A ex-ministra se filiou ao PSB em outubro de 2013, após a Rede
Sustentabilidade ter o seu registro rejeitado pelo Tribunal Superior
Eleitoral FOTO: ERIKA FONSECA
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Brasília. A ex-senadora Marina Silva não vai apoiar a
aliança entre o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência
pelo PSB Eduardo Campos e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB).
Em entrevista ao programa "É Notícia", da Rede TV, Marina, candidata a
vice-presidente na chapa de Campos, disse que seu grupo político, a
Rede, não subirá "em hipótese alguma, no palanque do PSDB".
"Não vamos apoiar a aliança. O melhor caminho seria o da candidatura
própria. Não sendo (assim), a Rede está discutindo se participará com a
candidatura ao Senado", disse.
Na sexta-feira (20), Campos selou a aliança que garantirá ao seu
partido a vaga de vice na chapa do PSDB ao governo de São Paulo.
Alckmin, no entanto, apoia o candidato de seu partido, o senador Aécio
Neves, na corrida presidencial.
No Rio de Janeiro, Campos decidiu se aliar ao senador Lindbergh Farias
(PT), candidato ao governo fluminense que apoia a reeleição da
presidente Dilma Rousseff.
Campos optou por ficar na órbita das siglas adversárias para garantir
exposição nos palanques do Sudeste, onde é pouco conhecido. Mas suas
alianças em São Paulo e no Rio desagradaram Marina.
As alianças contrariam o discurso de Campos e sua vice, Marina Silva,
que pregam a renovação na política brasileira e se apresentam como
alternativa à polarização do poder entre petistas e tucanos.
Em Minas, segundo maior colégio eleitoral do País, o ex-governador
pernambucano ensaiou uma aliança com o PSDB, que governa o Estado há 12
anos, mas foi obrigado por Marina a abandonar as negociações. O PSB
escolheu lançar o deputado federal Júlio Delgado.
Oposição
No último dia 7, Marina afirmou, no Facebook, que considera um
"equívoco" o diretório do partido em São Paulo apoiar o projeto político
tucano nas eleições deste ano. "Juntamente com todos os integrantes da
Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião
do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político
do PSDB. Para nós, isso é um equívoco", disse.
"Em todo o país, estamos debatendo o assunto e apoiando nossos
companheiros de São Paulo na busca de uma alternativa que supere a velha
polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de
Eduardo Campos, que demonstre uma nova forma de fazer política e,
principalmente, que represente os ideais de democracia e
sustentabilidade expressos no programa de nossa Aliança", prosseguiu
ela.
Marina se filiou ao PSB em outubro de 2013, após a Rede
Sustentabilidade ter o seu registro rejeitado pelo Tribunal Superior
Eleitoral.
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