Durante todo o período, que se encerra dia 2, são esperados cerca de 600 mil romeiros em Juazeiro do Norte
Juazeiro do Norte. Milhares de fiéis vieram participar da Romaria de Finados neste município para agradecer pelas graças que afirmam ter recebido através da intermediação da Mãe das Dores e de Padre Cícero, a quem chamam carinhosamente de "meu Padim".
Juazeiro do Norte. Milhares de fiéis vieram participar da Romaria de Finados neste município para agradecer pelas graças que afirmam ter recebido através da intermediação da Mãe das Dores e de Padre Cícero, a quem chamam carinhosamente de "meu Padim".
Caravanas de várias cidades chegam para participar das celebrações litúrgicas FOTO: ROBERTO CRISPIM
Ontem, durante abertura oficial da romaria, o número de peregrinos já era considerado grande por quem transitava pelo entorno da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, bem como nas proximidades da Capela do Socorro, onde ocorrem as celebrações litúrgicas.
Ainda à noite o chamado Show dos Chapéus também emocionou aos peregrinos que se deslocaram à Praça do Romeiro. No local foram entoados cânticos e benditos em louvor à Nossa Senhora das Dores e ao padre Cícero. Conforme a organização da romaria, até o final do evento a ação será repetida no local.
Durante todo o período, que se encerra neste sábado, dia
2, são esperados cerca de 600 mil romeiros em Juazeiro. As caravanas
chegam de todos os locais. A maioria delas são de cidades nordestinas,
onde a crença no "Padim" e a fervorosidade da fé depositada em seus
milagres consegue vencer o cansaço das longas viagens. O percurso,
muitas vezes feito em caminhões pau-de-arara, pode demorar dias e as
dificuldades são muitas.Ontem, durante abertura oficial da romaria, o número de peregrinos já era considerado grande por quem transitava pelo entorno da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, bem como nas proximidades da Capela do Socorro, onde ocorrem as celebrações litúrgicas.
Ainda à noite o chamado Show dos Chapéus também emocionou aos peregrinos que se deslocaram à Praça do Romeiro. No local foram entoados cânticos e benditos em louvor à Nossa Senhora das Dores e ao padre Cícero. Conforme a organização da romaria, até o final do evento a ação será repetida no local.
A costureira Josefa Dantas de Freitas veio de Sergipe com dores na perna esquerda e, conforme afirma, só resistiu a viagem mediante um pedido que fez ao "Padim". "Eu não aguentava mais de dor. Minha perna queimava muito e daí pedi ao meu Padim Padre Ciço que me deixasse chegar no Juazeiro pra poder rezar e pagar uma graça que já tinha alcançado", diz.
Ela diz que foi vítima de um grave acidente e só conseguiu o pleno restabelecimento devido as orações que fazia enquanto esteve internada, e ao socorro de Padre Cícero. "Quase morri. Sofri muito e hoje volto ao Juazeiro para depositar essa roupa ao pé da escadaria do horto", explica. A vestimenta a que se refere é uma veste preta que lembra um manto franciscano.
A fé também é responsável pela chegada da pernambucana Maria Gomes à cidade. Natural de Alagoinha, no agreste pernambucano, ela diz que veio agradecer ao padre Cícero e a São Francisco de Assis por duas importantes conquistas. "Estava desenganada pela medicina. Muito doente no hospital. Minha mãe se ajoelhou e pediu à Padre Cícero que me permitisse sobreviver", relembra.
De acordo com ela, Padre Cícero foi também responsável pelo restabelecimento matrimonial de uma de suas filhas. "Meu genro, quando saiu de casa disse que nem mesmo Deus faria com que ele retornasse. Voltou pela interseção de meu "Padim" e de São Francisco", comemora.
Outro fator que atrai fiéis a Juazeiro durante períodos de romaria é a curiosidade de milhares de pessoas em relação a figura mística que envolve padre Cícero. A educadora social Rosineide dos Santos é uma destas curiosas. Veio participar da festa pela segunda vez, acompanhada do marido e da sogra.
Ela diz que algumas informações sobre o religioso lhe chamaram à atenção e fizeram com que ela passasse a ter interesse em conhecer melhor sua história de vida e religiosidade. "Na primeira vez que estive aqui já foi possível sentir a fé que emana nos locais onde há celebrações", diz.
Embora ainda não tenha alcançado nenhuma graça, e nem realizado pedidos com tal finalidade, afirma que a emoção cresce a cada ano devido as experiências que lhe são contadas por fiéis que participam do evento.
"Eu acho que há muita história ainda pra ser contada em relação ao padre Cícero. A cada novo relato, em cada local onde um pouco é contado, a emoção é maior", avalia.
Para o esposo, o motorista Josiano Alves de Aragão, o município de Juazeiro do Norte possuí uma dívida muito grande para com o religioso. "Não fosse padre Cícero esse povo todo não estaria aqui. Juazeiro seria visitado uma vez e pronto. A cidade deve muito ao padre", comenta.
A família viajou de ônibus fretado com outras 40 pessoas. Todos estão hospedados em uma pousada próxima a Basílica.
Mais informações:Secretaria da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores
Endereço: Rua Padre Cicero,147, Centro
Juazeiro do Norte
Telefone (88) 3511.2202
ROBERTO CRISPIMCOLABORADOR
ENQUETE
O que agradecer ao Padre Cícero nesta festa?
"Eu tenho que agradecer muitas, muitas graças alcançadas com a ajuda de meu amado "Padim" Padre Cícero. Não fosse o socorro dele eu com certeza já estaria morta. Tive muitos problemas de saúde"
Josefa Dantas de FreitasCostureira
"Na primeira vez que vim me perdi da família. Achei que nunca mais encontraria ninguém. Fiz uma prece e ele me colocou no caminho de minhas irmãs. São muitas as graças que recebi com a ajuda dele"
Quitéria Vieira dos SantosAgricultora
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