executiva, motivando Almircy Pinto a deixar a
divulgação do pleito apenas para após a realização do evento.
"Não vou divulgar de imediato para que não seja tida como uma atitude
partidária de contestação a uma possível decisão do governador (...).
Aqui é mais para dar satisfação às pessoas que deram atenção para o
partido. Recebemos 19 prefeitos, várias representações do Interior",
explicou o dirigente.
Sigla quase virou oposição
A homologação do apoio do PSD ao PROS ocorre após várias ameaças de que
a legenda presidida por Almircy Pinto poderia ter deixado a base de
sustentação do governador Cid Gomes para apoiar a candidatura do senador
Eunício Oliveira ao Governo do Estado. Todo o impasse começou depois da
direção nacional exigir um lugar na chapa majoritária.
"Uma resolução nacional do partido não dava autorização para que a
Executiva Estadual formasse qualquer coligação se o PSD não tivesse
garantida vaga na chapa majoritária. Precisávamos de uma autorização
prévia para fazer composições. Como o diálogo não estava muito fluido,
foi preciso que a gente recorresse ao presidente para que ele desse um
segmento. Num primeiro momento, ele direcionou para que a gente seguisse
com a outra coligação", lembrou Almircy Pinto.
No entanto, uma reunião entre Cid Gomes e o presidente nacional do PSD,
Gilberto Kassab, conseguiu solucionar o impasse. "Acabei conseguindo
fazer um encontro do presidente Kassab com o governador Cid e o
secretário Ciro Gomes. Na conversa, ficou acertado que o PSD ficaria na
base. Esqueçamos o que passou e vamos construir para frente uma aliança
forte em que todos têm uma participação efetiva", pontuou.
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