quarta-feira, 19 de junho de 2013

Manifestantes ocupam Câmara


Servidores municipais e estudantes protestaram contra a proposta de implantar o Regime Próprio de Previdência

Iguatu. As manifestações que começaram em São Paulo e se espalharam por grandes centros urbanos chegaram ao Interior do Ceará. Na tarde de ontem, cerca de mil manifestantes ocuparam o prédio da Câmara Municipal de Iguatu, cidade distante 380 Km de Fortaleza, na região Centro-Sul do Ceará.

Grupo ocupou as galerias da Câmara Municipal. Muitas pessoas tiveram que ficar em frente ao prédio, pois não havia espaço para todos Foto: Honório Barbosa

O protesto foi pacífico e contra a proposta do Executivo de implantar o Regime Próprio de Previdência Social do Município. Inicialmente, os manifestantes estiveram reunidos na Praça Gonçalves de Carvalho, no Centro. Depois, foram até a sede do Legislativo municipal.

O grupo ocupou as galerias e muitos tiveram que ficar em frente ao prédio, pois não havia espaço para todos os manifestantes. Servidores municipais e estudantes usando nariz de palhaço e conduzindo faixas e cartazes gritavam palavras de ordem, como "retirem o projeto".

Depois de ocuparem o plenário, os manifestantes cantaram o Hino Nacional e pediram que os vereadores respeitassem os direitos dos servidores municipais. "Nós somos contra esse projeto porque traz risco para todo o funcionalismo", disse a presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (SindSaúde), Sílvia Bandeira. "Essa proposta não pode ser aprovada".

Na última quinta-feira (13), foi realizada audiência pública na Câmara Municipal de Iguatu com o objetivo de debater o projeto de lei. Houve protesto dos servidores que gritaram e vaiaram aqueles que se manifestaram a favor. O clima entre o funcionalismo é de revolta e rejeição à mudança, isto é, substituição do Regime Geral de Previdência Social do INSS para sistema de previdência municipal, administrado pela Prefeitura.

O prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara, determinou a retirada do projeto de lei. "Não houve consenso e preferimos retirar o projeto de pauta". Ele lembrou que 90% das prefeituras do País discutem projeto semelhante e os municípios são fiscalizados, reduzindo riscos contra o fundo municipal previdenciário. 

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