sexta-feira, 27 de julho de 2012

Seca já causa perda de 87% na safra de grãos do Ceará

Desde setembro de 2011, não chove regularmente no Semiárido nordestino. A seca atual já é considerada a pior dos últimos 30 anos e assola cerca de 8 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Integração Nacional. No Ceará, já houve redução de 87% na safra de grãos deste ano, em comparação com o ano passado.
Dos 178 municípios do Ceará, 162 tiveram perda de mais de 50% na produção de grãos, segundo dados do Comitê de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Ceará. Os grãos mais cultivados no estado são feijão, milho, mamona, arroz e algodão.

Um total de R$ 2,7 bilhões foi liberado pelo governo federal para ser aplicado em ações emergenciais para amenizar as consequências da estiagem.

Nordeste

Na Bahia, a produção do leite já apresenta queda de quase um terço, representando diminuição de 1,5 milhão de litros por dia. Produtores de Pernambuco também enfrentam perdas.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) avalia que a pecuária de corte, além das perdas da pecuária de leite, dá sinais fortes de redução de oferta de animais para abate. A previsão é que, em 2013, haverá uma menor oferta de bois prontos para o abate, devido à antecipação de animais que só seriam ofertados no próximo ano.

A Faeb estima ainda perda significativa nas safras de feijão e milho, por falta de condições de plantio. O prejuízo é sentido também nas culturas permanentes, a exemplo da cacauicultura e da fruticultura.

Pecuária

A pecuária também sofre as consequências da estiagem prolongada no Nordeste. Sem chuva, os pastos secaram e falta alimento para os animais. Os mais prejudicados são os pequenos produtores nordestinos que praticam a pecuária semiextensiva. No Ceará, o volume de chuvas entre os meses de março e junho no semiárido foi, em média, 47% menor que em 2011 e os pastos secaram.

Bolsa Estiagem

Atualmente, cerca de 700 mil agricultores distribuídos por 800 municípios nordestinos recebem recursos do Bolsa Estiagem, que paga R$ 400,00 a cada família, em até cinco parcelas.

Agência Brasil

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