quinta-feira, 2 de maio de 2013

O cearense que não quis trabalhar no Facebook

Bruno
Foto: arquivo pessoal

O jeito de bom moço não esconde, Bruno Cavalcante é um bom moço. À primeira vista é um garoto como outro qualquer. Quem vê assim não pensa que em essência ele seria o que chamamos de exemplo de ‘nerd’. Viciado em programação, computadores, games e cultura pop, Bruno é um jovem cearense que mira o futuro vivendo o presente. E não abre mão de apostar no que acredita, sem sair de Fortaleza.
Trajetória
Começou a engatinhar na programação quando tinha 12 anos, na época em que tentava criar um jogo de RPG baseado em texto. Nos anos seguintes, criou alguns pequenos projetos, sempre publicando na internet, e, claro, sempre relacionado a jogos eletrônicos. Se tornou programador “mesmo” (ênfase sua) aos 18 anos, quando trabalhou a sério com sistemas de programação.
Há cerca de 1 ano e meio, abriu sua própria empresa, a Astux, que desenvolve software, junto com mais 3 sócios. Após um ano de muita luta e determinação, atraíram holofotes do mercado. Seus projetos chamaram a atenção de outras grandes empresas da área, e, como ele mesmo define, “estamos trabalhando em projetos muito empolgantes de diversos clientes, além dos nossos próprios, como é o caso da Alvanista”. Até agora essa curta trajetória, mas de sucesso, é considerada uma ótima condição no meio. E ao que parece, será apenas o começo.

Alvanista
Mas o que é mesmo o Alvanista? Perguntei. Agora vem a sacada, o pulo da história, a questão da segmentação por nicho, o pensar além do pensar. Alvanista é uma rede social bem específica. Feita (por e) para amantes de jogos eletrônicos. O projeto foi criado a partir de uma paixão pelos games, mas também por acreditar que este hobby é compartilhado por um número imenso de pessoas em todo o mundo e que elas não se sentem tão à vontade para falar sobre isso em outras redes, especificamente.
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Foto: Astux/arquivo pessoal
“Ah, eu acredito!”

O criador do Alvanista crê na possibilidade de atingir esse patamar – ou continuar tentando – como uma forma de inspirar outros jovens talentos e empreendedores brasileiros. Assim ele acredita que é possível criar outros projetos internacionais de sucesso aqui no Brasil. “Somos um país de grandes ideias e possibilidades, mas que só falta um pequeno empurrãozinho para as colocarem para frente”, afirma Bruno ao relacionar sua Rede Social de Games justamente como exemplo. “Ah, eu acredito! E tornar a Alvanista uma referência internacional é muito empolgante, mas me motiva mais ainda a possibilidade de conseguir inspirar e motivar outras pessoas a investirem em seus projetos”, explica com empolgação.
O mercado de jogos eletrônicos vem crescendo sistematicamente, ano após ano, e alguns de seus lançamentos superam até a bilionária indústria do cinema. Por isso, Bruno vê ainda muitas oportunidades no mercado, pois “acredita que muita gente irá ganhar muito dinheiro com isso nos próximos anos”. Ele considera e espera ser uma dessas pessoas. Para concretizar o desejo na Astux, Bruno revela que existe a intenção de investir em projetos próprios de tempos em tempos – a Alvanista foi um desses casos, já de sucesso (fechou a pouco uma parceria com o gigante Wallmart). “Basta por as mãos na massa” adiciona.
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Foto: Astux/arquivo pessoal
Facebook
Você sabia que Bruno Cavalcante recusou o Facebook? Verdade. E explico. Após analisar seus trabalhos na web, a cúpula do Facebook enviou um convite para que ele fizesse uma seleção para entrar na equipe. Sua resposta, como disse, foi não. E ele tem as suas razões, poéticas até. Ficou honrado com o convite, mas recusou por acreditar que empreender tem tanto a ver com determinação quanto timing.
Por isso, vê em sua equipe (da Astux e na Alvanista) a dedicação e crença na própria força e inteligência, “são pessoas incríveis, e que me fazem querer melhorar cada vez só pra conseguir acompanhá-las. Além disso, são grandes amigos ”, complementa com afeição. Portanto – neste momento – prefere não trocar essa equipe e seus respectivos projetos para ser um funcionário de outra empresa, mesmo sendo uma empresa do porte do Facebook.
Hobby e cultura

Ele é nerd, sim, mas curte e muito o MMA. E curte a ponto de assistir a quase todos os eventos. Foi até nas duas últimas edições do UFC no Rio de Janeiro. “Experiência fantástica, recomendo à todos os outros fãs que assistam presencialmente algum evento do UFC quando tiverem a oportunidade”, fala empolgado. Seu próximo encontro ao vivo com o mundo do UFC e o MMA já está agendado. Bruno já tem ingresso garantido na Final do TUF 2, aqui em Fortaleza, em junho. Quem diria, nerd também gosta de uma porrada, divago.
O bom cinema também é um de seus passatempos prediletos. Seu filme favorito é “Tubarão” (1975), de Steven Spielberg, o primeiro blockbuster da história. Na verdade o filme que criou essa alcunha de “arrasa-quarteirão”. De livros, o primeiro que cita é um clássico do terror, “Drácula de Bram Stoker” (1897), mas também lembra com carinho das clássicos aventuras de Júlio Verne.
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Foto: Astux/arquivo pessoal
Sonho e futuro

“Quando criança, ficava frustrado por não ter exemplos de pessoas de grande sucesso na minha área (programação, projetos para a internet) próximas a mim, ou na minha cidade. Meu sonho é que, através de projetos como a Astux e a Alvanista, consigamos ser um exemplo e uma inspiração para que as pessoas pensem grande e criem projetos para tornar o mundo melhor, ou mais divertido”.
Para o futuro, Bruno pretende continuar trabalhando para melhorar a Alvanista, e em outros (ótimos) projetos para seus clientes da Astux. “Me satisfaz muito poder ajudar uma pessoa a tornar o seu projeto para a internet em realidade, e isso EU posso fazer. Muito prazer, eu sou Bruno Cavalcante”.

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