São Paulo. O papa Francisco pediu ontem a milhares de
fiéis reunidos na praça São Pedro que rezem pelo Egito e afirmou que "fé
e violência são incompatíveis". Durante o Angelus (bênção dominical), o
pontífice ainda afirmou que "a paz não é neutralidade, não é um
compromisso a qualquer custo", quando discorreu sobre a passagem bíblica
em que Jesus afirma: "Não vim trazer a paz, mas a divisão".
Apoiadores do presidente deposto, Mohamed Mursi, em manifestação contra a violência no país FOTO: REUTERS
Ontem,
ao menos 36 prisioneiros morreram sufocados por gás lacrimogêneo numa
suposta tentativa de fuga de um comboio de detentos, no Cairo. O gás foi
disparado por militares, segundo o Ministério do Interior egípcio, na
tentativa de libertar um policial retido no motim.
Cerca de 600
detidos nos confrontos da última semana eram levados em comboio até a
prisão de Abu Zaabal, no norte do Egito. Os detentos que estavam em um
dos veículos, segundo militares, teriam feito um motim e capturado um
policial. A Irmandade Muçulmana cancelou ontem uma manifestação
programada para o Cairo por falta de segurança para seus militantes. Os
últimos atos convocados pelo grupo terminaram em confrontos com as
forças de segurança, que deixaram quase 900 mortos.
O governo
interino do Egito anunciou que revisará toda a ajuda financeira recebida
de outros países, após a União Europeia dizer que vai reavaliar a
relação com o país. A ação de países europeus é uma represália aos
confrontos entre Polícia e islamitas
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