Três concorrentes são de Fortaleza e outros três são de Limoeiro do Norte; escolha é por votação pela internet
O Prêmio Betinho - Atitude Cidadã, lançado pelo Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep) em 2008, tem como objetivo valorizar e dar visibilidade a iniciativas sociais desenvolvidas em todo o País, além de homenagear personalidades que se destacam fazendo o bem. A iniciativa também serve para reconhecer e tornar público o trabalho destas pessoas que se dedicam a promover a cidadania. Neste ano, seis indicados são do Ceará.
Uma das indicadas, Francinete Cabral, 70, é fundadora da Sociedade Comunitária de Reciclagem de Lixo do Pirambu (Socrelp) Foto: Érika Fonseca
Três deles - Francinete Flor Cabral, Maria Iracy Teixeira e Francinete Cabral - são de Fortaleza; e outros três - Francisco Hosterno Fernandes, Maria Rubens Saldanha e Raimunda Alves de Arruda- são de Limoeiro do Norte. Na Capital, as mulheres indicadas são pessoas de origem humilde, que levam a vida com simplicidade e ânimo de ajudar o próximo mesmo possuindo poucos recursos.
Francinete
Cabral, 70, é uma dos milhares de brasileiros que tiram do lixo o
sustento para a sua família. Nete, como é conhecida, ajuda a sua
comunidade dando ocupação para muitas pessoas, algumas delas em situação
de vulnerabilidade. A luz no fim do túnel surge a partir da coleta e
reciclagem do lixo. Com isso, Nete edifica a vida dos que passam pela
sua associação comunitária lhe pedindo uma oportunidade.O Prêmio Betinho - Atitude Cidadã, lançado pelo Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep) em 2008, tem como objetivo valorizar e dar visibilidade a iniciativas sociais desenvolvidas em todo o País, além de homenagear personalidades que se destacam fazendo o bem. A iniciativa também serve para reconhecer e tornar público o trabalho destas pessoas que se dedicam a promover a cidadania. Neste ano, seis indicados são do Ceará.
Uma das indicadas, Francinete Cabral, 70, é fundadora da Sociedade Comunitária de Reciclagem de Lixo do Pirambu (Socrelp) Foto: Érika Fonseca
Três deles - Francinete Flor Cabral, Maria Iracy Teixeira e Francinete Cabral - são de Fortaleza; e outros três - Francisco Hosterno Fernandes, Maria Rubens Saldanha e Raimunda Alves de Arruda- são de Limoeiro do Norte. Na Capital, as mulheres indicadas são pessoas de origem humilde, que levam a vida com simplicidade e ânimo de ajudar o próximo mesmo possuindo poucos recursos.
Ela veio de Caxias, no Maranhão, tentar a sorte em Fortaleza, está aqui há 47 anos e fez moradia no bairro Pirambu, onde, segundo ela, só sai se for dentro de um caixão. Francinete é fundadora e atual presidente da Sociedade Comunitária de Reciclagem de Lixo do Pirambu (Socrelp). "Comecei a me envolver com questões ambientais ainda quando era criança. Eu estudava em colégio católico, lá a gente já fazia reciclagem e não sabia. Em 1992, participamos da Eco 92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente) e, desde 1995, tenho trabalhado nesta comunidade. Antes, era com o Movimento Libertação, que se transformou em Socrelp", conta.
No galpão de coleta, são desenvolvidos vários tipos de trabalhos. Com Francinete, atuam 13 pessoas internamente, separando o material reciclável e confeccionando, a partir do lixo descartado, papel reciclado, embalagens para presente, cartões, caixas para lembrancinhas, vassouras, painéis, flores e outros artigos, tudo com muita criatividade e emprenho.
Externamente, tão 40 pessoas que fazem o serviço braçal nas ruas, coletando em carrinhos de reciclagens e em um grande caminhão adquirido pela comunidade para auxiliar no trabalho. Os colaboradores são cadastrados e recebem oportunidade de emprego em outras áreas. Todos os funcionários, internos e externos, são capacitados e qualificados por cursos oferecidos de iniciativas privadas e por meio da Fundação Espírita Cáritas.
"Aqui, existem pessoas que já tiveram boas profissões, emprego de carteira assinada, e acabam vindo trabalhar com reciclagem. Mas existem também pessoas que chegam no fundo do posso e conseguem se reerguer" conta Nete.
Votação
A escolha do vencedor do prêmio é feita por meio de votação no site, aberta até dezembro. O mais votado receberá uma peça de reconhecimento. Não haverá distribuição de recursos financeiros. Os candidatos do mesmo município concorrem, ainda, a um prêmio regional.
A iniciativa é uma homenagem ao sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que lutou para que se aniquilasse a fome no Brasil e é um dos fundadores do Coep.
Nesta edição, a premiação tem como foco reconhecer o trabalho dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis.
Mais informações
A votação está aberta, até o próximo mês de dezembro, no site www.coepbrasil.org.br/premiobetinho
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