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Os moradores do município de Croatá, a 355km de Fortaleza, estão vivendo desde esta quarta-feira, 3, sob “toque de recolher” das 22h às 6h, seguindo a determinação do juiz da 74ª Zona Eleitoral, Dr. Moisés Brisamar Freire. A medida foi decretada na terça-feira, 2, e veio após relatos das duas coligações que disputam o cargo de prefeito sobre atos de “violência, intimidação, arruaças e desordens diversas”, principalmente no período da noite.
O documento afirma ainda que foi pedido junto ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral um reforço policial ao município, mas, os órgãos competentes não deram resposta até a publicação do decreto. A medida deve vigorar até 48 após o término das eleições com penalidade de prisão em flagrante para os desobedientes. O juiz expediu também autorização para que o “toque de recolher” seja avisado em carros de som e nas emissoras de rádio locais.
Ainda de acordo com o decreto, a Polícia Militar ficará encarregada de abordar “todos os veículos e pessoas que estejam trafegando ou circulando no intervalo proibido”, além de fazer buscas e efetuar a prisão de infratores e apreensão de veículos.
Clima tenso
Em entrevista ao O POVO Online, o major Adrianinzio Oliveira, do batalhão de Nova Russas, que atende ao município de Croatá, informou que a situação se agravou depois que quatro carros de uma coligação foram queimados na semana passada. “É uma das eleições mais conturbadas que já vi”, afirma. Os dois candidatos a prefeitura de Croatá nessas eleições são André (PSB) e Antonio Onofre (PMDB).
Municípios vizinhos
O major relatou ainda que os municípios vizinhos também registraram casos de atentados, como em Hidrolândia, onde a candidata a prefeitura Iris Martins (PT) foi surpreendida por tiros disparados em seu carro. Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na delegacia de Santa Quitéria, cidade onde suspeitos invadiram uma casa de um radialista no início da semana. “Aguardamos o reforço de mais de 60 homens ao destacamento de Nova Russas até o dia da eleição”, informou o major.
Redação O POVO Online
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