ARTHUR MONTEIRO/AGÊNCIA SENADO
Eunício Oliveira conta com articulação nacional para ter apoio do PT, caso seja candidato no Ceará |
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva disse que o PT deve ter a reeleição de Dilma
Rousseff como prioridade em 2014 e, por isso, o partido pode abrir mão
de candidaturas a governador para apoiar chapas do PMDB - principal
aliado dos petistas no Governo Federal.
Em entrevista ao
jornal Valor Econômico, Lula afirmou que o partido deverá fazer
concessões a outras siglas para garantir uma aliança forte para Dilma.
“Nós temos que ter sempre como prioridade o projeto nacional. Ou seja: a
primeira coisa é a eleição da Dilma. Não podemos truncar nossa aliança
com o PMDB”, disse Lula.
A estratégia pode ter reflexos no
Ceará, onde o presidente estadual peemedebista, o senador Eunício
Oliveira, é possível candidato ao Governo do Estado. A eventual
candidatura ameaça a base do governador Cid Gomes (PSB), que tem PT e
PMDB como principais aliados. Os acordos dependem dos rumos de Eduardo
Campos (PSB), que estuda entrar na disputa presidencial. Se Campos abrir
mão do projeto, o PT pode ter de apoiar candidatos do PSB em alguns
estados. O Ceará pode ser um deles.
Lula deu sinais, todavia,
de que o PT deve manter candidaturas em estados onde o PMDB também tem
projetos eleitorais, como Rio de Janeiro e São Paulo. No Ceará, por
outro lado, não há perspectiva de candidato próprio do PT.
No
Rio, Lula afirmou que o senador Lindbergh Farias (PT) “pode ser
candidato sem causar problema” à aliança nacional com o PMDB - que deve
lançar o vice-governador Luiz Fernando Pezão. “Acho que o Rio vai ter
três ou quatro candidaturas e ele (Lindbergh), certamente, vai ser uma
candidatura forte”.
Em São Paulo, onde o PMDB trabalha com os
nomes de Paulo Skaf e Gabriel Chalita, o ex-presidente disse que o PT só
apoiará seu aliado se o partido “tiver um candidato palatável”. Skaf
teve 4,6% dos votos quando disputou o governo estadual em 2010, pelo
PSB, e Chalita responde a 11 inquéritos no Ministério Público por
denúncias de corrupção. “Nunca tivemos tanta chance de ganhar a eleição
em São Paulo como agora”, disse Lula. (das agências)
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