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O vereador Capitão Wagner FOTO: JL Rosa |
Em razão dos atos de violência vistos após o jogo entre Fortaleza e
Ceará na Arena Castelão no último domingo, o deputado Capitão Wagner
(PR) cobrou do Poder Público medidas mais efetivas para conter a
insegurança pública.
“Enquanto tínhamos problemas localizados no entorno do Castelão e nos
terminais, hoje o problema se generalizou em toda a cidade de
Fortaleza”, apontou o parlamentar.
O parlamentar ressaltou que o jogo serviria de teste para como seriam
os jogos durante a Copa do Mundo. “Infelizmente, o que a gente viu nas
ruas de Fortaleza no domingo foi a prova de que as instituições estão
desacreditadas”.
“Eu poderia ter trazido as imagens para mostrar para a população as
cenas de horror, briga de torcida em pleno Henrique Jorge, de um lado a
Cearamor e do outro a TUF”, afirmou Wagner, a respeito da violência que
sua esposa presenciou na frente de sua casa. “As torcidas marcam as
brigas através das redes sociais. A Polícia Civil tem que acompanhar
isso e se antecipar – mas, devido ao baixo efetivo, não tem feito isso”.
O parlamentar clamou para que todas as instituições que componham o
Poder Público participem do planejamento para a tomada de ações nesse
segmento. “Câmara, Assembleia, Governos Municipal e Estadual, Secretaria
de Segurança Cidadã e Secretaria de Segurança Pública para que tenhamos
nova reestruturação. A gente solicita que o Ministério Público tome
providência. Estou fazendo esse discurso para possamos dar as mãos para
que tenhamos solução para a insegurança”, demanda.
Em aparte, o líder do governo na Casa, vereador Evaldo Lima (PCdoB)
destacou que o titular da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas
de Juventude, Élcio Batista, iniciou ações voltadas às torcidas
organizadas. “A prefeitura de Fortaleza iniciou uma série de debates, de
ações propositivas para esse segmento”. Já o vereador Fábio Braga (PTN)
propôs um cartão torcedor, somente com o qual se poderá ter acesso ao
estádio. Com o cartão, se poderia ter acesso a informações como endereço
e fixa corrida do detentor.
Assembleia Legislativa
O deputado João Jaime (DEM) também criticou, ontem, na Assembleia
Legislativa, os confrontos entre torcidas organizadas durante os jogos
do chamado Clássico Rei, entre Fortaleza e Ceará. Segundo ele, os
torcedores das organizadas são “verdadeiros grupos de guerra” que foram
criados para confrontos dentro e fora dos estádios, onde acontecem
crimes, como tráficos de drogas e porte ilegal de armas.
Ele defendeu que o Estado precisa rever a situação das torcidas
organizadas para acabar com tais grupos, que o parlamentar denominou de
“gangues”. “Por que o Ministério Público não levanta esta bandeira? Tem é
que fazer Justiça e colocar esses bandidos quadrilheiros na cadeia”,
atacou.
Já a deputada Eliane Novais (PSB) criticou o estado em que se
encontra a estrutura física do estádio Arena Castelão. Para a
parlamentar a logística da entrada e saída dos veículos ao
estacionamento do Arena Castelão está aquém do necessário para atender
os visitantes do equipamento. “Segundo os torcedores, passou-se quase
uma hora para sair de dentro do estádio. Falta planejamento, falta
estudo que busque saída mais ágeis”, apontou.
Ela relatou ainda que o acesso às bilheterias do Castelão também é um
problema constante. “O ambiente é altamente inseguro e ficam aquelas
pessoas no sol ou na chuva sem o mínimo respeito”, reclamou. Um terceiro
problema “crítico” está na falta de ventilação do equipamento e a Arena
foi construída, segundo ela, de forma que barra a circulação do vento.
“O estádio ficou abafado, quente e ninguém pode aproveitar a brisa do
Castelão. A sensação térmica é pior e há um grande desconforto
principalmente para crianças e idosos”, disse ela. A parlamentar afirmou
ainda que os torcedores têm ido aos banheiros, pois não há bebedouros
no local.
Eliane Novais informou que irá enviar um ofício ao Ministério Público
para que o órgão realize uma ação de inspeção no local. O deputado
Mauro Filho (PROS) defendeu a construção do equipamento e disse que em
relação ao estacionamento, o problema só existe porque as obras da rua
ao lado do estádio ainda não estão totalmente concluídas.
Júlio César Filho disse que em nenhum estádio do mundo existe a
distribuição de água para a população que faz uso dos equipamentos. Ele
informou que conversou com a Secretaria do Esporte, destacando que o
estádio foi o mais barato e o primeiro a ser entregue para a Copa. “Não
há o que falar mal desde grande equipamento que o Governo do Estado
entregou para a população cearense”.
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