sábado, 28 de junho de 2014

PSD declara apoio ao PROS e opina sobre candidatos

O presidente estadual do PSD, Almircy Pinto, vai tentar uma vaga na Câmara Federal e afirma que a intenção do partido é manter as cinco cadeiras da legenda na Assembleia Legislativa
O presidente estadual do PSD, Almircy Pinto, vai tentar uma vaga na Câmara Federal e afirma que a intenção do partido é manter as cinco cadeiras da legenda na Assembleia Legislativa Foto: José Leomar
 
O PSD oficializou, ontem, em convenção na sede do partido, o apoio à candidatura do PROS ao Governo do Estado e homologou os nomes de 11 candidatos a deputado estadual e outros três postulantes a Câmara dos Deputados. O único deputado federal da agremiação que compõe a bancada cearense, Manoel Salviano, não tentará a reeleição, mas o filho dele, Samuel Salviano, concorrerá ao cargo.
O presidente estadual e um dos pré-candidatos à Câmara Federal, Almircy Pinto, revelou que a expectativa da agremiação é conseguir manter o número de cinco deputados estaduais na Assembleia Legislativa e ampliar para dois deputados federais. "Atualmente, temos só o deputado Manoel Salviano, mas ele não vai se candidatar. Quem vai é o filho, Samuel, e eu ficaria com a segunda vaga", declarou.
Para alcançar os objetivos do partido para o pleito deste ano, Almircy Pinto assegurou que o PSD, na disputa proporcional, estará na principal coligação que será formada entre os aliados do PROS. O presidente da legenda alertou, no entanto, que ainda há algumas incógnitas sobre quais agremiações formarão esse bloco principal.

Ressalva
Apesar da ressalva, ele citou que, para a eleição de deputado federal, estão acertados que irão compor a principal chapa o PT, PCdoB, PDT, PTB, PHS e PRB, além do próprio PSD e da legenda do governador Cid Gomes. "O Solidariedade também está nessa coligação, mas não dou como algo já certo", esclareceu.
Para a disputa pela Assembleia, a aliança é reduzida, porque PDT e PCdoB não querem formar coligação. "Até o momento, estão certos o PROS, PSD, PT, PHS, PTB, PRB. O PV também entrará nessa", acrescentou ao voltar a fazer ressalvas de que o Solidariedade fará parte da coligação se fechar apoio ao governador Cid Gomes.
Durante a convenção, o deputado Osmar Baquit revelou que o PP e PSL também podem entrar nessa coligação principal. Quanto ao caso do Solidariedade, o parlamentar pontuou um impasse registrado na última reunião entre o PROS e os aliados.
"O Solidariedade não aceita que o PDT e PCdoB se coliguem para federal e, para estadual, marchem sozinhos. Então, a resolução que ficou acertada é que quem participar da chapa majoritária terá que se coligar para federal e estadual. Nada mais do que justo", frisou.
Foram essas indefinições que fizeram o governador se ausentar da convenção do PSD, segundo José Sarto, líder do Governo na Assembleia, que representou Cid no encontro. O governador teria se reunido com Ciro Gomes e Danilo Serpa para acertar os últimos detalhes da coligação.
"Temos em torno de 23 ou 24 aliados, dependendo de um ou outro partido. Como toda cabeça é uma sentença, imagine a gente conseguir adequar dentro de uma coligação todas as inquietações e expectativas de cada partido", explicou Sarto.
Governo
Depois da convenção, o PSD abriu uma urna com os votos de filiados para saber qual o pré-candidato ao Governo do Estado preferido. A maioria escolheu o nome do vice-governador Domingos Filho. O pleito interno foi realizado durante encontro do partido ainda em maio. Na segunda colocação, ficou o deputado Mauro Filho. Na terceira, Leônidas Cristino. Em quarto, a opção identificada como outros. Na quinta, Zezinho Albuquerque e, por último, Izolda Cela.
O resultado da votação interna seria divulgado durante a convenção, mas o deputado Osmar Baquit foi contra a iniciativa ao avaliar que a ação poderia constranger os pré-candidatos. Isso acabou provocando desentendimento na Executiva, motivando Almircy Pinto a deixar a divulgação do pleito apenas para após a realização do evento.
"Não vou divulgar de imediato para que não seja tida como uma atitude partidária de contestação a uma possível decisão do governador (...). Aqui é mais para dar satisfação às pessoas que deram atenção para o partido. Recebemos 19 prefeitos, várias representações do Interior", explicou o dirigente.
Sigla quase virou oposição
A homologação do apoio do PSD ao PROS ocorre após várias ameaças de que a legenda presidida por Almircy Pinto poderia ter deixado a base de sustentação do governador Cid Gomes para apoiar a candidatura do senador Eunício Oliveira ao Governo do Estado. Todo o impasse começou depois da direção nacional exigir um lugar na chapa majoritária.
"Uma resolução nacional do partido não dava autorização para que a Executiva Estadual formasse qualquer coligação se o PSD não tivesse garantida vaga na chapa majoritária. Precisávamos de uma autorização prévia para fazer composições. Como o diálogo não estava muito fluido, foi preciso que a gente recorresse ao presidente para que ele desse um segmento. Num primeiro momento, ele direcionou para que a gente seguisse com a outra coligação", lembrou Almircy Pinto.
No entanto, uma reunião entre Cid Gomes e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, conseguiu solucionar o impasse. "Acabei conseguindo fazer um encontro do presidente Kassab com o governador Cid e o secretário Ciro Gomes. Na conversa, ficou acertado que o PSD ficaria na base. Esqueçamos o que passou e vamos construir para frente uma aliança forte em que todos têm uma participação efetiva", pontuou.

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