Novo projeto em Russas terá capacidade para abastecer uma cidade com cerca de 100 mil habitantes O projeto já passou por audiência pública em Russas. Aguarda a avaliação da Chesf FOTO: CID BARBOSA |
O Ceará deve abrigar, até o fim deste ano, o maior parque de energia solar do País. Ao todo, devem ser investidos R$ 60 milhões para a instalação de uma potência de 10 megawatts (MW) em Russas pela Kwara - empresa cearense que conta com sócios brasileiros em São Paulo e dos EUA. A construção do projeto tem previsão de ser iniciada até junho, deixando o Estado mais uma vez na vanguarda nacional da geração deste tipo de energia renovável. A capacidade do projeto deve ser o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 100 mil habitantes, de acordo com o diretor geral do empreendimento, Augusto César Rodrigues, e deve atender o mercado livre de energia, ou seja, deve comercializar o fornecimento com indústrias ou grandes empresas.
Área
Batizado de Kwara Solar Russas I, o parque conta com investimento próprio dos sócios e é planejado desde maio do ano passado. Para a construção, deve utilizar 47 hectares, dos 450 hectares do terreno já adquirido.
A localização, segundo o diretor, é estratégica. O terreno fica nas margens da BR 116, em Russas - A 165km de Fortaleza - e fica a 11 Km das subestações da Companhia Energética do Ceará (Coelce) e da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco (Chesf), nas quais deve lançar a energia gerada.
"Ainda não estamos ofertando no mercado livre, mas quando tivermos, já temos prospecções. E o nosso cliente preferencial, provavelmente, deve ser o industrial", revelou o diretor Comercial, Luiz Duarte.
Outras usinas
A capacidade instalada de 10MW do empreendimento executado por Augusto é dez vezes maior que as outras duas plantas solares em atividade no Brasil. A primeira delas é o projeto de 1MW MPX, que opera em teste em Tauá. A segunda é a da CPFL Renováveis, em Tanquinhos, em Campinas, que tem 1,1MW.
Augusto contou ainda dos planos de montar, em Russas, um laboratório para trabalhar a durabilidade e o rendimento dos painéis e demais equipamentos usados. "O que acontece é que você não tem hoje, no Brasil, o que realmente ocorre numa placa instalada aqui. Todas as medições são feitas do exterior", diz.
Documentação exigida
Sobre os documentos necessários para iniciar a obra no meio deste ano, o diretor de Operações da Kwara, Edilberto Rodrigues, conta que o projeto já tem a avaliação da Coelce e teve também a audiência pública realizada em Russas. Agora, aguarda a avaliação da Chesf. Os documentos são exigidos para a chamada consulta de acessibilidade. Todos devem ser encaminhados para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) junto com o licenciamento ambiental.
"Esses procedimentos correm juntos e não devem ter muitos empecilhos. O prazo legal da Chesf, por exemplo, é de 180 dias, mas acreditamos que saia antes por não ter tanta demanda para aquela área, além de ser um projeto de visibilidade", aposta.
No entanto, a instalação dos 10MW de capacidade fazem parte apenas da primeira fase do empreendimento. A ideia é executar três projetos consecutivos com 30MW de potência instalada cada, todas viabilizadas financeiramente a partir de leilões.
"Muitos investidores vêm estudando a possibilidade de esperar pelo leilão ou avançar investindo na construção da usina. É uma coisa que pode até mudar de rota, mas nosso direcionamento é iniciar o projeto da Kwara Solar Russas II a partir do posicionamento do governo a respeito do leilão", ressaltou o diretor de operações.
A expectativa dele é de que os pleitos ocorram entre 2014 e 2015, já que os rumores de os leilões para energia solar fossem feitos no ano passado não se tornaram verdade - "e isso assustou muito o investidor". Com a ampliação, o projeto vai saltar para 100MW de potência instalada e terá o investimento multiplicado por 10, chegando perto dos R$ 600 milhões. Com a oferta, ele disse esperar da geração para o mercado livre de energia a maior e mais forte fonte de negócios da empresa em todas as praças nas quais atuam.
Além da geração de energia para o mercado livre, a Kwara atua também na manutenção e elaboração de projetos elétricos e, agora, planeja entrar na micro e minigeração (para atender residências e pequenos negócios).
Armando de Oliveira LimaRepórter
Área
Batizado de Kwara Solar Russas I, o parque conta com investimento próprio dos sócios e é planejado desde maio do ano passado. Para a construção, deve utilizar 47 hectares, dos 450 hectares do terreno já adquirido.
A localização, segundo o diretor, é estratégica. O terreno fica nas margens da BR 116, em Russas - A 165km de Fortaleza - e fica a 11 Km das subestações da Companhia Energética do Ceará (Coelce) e da Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco (Chesf), nas quais deve lançar a energia gerada.
"Ainda não estamos ofertando no mercado livre, mas quando tivermos, já temos prospecções. E o nosso cliente preferencial, provavelmente, deve ser o industrial", revelou o diretor Comercial, Luiz Duarte.
Outras usinas
A capacidade instalada de 10MW do empreendimento executado por Augusto é dez vezes maior que as outras duas plantas solares em atividade no Brasil. A primeira delas é o projeto de 1MW MPX, que opera em teste em Tauá. A segunda é a da CPFL Renováveis, em Tanquinhos, em Campinas, que tem 1,1MW.
Augusto contou ainda dos planos de montar, em Russas, um laboratório para trabalhar a durabilidade e o rendimento dos painéis e demais equipamentos usados. "O que acontece é que você não tem hoje, no Brasil, o que realmente ocorre numa placa instalada aqui. Todas as medições são feitas do exterior", diz.
Documentação exigida
Sobre os documentos necessários para iniciar a obra no meio deste ano, o diretor de Operações da Kwara, Edilberto Rodrigues, conta que o projeto já tem a avaliação da Coelce e teve também a audiência pública realizada em Russas. Agora, aguarda a avaliação da Chesf. Os documentos são exigidos para a chamada consulta de acessibilidade. Todos devem ser encaminhados para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) junto com o licenciamento ambiental.
"Esses procedimentos correm juntos e não devem ter muitos empecilhos. O prazo legal da Chesf, por exemplo, é de 180 dias, mas acreditamos que saia antes por não ter tanta demanda para aquela área, além de ser um projeto de visibilidade", aposta.
No entanto, a instalação dos 10MW de capacidade fazem parte apenas da primeira fase do empreendimento. A ideia é executar três projetos consecutivos com 30MW de potência instalada cada, todas viabilizadas financeiramente a partir de leilões.
"Muitos investidores vêm estudando a possibilidade de esperar pelo leilão ou avançar investindo na construção da usina. É uma coisa que pode até mudar de rota, mas nosso direcionamento é iniciar o projeto da Kwara Solar Russas II a partir do posicionamento do governo a respeito do leilão", ressaltou o diretor de operações.
A expectativa dele é de que os pleitos ocorram entre 2014 e 2015, já que os rumores de os leilões para energia solar fossem feitos no ano passado não se tornaram verdade - "e isso assustou muito o investidor". Com a ampliação, o projeto vai saltar para 100MW de potência instalada e terá o investimento multiplicado por 10, chegando perto dos R$ 600 milhões. Com a oferta, ele disse esperar da geração para o mercado livre de energia a maior e mais forte fonte de negócios da empresa em todas as praças nas quais atuam.
Além da geração de energia para o mercado livre, a Kwara atua também na manutenção e elaboração de projetos elétricos e, agora, planeja entrar na micro e minigeração (para atender residências e pequenos negócios).
Armando de Oliveira LimaRepórter
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