A América Latina é a região com cobertura de tratamento mais massiva, segundo a Unaids, alcançando 70% da população alvo FOTO: MARÍLIA CAMELO |
A Unaids prevê para 2015 também zerar a transmissão do vírus HIV entre a mãe e o bebê o que ainda ocorre hoje
Brasília. Dados divulgado ontem pela Unaids (agência da Organização das Nações Unidas ONU para a Aids) indicam que o mundo poderá atingir duas metas propostas para 2015: universalizar o tratamento contra a doença e zerar a transmissão do vírus HIV entre a mãe e o bebê.
Brasília. Dados divulgado ontem pela Unaids (agência da Organização das Nações Unidas ONU para a Aids) indicam que o mundo poderá atingir duas metas propostas para 2015: universalizar o tratamento contra a doença e zerar a transmissão do vírus HIV entre a mãe e o bebê.
"Essa é a grande notícia", afirmou Pedro Chequer, coordenador da Unaids no Brasil, sobre a curva de expansão do tratamento da doença.
Em 2003, cerca de 400 mil pessoas tinham acesso a antiretrovirais. Em 2011, o número saltou para 8 milhões - sempre considerando os países de baixa e média renda. Apesar de ter crescido, porém, os 8 milhões representam apenas 54% do total estimado de pessoas que deveriam estar em tratamento.
"Parte dessa vitória se deve ao Brasil, que adotou uma política que contrariou muitos. E o país mantém a posição firme, apesar das condições financeiras internacionais", disse Chequer.
A América Latina é a região com cobertura de tratamento mais massiva, segundo a Unaids, alcançando 70% da população alvo. As regiões tidas como mais preocupantes são Oriente Médio e norte da África (13%) e Leste da Europa e Ásia Central (23%).
A curva da transmissão vertical do vírus - entre mãe e bebê - também se mostra descendente nos últimos anos.
Dados
O relatório, que avalia as condições dos países em 2011, estima que 34,2 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV no mundo, quase 70% delas na África subsaariana - apesar de abarcar os maiores números da epidemia, essa região é, também, a que apresenta um dos melhores resultados na redução, segundo a agência Unaids.
O número de pessoas com o vírus em 2011 é levemente superior ao constatado em 2010 (34 milhões), o que indica aumento na expectativa de vida dos pacientes por conta de acesso aos medicamentos.
Expectativa de vida
No Brasil, por exemplo, a expectativa de vida para um paciente diagnosticado era de 5,1 meses em 1989; hoje supera os 120 meses, segundo Chequer.
Apesar de medidas de prevenção, cerca de 2,5 milhões de pessoas ainda se infectaram no ano passado. Mesmo alto, o número é 20% menor que o total de infecções registradas em 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário