Uma mensagem compartilhada nas redes sociais afirmando que os policiais civis, federais, rodoviários federais e militares irão paralisar as atividades na quarta-feira (21) tem deixado muitas pessoas com medo em Fortaleza. Os sindicatos, porém, negam a paralisação e afirmam que as forças de segurança funcionarão normalmente.
Em entrevista à Rádio Verdes Mares, Pedro Queiroz, presidente da Aspramece
(Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar
do Ceará) afirmou que a categoria “não vislumbra a possibilidade de
parar o Ceará“. “Nós já nos reunimos, de forma técnica, avaliamos a lei,
a pauta da categoria e, até esse momento, a gente observou que é
inviável [entrar em greve]. A categoria tem essa maturidade de
compreender que existe uma vedação da lei eleitoral e nenhuma das pautas
que nós temos seria possível o governo atender", disse.
O Sindicato dos Policiais Civis do Ceará também afirmou que não vai
paralisar as atividades. Segundo o sindicato, uma assembleia será
realizada no dia 31 de maio e somente a partir daí é que alguma decisão
em relação a qualquer paralisação poderá ser tomada.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Ceará,
não haverá qualquer paralisação a ser realizada pela categoria nesta
quarta (21) na Capital. Lourismar Duarte, presidente do sindicato,
explicou que na data haverá uma reunião nacional de diálogos realizada
pelo Ministério da Justiça. "Várias entidades de
policiais estarão reunidas em Brasília para um ato político, uma
reunião", diz a nota, que nega qualquer tipo de paralisação.
Alunos relataram que tiveram provas desmarcadas devido ao boato, que
tomou grandes proporções na Capital. Comerciantes do Centro afirmaram
que muitos estavam sem saber se seria seguro abrir as lojas na
quarta-feira (21).
Por meio de nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS)
afirmou que acredita que os "seus homens e mulheres têm a compreensão
que o momento é de união em busca de resultados contra a criminalidade
que assola o país e o Ceará e não se aventurarão em manifestações
oportunistas".
Movimento existe em outros estados
De acordo com a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol),
policiais de 10 estados confirmaram adesão à paralisação de um dia. A
força policial de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará,
Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins devem
aderir ao movimento.
O presidente da confederação, Jânio Bosco Gandra, esclareceu que a
atividade visa cobrar do governo uma melhor política nacional de
segurança pública.
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