Um jovem de 18 anos foi o quarto a ser beneficiado com transplante de pulmão neste ano. O procedimento foi realizado no último dia 20, no Hospital de Messejana. Com a cirurgia, o garoto voltará a levar uma vida normal Foto: Rodrigo Carvalho |
Quatro procedimentos foram realizados neste ano: três bilaterais (de dois pulmões) e apenas um unilateral
Depois de mais de um ano dependendo de aparelhos de oxigênio para sobreviver, a vida de um jovem de 18 anos, que sofria de doença pulmonar avançada, mudou completamente. No último dia 20, ele conseguiu um doador compatível e realizou o seu transplante de pulmão. O procedimento foi o quarto deste ano, no Ceará, sendo o terceiro bilateral - dos dois pulmões, se igualando à média do ano passado, quando quatro transplantes de pulmão foram feitos.
Assim que receber alta médica, o rapaz, que até então não fazia nenhum exercício físico, voltará a ter uma vida normal, com atividades habituais para uma pessoa de sua idade. O jovem estava à espera por um transplante de pulmão desde 28 de setembro deste ano.
Fatores
Antero Gomes Neto, cirurgião torácico que coordena a equipe de transplantes do Hospital de Messejana, informa que a captação do órgão para o transplante é um processo complexo, uma vez que o pulmão é o primeiro órgão a se deteriorar no processo de morte encefálica.
É também um órgão sujeito à contaminação direta do ar, tanto no caso do doador quanto no do receptor. Todos esses fatores inviabilizam a captação de cerca de 80% dos pulmões doados. "Não é fácil ter um doador de pulmão, como se tem de rim e fígado. É um órgão mais sensível, vulnerável à infecção", frisa o coordenador Antero Neto.
Com o transplante realizado no último dia 20, o Ceará se iguala a 2011 em número de procedimentos executados. O diferencial é que, em 2012, o Ceará passou a transplantar dois pulmões. No ano passado, os quatro transplantes foram unilaterais.
De acordo com a Central de Transplantes do Ceará, quatro pessoas estão na fila, à espera por um transplante de pulmão. Outros 344 esperam pela doação de uma córnea, 241 por um rim, 127 por um fígado, nove por pâncreas/rim, oito por medula óssea e sete por um coração, totalizando 740 pessoas à espera pela doação de um órgão. O Estado do Ceará realizou, ao todo, 1.108 transplantes de órgãos neste ano.
Doe de Coração
Desde 2003, a Fundação Edson Queiroz levantou a bandeira em favor da doação de órgãos. O movimento consiste em uma campanha de conscientização realizada anualmente, por meio da veiculação de peças publicitárias nos principais meios de comunicação, como TV, jornal, rádio e internet, distribuição de camisas, cartilhas e material promocional de apoio, além da realização de palestras com profissionais especializados.
Alguns órgãos podem ser doados ainda em vida. São eles: parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea. Para ser doador, basta que sua família saiba.
Fila
740 pessoas estão à espera por um transplante de órgão no Ceará. A maior procura é por córnea (344), em seguida, rim (241), fígado (127) e pâncreas/rim (9)
LUANA LIMAREPÓRTER
Depois de mais de um ano dependendo de aparelhos de oxigênio para sobreviver, a vida de um jovem de 18 anos, que sofria de doença pulmonar avançada, mudou completamente. No último dia 20, ele conseguiu um doador compatível e realizou o seu transplante de pulmão. O procedimento foi o quarto deste ano, no Ceará, sendo o terceiro bilateral - dos dois pulmões, se igualando à média do ano passado, quando quatro transplantes de pulmão foram feitos.
Assim que receber alta médica, o rapaz, que até então não fazia nenhum exercício físico, voltará a ter uma vida normal, com atividades habituais para uma pessoa de sua idade. O jovem estava à espera por um transplante de pulmão desde 28 de setembro deste ano.
Fatores
Antero Gomes Neto, cirurgião torácico que coordena a equipe de transplantes do Hospital de Messejana, informa que a captação do órgão para o transplante é um processo complexo, uma vez que o pulmão é o primeiro órgão a se deteriorar no processo de morte encefálica.
É também um órgão sujeito à contaminação direta do ar, tanto no caso do doador quanto no do receptor. Todos esses fatores inviabilizam a captação de cerca de 80% dos pulmões doados. "Não é fácil ter um doador de pulmão, como se tem de rim e fígado. É um órgão mais sensível, vulnerável à infecção", frisa o coordenador Antero Neto.
Com o transplante realizado no último dia 20, o Ceará se iguala a 2011 em número de procedimentos executados. O diferencial é que, em 2012, o Ceará passou a transplantar dois pulmões. No ano passado, os quatro transplantes foram unilaterais.
De acordo com a Central de Transplantes do Ceará, quatro pessoas estão na fila, à espera por um transplante de pulmão. Outros 344 esperam pela doação de uma córnea, 241 por um rim, 127 por um fígado, nove por pâncreas/rim, oito por medula óssea e sete por um coração, totalizando 740 pessoas à espera pela doação de um órgão. O Estado do Ceará realizou, ao todo, 1.108 transplantes de órgãos neste ano.
Doe de Coração
Desde 2003, a Fundação Edson Queiroz levantou a bandeira em favor da doação de órgãos. O movimento consiste em uma campanha de conscientização realizada anualmente, por meio da veiculação de peças publicitárias nos principais meios de comunicação, como TV, jornal, rádio e internet, distribuição de camisas, cartilhas e material promocional de apoio, além da realização de palestras com profissionais especializados.
Alguns órgãos podem ser doados ainda em vida. São eles: parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea. Para ser doador, basta que sua família saiba.
Fila
740 pessoas estão à espera por um transplante de órgão no Ceará. A maior procura é por córnea (344), em seguida, rim (241), fígado (127) e pâncreas/rim (9)
LUANA LIMAREPÓRTER
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