quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cid sem ´apetite por ministério´

Após reunião, o governador negou pressão do PROS por uma vaga na Esplanada dos Ministérios
Brasília O governador Cid Gomes (PROS-CE) afirmou ontem que não tem nem "nunca teve menor apetite por ministério". Após se reunir com o futuro ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (Educação), ele disse ainda que seu irmão, Ciro Gomes, não recebeu nenhuma sondagem ou convite oficial para assumir um cargo no primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff.

O governador evitou tratar sobre a disputa no Estado, onde o PMDB pode deixar a aliança caso Eunício Oliveira não receba apoio do PROS e do PT Foto: Folhapress
Dilma retornou ontem de uma viagem internacional e a expectativa entre os aliados e de que finalize as negociações para a reforma ministerial nos próximos dias. Aliados de Dilma, os irmãos Gomes abandonaram o PSB no ano passado após o partido decidir lançar Eduardo Campos à Presidência. Pela movimentação, devem ser contemplados na reforma. O mais provável é que mantenham o controle da Integração Nacional.
Cid negou a pressão por uma vaga na Esplanada dos Ministérios e disse que tratou de educação com Mercadante. Questionado se a Pasta da Integração contemplaria o partido, o governador disse: "nunca tive o menor apetite por ministério". Em seguida, admitiu: "eu brinco, mas no fundo há um tom de verdade. Para mim, como governador, interessaria 15 ministérios. Como não é razoável e meu partido não tem porte para isso, é irrelevante a quantidade de ministérios". Cid também se reuniu ontem com integrantes da cúpula do PROS no Congresso para debater, entre outros temas, a reforma ministerial.

Indagado sobre o desejo da bancada do PROS de que Ciro assuma um ministério, Cid disse preferir que seu irmão permaneça à frente da Secretaria de Saúde de seu governo. "Não há nenhuma sondagem, nenhum convite ao Ciro para assumir nenhum ministério no governo da presidente Dilma", afirmou.

Ciro enfrenta resistência do PMDB, principal aliado do governo, por antigas desavenças. Com a divergência, a expectativa é que a Integração permaneça sob o cuidado de Francisco Teixeira, técnico indicado por Cid.

Segundo o governador, na reunião não foi tratada a disputa no Estado, onde o PMDB pode deixar a aliança caso o senador Eunício Oliveira não receba o apoio do PROS e do PT na disputa pelo governo local. Ao ser questionado sobre um possível apoio ao senador, Cid se esquivou. "Não vou comentar sobre candidatura a, b, ou c. Em tese, é natural que qualquer pessoa tenha o desejo de ser governador do seu Estado". Para ele, ainda não é o momento de se discutir sobre a disputa eleitoral de outubro. "Discussão sobre isso, a meu juízo, não deve ser agora. A gente deve primeiro trabalhar o arco de alianças, na sequência definir projetos e, por último, ver os nomes", afirmou.

Um possível racha no Ceará vem preocupando o ex-presidente Lula em razão de possíveis reflexos no palanque da presidente Dilma Rousseff no Estado.

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