Após três anos fechado pela instalações precárias, o matadouro foi reinaugurado, contando com modernos equipamentos de abate animal |
Limoeiro do Norte. Agora seguindo as normas fitossanitárias, o matadouro público deste Município foi reaberto. Funcionando por mais de 40 anos com condições mínimas de higiene, o local foi interditado pela Justiça em 2009 após reportagem-denúncia no Caderno Regional, mostrando sujeira e descaso no local.
Com a reforma na estrutura física e compra de equipamentos que fazem do abate animal à entrega da carne para o açougue, a obra custou R$ 1 milhão e é considerada uma das mais modernas do Estado. Prefeitos dos municípios vizinhos, que também tiveram os abatedouros públicos fechados pela Justiça, querem negociar o abate bovino em Limoeiro do Norte.
Com a reforma na estrutura física e compra de equipamentos que fazem do abate animal à entrega da carne para o açougue, a obra custou R$ 1 milhão e é considerada uma das mais modernas do Estado. Prefeitos dos municípios vizinhos, que também tiveram os abatedouros públicos fechados pela Justiça, querem negociar o abate bovino em Limoeiro do Norte.
O abatedouro público de bovinos, suínos e caprinos é um dos locais públicos mais relacionados à saúde humana, depois dos hospitais, especialmente no Interior. É de lá que vem a carne que se come. E pelo que já se tem comprovado no Ceará, a maioria dos municípios está com esse estabelecimento irregular. Quando a reportagem esteve, no ano de 2009, no matadouro de Limoeiro, encontrou muita sujeira, corte da carne e das vísceras sendo feitas no chão misturado à água, sangue e sujeira. A pistola pneumática, para abate dos animais sem dor, estava quebrada e a morte era gerada pela forma mais primitiva e ainda das mais comuns: golpes de machado na cabeça até que o bicho desfaleça por completo.
No mesmo dia em que a matéria foi publicada, a Justiça em Limoeiro interditou o local, que só conseguiu ser reaberto (por apenas 90 dias) após liminar no Tribunal de Justiça. E como não poderia funcionar até que obedecesse todas as normas fitossanitárias, o estabelecimento ficou três anos fechado, causando outros prejuízos à população, já que o abate passou a ser feito em "moitas", como chamam os abatedouros clandestinos.
A Prefeitura de Limoeiro do Norte precisou correr atrás de recursos para garantir a reabertura do matadouro, dessa vez com todos os equipamentos necessários. Dentre os equipamentos estão guinchos elétricos para sangria bovina, transpasse, plataformas de lavatórios, de corte e retirada de vísceras. Um destaque fica para a depiladeira, que realiza a retirada do couro em poucos minutos, não sem antes ser mergulhado numa caldeira. Agora o trabalho é mecânico, e os servidores que voltam a trabalhar após três anos do fechamento são orientados, até o fim do mês, por um técnico que ensina o manuseio de todos os equipamentos. Uma das visitantes mais ilustres do local foi a dona Maria do Carmo Venâncio, mais conhecida por "Maria Fateira", de 87 anos, a mais antiga trabalhadora do matadouro público. "Tá muito diferente de quando eu trabalhava, mas tá bonito".
Custos
"Eu estou muito feliz, sinceramente, por estar entregando esta obra. Sabemos da importância de um matadouro para uma cidade, do ponto de vista social, de saúde e de cuidados com o meio ambiente. Os próprios técnicos da Semace quando viram disseram que esse é um dos mais modernos do Interior", afirma o prefeito João Dilmar.
Os equipamentos tiveram um custo de R$ 380 mil, e o prédio foi completamente reformado (custo aproximado de R$ 750 mil), incluindo a construção de uma câmara frigorífica, a única parte que falta e está em conclusão neste fim de semana. Os recursos foram conseguidos com por meio do Governo do Estado e com emenda do deputado estadual Mailson Cruz.
Mais informações:
Secretaria Municipal do Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente Limoeiro do Norte
Telefone: (88) 3423.1611
MELQUÍADES JÚNIORREPÓRTER
Nenhum comentário:
Postar um comentário