segunda-feira, 23 de junho de 2014

Marina se nega a apoiar tucanos

A ex-ministra se filiou ao PSB em outubro de 2013, após a Rede Sustentabilidade ter o seu registro rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral
A ex-ministra se filiou ao PSB em outubro de 2013, após a Rede Sustentabilidade ter o seu registro rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral    FOTO: ERIKA FONSECA
Brasília. A ex-senadora Marina Silva não vai apoiar a aliança entre o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB Eduardo Campos e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Em entrevista ao programa "É Notícia", da Rede TV, Marina, candidata a vice-presidente na chapa de Campos, disse que seu grupo político, a Rede, não subirá "em hipótese alguma, no palanque do PSDB".
"Não vamos apoiar a aliança. O melhor caminho seria o da candidatura própria. Não sendo (assim), a Rede está discutindo se participará com a candidatura ao Senado", disse.
Na sexta-feira (20), Campos selou a aliança que garantirá ao seu partido a vaga de vice na chapa do PSDB ao governo de São Paulo. Alckmin, no entanto, apoia o candidato de seu partido, o senador Aécio Neves, na corrida presidencial.

No Rio de Janeiro, Campos decidiu se aliar ao senador Lindbergh Farias (PT), candidato ao governo fluminense que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Campos optou por ficar na órbita das siglas adversárias para garantir exposição nos palanques do Sudeste, onde é pouco conhecido. Mas suas alianças em São Paulo e no Rio desagradaram Marina.
As alianças contrariam o discurso de Campos e sua vice, Marina Silva, que pregam a renovação na política brasileira e se apresentam como alternativa à polarização do poder entre petistas e tucanos.
Em Minas, segundo maior colégio eleitoral do País, o ex-governador pernambucano ensaiou uma aliança com o PSDB, que governa o Estado há 12 anos, mas foi obrigado por Marina a abandonar as negociações. O PSB escolheu lançar o deputado federal Júlio Delgado.
Oposição
No último dia 7, Marina afirmou, no Facebook, que considera um "equívoco" o diretório do partido em São Paulo apoiar o projeto político tucano nas eleições deste ano. "Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco", disse.
"Em todo o país, estamos debatendo o assunto e apoiando nossos companheiros de São Paulo na busca de uma alternativa que supere a velha polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de Eduardo Campos, que demonstre uma nova forma de fazer política e, principalmente, que represente os ideais de democracia e sustentabilidade expressos no programa de nossa Aliança", prosseguiu ela.
Marina se filiou ao PSB em outubro de 2013, após a Rede Sustentabilidade ter o seu registro rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

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