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Em meio ao fogo cruzado de aliados, inclusive do PMDB partido do
vice-presidente Temer, Dilma empossa ministros no dia 17
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Brasília. A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou
seis nomes para ocupar cargos de ministro na tarde de ontem. A nomeação
faz parte do andamento da reforma ministerial para o último ano de
mandato. A posse dos novos titulares acontecerá na próxima
segunda-feira, às 10h.
As nomeações acontecem em meio a uma crise da Câmara dos Deputados,
gerada pelo PMDB, com o Planalto, que impôs duas derrotas ao governo
nesta semana. O partido pleiteava aumentar o seu espaço na Esplanada dos
Ministérios com as novas indicações. Mas apenas manteve os ministérios
da Agricultura e do Turismo.
A novidade é a indicação do gerente de assessoria internacional do
Sebrae, Vinicius Nobre Lages, para o Ministério do Turismo. Dilma
resolveu escolher o nome para a pasta depois que Ângelo Oswaldo, do PMDB
de Minas Gerais, preferido por ela, não foi bem recebido pela cúpula do
partido. Ele substituirá Gastão Vieira, que deixa a pasta para disputar
as eleições.
A presidente anunciou ainda a nomeação de Gilberto Occhi no Ministério
das Cidades, na cota do PP; Clélio Campolina Diniz, reitor da UFMG, no
Ministério de Ciência e Tecnologia; o ex-presidente da Petrobras
Biocombustível e ex-ministro Miguel Rossetto para o Ministério do
Desenvolvimento Agrário. Já o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) assumirá o
Ministério da Pesca e Aquicultura e o secretário de Política Agrícola,
Neri Geller, assumirá o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Deixam os cargos os ministros Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário),
Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Marcelo Crivella (da Pesca e Aquicultura),
Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), Antônio Andrada
(Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Gastão Vieira (Turismo).
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência
(Secom), a presidente Dilma agradeceu a dedicação e o empenho dos seis
ministros que estão saindo e disse que eles continuarão contando com seu
apoio e confiança.
Esta é a segunda etapa da reforma ministerial, iniciada por Dilma há
pouco mais de um mês. Gleisi Hoffmann, Alexandre Padilha e Helena Chagas
saíram, respectivamente, da Casa Civil, da Saúde e da Secretaria de
Comunicação Social (Secom). Aloizio Mercadante assumiu o lugar de Gleisi
e foi substituído na Educação por José Henrique Paim. Já a pasta da
Saúde foi ocupada por Arthur Chioro, e Thomas Traumann assumiu a Secom.
Mais ataques entre PT e PMDB
Brasília. PT e PMDB, os dois maiores partidos da
coalizão de apoio ao governo federal, mantiveram ontem o clima de
animosidade que tem marcado a recente rebelião contra Dilma Rousseff
(PT) no Congresso Nacional.
Agora, um acusa o outro de fisiologismo ou mais diretamente, de
promover o "toma lá, da cá" na administração pública. Porta-voz do motim
que aplicou derrotas a Dilma na Câmara nesta semana, o líder da bancada
do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), rebateu declarações d o presidente do PT,
Rui Falcão.
Segundo o petista, que não citou nomes, Dilma tem sido vítima de
chantagem e da tentativa de "toma lá, da cá" por parte de partidos
aliados. "É lamentável que ele (Falcão) fale isso desses partidos todos
e, ao mesmo tempo, os chame para oferecer cargos", disse Cunha.
Após as reuniões com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, PP,
Pros e PDT deixaram de participar do "blocão" montado na Câmara sob a
liderança do PMDB, que de início reuniu nove partidos, oito governistas.
Com a recente debandada, cinco legendas permaneceriam PMDB, PR, PTB,
PSC e o oposicionista Solidariedade.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), disse que a
bancada do partido na Casa não participou da discussão para indicar
nomes para a reforma, mas que o Planalto fez "boas escolhas".
Kassab diz que espera fim da crise
Ribeirão Preto. O presidente nacional do PSD e
ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab disse ontem esperar que a crise
entre o governo e o Congresso seja diluída "o mais rápido possível".
"Vejo que existe uma tensão no Legislativo. Espero que as divergências,
esse estresse, possam ser diminuídos bastante. Espero que haja um
entendimento de todas as forças. Da oposição e dos coligados da
situação", disse Kassab. PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão
de apoio ao governo federal, mantiveram ontem o clima de animosidade
que tem marcado a recente rebelião contra o governo Dilma Rousseff no
Congresso.
Apesar disso, na noite de terça-feira (11), 21 dos 34 parlamentares do
PSD apoiaram a criação de uma comissão para investigar as denúncias de
corrupção na Petrobras, ajudando a impor mais uma derrota ao governo
federal.
"O partido deu liberdade para os parlamentares votarem de acordo com suas convicções", afirmou Kassab.
Questionado se essa briga política é prejudicial ao país e poderia
contribuir ainda mais para o travamento de votação de importantes
projetos para o Brasil, o ex-prefeito paulistano disse apenas que "é
importante que haja convergências nas ações".
Fonte Diário do Nordeste

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