quarta-feira, 2 de abril de 2014

Competência de estudantes: Brasil é só o 38º entre 44 países

Image-0-Artigo-1580198-1
Aplicado a cada três anos e voltado para leitura, ciências e matemática, o Pisa avaliou 85 mil estudantes de 
FOTO: JOSÉ LEOMAR
São Paulo O Brasil decepcionou mais uma vez no Pisa, avaliação internacional que mede competências de alunos em diferentes nações. A educação brasileira amargou o 38º lugar em uma lista de 44 países, de acordo com o resultado divulgado ontem pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Tradicionalmente voltado para Leitura, Matemática e Ciências, pela primeira vez o Pisa mediu a capacidade de estudantes de 15 anos em resolver problemas mais complexos de lógica e raciocínio. No topo do ranking ficaram países asiáticos como Cingapura, Coreia do Sul e Japão. Já entre os últimos colocados, estão Uruguai, Bulgária e Colômbia. O resultado do Brasil, de 428 pontos, ficou abaixo da média da OCDE, que era de 500 pontos. O Pisa também mediu distorções regionais nas habilidades dos estudantes. Enquanto a Região Sudeste do País teve 447 pontos, o Nordeste registrou apenas 393. O Norte teve o pior índice entre os brasileiros, com 383 pontos, abaixo no ranking global apenas de algumas regiões dos Emirados Árabes Unidos. Aplicado a cada três anos e voltado para leitura, ciências e matemática, o Pisa avaliou 85 mil estudantes e, pela primeira vez, mediu a capacidade de resolução de problemas mais elaborados de lógica e raciocínio.

No Brasil, menos de 2% dos estudantes avaliados atingiram a performance máxima.
Problemas estruturais
O resultado do Pisa é o reflexo de problemas estruturais da educação brasileira, na avaliação do coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), Daniel Cara.
"Isso decorre da maneira como se organiza a gestão da educação no Brasil. Se tem forte responsabilização dos governos municipais e estudais e participação aquém do necessário do governo federal. É um problema estrutural que vem desde a época da proclamação da República. O governo federal é quem mais arrecada recursos e quem menos contribui na área de educação", disse Cara sobre os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2012.
Segundo ele, para avançar na qualidade da educação é preciso que haja complementação de recursos do governo federal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário