Discurso do goleiro Julio Cesar inflamou Seleção Brasileira, revela Fred

O atacante Fred revelou que um discurso do goleiro Julio Cesar, durante a preleção para a final da Copa das Confederações, foi essencial para motivar os jogadores antes da decisão no Maracanã.

Goleiro disse ter sofrido muito após Copa de 2010 Foto: Reuters

Além do coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, que discursou sobre a hierarquia brasileira no futebol, o goleiro do Queens Park Rangers também pediu a palavra no vestiário.

"O Júlio César emocionou todo mundo. Falou sobre a oportunidade de jogar aquela partida, que em 2010 ele sofreu muito após a Copa. Pensou em encerrar carreira, depois foi para um time pequeno na Inglaterra. Ele pediu o nosso apoio. Nos inflamou", afirmou o jogador em entrevista ao programa "Bem Amigos", do SporTV.

Fred revelou ainda que comprou mais de 40 ingressos da final e deu a funcionários do Fluminense, incluindo roupeiros e massagistas. "Foi uma forma de agradecimento. Eles me ajudaram tanto em quatro anos de clube. Fluminense para mim hoje é minha casa."

O centroavante disse que o primeiro gol da decisão, após longo lançamento de David Luiz para Hulk, nasceu dos treinamentos táticos realizados em Goiânia. "Felipão viu que o Thiago Silva e o David Luiz forçavam muito o lançamento cruzado para o ataque. Então eu passei a puxar a marcação, e o Hulk e o Neymar a fazer o "facão' pelas pontas."

Fred aproveitou ainda para dedicar o primeiro tento, que abriu o caminho do título, ao povo do Brasil. "Dedico o primeiro gol, que fiz caído, em um lance em que não perdi a esperança, para o povo brasileiro, que vive um momento sofrido e que está se levantando e se "guerreando'."

Sobre a neutralização do toque de bola envolvente dos espanhóis, o centroavante disse que o segredo foi saber diminuir os espaços dos rivais. "Quando a Espanha passa pela primeira linha de quatro da marcação, ninguém pressiona", disse.

"Então nós conversamos: 'vai ser complicado marcar o toque de bola, também pela qualidade dos jogadores deles. Mas eles vão nos dão espaço.' Sabíamos que iríamos criar as oportunidades. Então nos concentramos na marcação agressiva e, com a bola, em agredir ao máximo."