Serão arrendados 10.361 metros quadrados do terreno do Náutico Atlético Cearense. Projetos devem manter arquitetura original, mas ainda despertaram preocupação em parte da população FOTO: NATINHO RODRIGUES |
Conselho Deliberativo do Náutico receberá, até abril, projetos de empresas interessadas em arrendar o prédio
Desde quando o Náutico Atlético Cearense informou que vai arrendar parte de sua estrutura, a população mostrou-se preocupada com a manutenção do patrimônio histórico da Capital, principalmente por muitos fortalezenses terem vivido ali, na época áurea do clube. "Até onde eu sei, o Náutico foi tombado pela Prefeitura. Depois soube deste processo de arrendamento. Fiquei temerosa, pois fico imaginando como seria triste se parte da história da nossa cidade desaparecesse", comentou a aposentada Cinara Mendes Leão, 70 anos.
O engenheiro italiano Cesare Saltori, que visita Fortaleza há 20 anos, frisou que é importante estabelecer critérios para arrendar o prédio, porque o Náutico é um dos ícones e cartões-postais da cidade. Já o operador de caixa Marlen de Souza de Abreu, 22 anos, disse que as características arquitetônicas devem ser mantidas, como também uma das vocações do local, a prática esportiva. "O Náutico é conhecido por isso, pela formação de grandes atletas, sejam eles do basquete, do tênis ou da natação", conclui.
Dívidas
As dívidas acumuladas pelo Náutico Atlético Cearense, estimadas em R$ 19 milhões, são os principais motivos que levaram a presidência do clube a decidir arrendar até 10.361 metros quadrados do terreno. A dívida foi acumulada em 40 anos referente a três tributos: a taxa de ocupação de terreno da Marinha, débito junto à Previdência Social e a dívida relativa ao Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Conforme o presidente do clube, Pedro Jorge Medeiros, "se não fizermos isso, o prédio irá a leilão ou a União irá tomar". Foi estabelecido por uma comissão especial para tratar do assunto o valor mínimo de R$ 790 milhões para o arrendamento. Este montante poderá ser pago no prazo de até 80 anos.
Medeiros explica que um dos critérios para o arrendamento do local é que sejam apresentados projetos que preservem as características arquitetônicas do Náutico. "Estes projetos serão recebidos até abril e não podem ser construídos prédios. Estes são os critérios, que depois serão avaliados pelo Conselho Deliberativo do Clube, por meio da comissão colegiada", esclareceu.
A área disponível para arrendamento limita-se à parte do ginásio e estacionamento, localizadas ao lado da Avenida Abolição. Dentro do clube ficarão disponíveis até duas quadras de tênis, uma de basquete e uma área do parque aquático. O edital destaca que as edificações, instalações e benfeitorias existentes, abrangidas na área do terreno do arrendamento, serão realocadas aos custos do arrendatário.
Saldo devedor
19 milhões é o valor estimado das dívidas acumuladas pelo clube em 40 anos, referente a impostos
THAYS LAVORREPÓRTER
Desde quando o Náutico Atlético Cearense informou que vai arrendar parte de sua estrutura, a população mostrou-se preocupada com a manutenção do patrimônio histórico da Capital, principalmente por muitos fortalezenses terem vivido ali, na época áurea do clube. "Até onde eu sei, o Náutico foi tombado pela Prefeitura. Depois soube deste processo de arrendamento. Fiquei temerosa, pois fico imaginando como seria triste se parte da história da nossa cidade desaparecesse", comentou a aposentada Cinara Mendes Leão, 70 anos.
O engenheiro italiano Cesare Saltori, que visita Fortaleza há 20 anos, frisou que é importante estabelecer critérios para arrendar o prédio, porque o Náutico é um dos ícones e cartões-postais da cidade. Já o operador de caixa Marlen de Souza de Abreu, 22 anos, disse que as características arquitetônicas devem ser mantidas, como também uma das vocações do local, a prática esportiva. "O Náutico é conhecido por isso, pela formação de grandes atletas, sejam eles do basquete, do tênis ou da natação", conclui.
Dívidas
As dívidas acumuladas pelo Náutico Atlético Cearense, estimadas em R$ 19 milhões, são os principais motivos que levaram a presidência do clube a decidir arrendar até 10.361 metros quadrados do terreno. A dívida foi acumulada em 40 anos referente a três tributos: a taxa de ocupação de terreno da Marinha, débito junto à Previdência Social e a dívida relativa ao Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Conforme o presidente do clube, Pedro Jorge Medeiros, "se não fizermos isso, o prédio irá a leilão ou a União irá tomar". Foi estabelecido por uma comissão especial para tratar do assunto o valor mínimo de R$ 790 milhões para o arrendamento. Este montante poderá ser pago no prazo de até 80 anos.
Medeiros explica que um dos critérios para o arrendamento do local é que sejam apresentados projetos que preservem as características arquitetônicas do Náutico. "Estes projetos serão recebidos até abril e não podem ser construídos prédios. Estes são os critérios, que depois serão avaliados pelo Conselho Deliberativo do Clube, por meio da comissão colegiada", esclareceu.
A área disponível para arrendamento limita-se à parte do ginásio e estacionamento, localizadas ao lado da Avenida Abolição. Dentro do clube ficarão disponíveis até duas quadras de tênis, uma de basquete e uma área do parque aquático. O edital destaca que as edificações, instalações e benfeitorias existentes, abrangidas na área do terreno do arrendamento, serão realocadas aos custos do arrendatário.
Saldo devedor
19 milhões é o valor estimado das dívidas acumuladas pelo clube em 40 anos, referente a impostos
THAYS LAVORREPÓRTER
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