Durante cirurgia de parto cesariano, faltou energia no Hospital de Maracanaú e o gerador, que a Prefeitura diz ter no local, não funcionou devido às oscilações |
Médica que trabalha no hospital daquela cidade revela que em uma das unidades tem faltado oxigênio para pacientes
Já imaginou um parto cesáreo sendo realizado no escuro, com auxílio de lanternas? Foi o que aconteceu no último domingo, com uma gestante que estava em trabalho de parto no Hospital Municipal Doutor João Elísio de Holanda, em Maracanaú.
O fato ocorreu por volta de 11 horas, ocasionado por uma falha no fornecimento de energia da Companhia Energética do Ceará (Coelce). Através da assessoria de comunicação da Prefeitura de Maracanaú, a direção do hospital informa que a unidade possui um gerador que é acionado automaticamente com a queda de energia. No entanto, diz que, como ocorreram oscilações sequenciais, ativando e desativando o grupo gerador, o processo teve de ser feito manualmente pela equipe técnica do hospital.
Já imaginou um parto cesáreo sendo realizado no escuro, com auxílio de lanternas? Foi o que aconteceu no último domingo, com uma gestante que estava em trabalho de parto no Hospital Municipal Doutor João Elísio de Holanda, em Maracanaú.
O fato ocorreu por volta de 11 horas, ocasionado por uma falha no fornecimento de energia da Companhia Energética do Ceará (Coelce). Através da assessoria de comunicação da Prefeitura de Maracanaú, a direção do hospital informa que a unidade possui um gerador que é acionado automaticamente com a queda de energia. No entanto, diz que, como ocorreram oscilações sequenciais, ativando e desativando o grupo gerador, o processo teve de ser feito manualmente pela equipe técnica do hospital.
A assessoria informou que o processo durou cerca de cinco minutos e a cesariana, realizada no Centro Obstétrico do Hospital Municipal, estava em fase final. "O bebê já tinha nascido e o procedimento foi concluído sem qualquer complicação. Tanto a mãe quanto a criança passam bem", diz, em nota, o hospital.
No que diz respeito à saúde, os problemas de Maracanaú não param por aí. No dia 14 de maio, foi inaugurado o Hospital da Mulher e da Criança Eneida Soares Pessoa, como parte do complexo hospitalar Dr. João Elísio de Holanda. Contudo, apesar de entregue para a comunidade, apenas o Centro de Parto Normal estava funcionando normalmente.
Transferidas
Dessa forma, as mulheres que sofrerem algum tipo de complicação durante o parto precisam ser transferidas para o Hospital Municipal de Maracanaú, que fica a cerca de 100 metros da unidade. Tudo isso porque o centro cirúrgico do Hospital da Mulher ainda não está funcionando.
Uma médica que preferiu não se identificar denuncia que "a falta de energia foi só o topo do iceberg" e que é comum faltar oxigênio canulado no Hospital da Mulher. Além disso, a ambulância, que deveria estar de prontidão 24 horas por dia em frente à unidade, nem sempre está lá.
A Prefeitura de Maracanaú diz que o fornecimento de oxigênio está sendo feito em cilindros, enquanto a rede é instalada e nega a ausência de ambulâncias.
A dona de casa Edna Maria Duarte Cruz, 34, estava, ontem, acompanhando uma sobrinha de 20 anos que está no oitavo mês de gestação e sentia dores. Ainda nervosa, ela reclamou da falta de humanização no atendimento no Hospital de Maracanaú e pelo fato de ficar sendo "jogada" de uma unidade para outra. "Deveria ser feito tudo no Hospital da Mulher. Lá, o atendimento é muito bom, mas no Hospital de Maracanaú é péssimo", critica. Edna reclama que a unidade foi entregue somente por "marketing" e que faltam médicos e equipamentos, deixando o atendimento a desejar.
Energia
Através da assessoria de comunicação a Coelce informa que a queda de energia no Hospital de Maracanaú foi provocada por uma pipa que tocou a rede de média tensão. Segundo o órgão, o incidente ocorreu às 11h10, sendo totalmente normalizado às 11h48. Ao todo, foram afetados 8.848 clientes da região.
Para evitar acidentes e a queda do fornecimento de energia, a Coelce recomenda que as crianças soltem pipas longe da rede elétrica. Segundo o órgão, de janeiro a maio de 2011, um total de 338 ocorrências foram registradas por pipas. Neste ano, no mesmo período, foram 764, o que representa crescimento de 44,24% nas ocorrências.
LUANA LIMAREPÓRTER
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