Nas farmácias, era intensa a procura por vacina. Mesmo com dúvidas, as pessoas queriam se sentir seguras ALEX COSTA |
Cada dose é vendida a R$ 50,00 e tem fila de espera. Sesa alega que vacina só surte efeito depois de dois meses
Pedra Branca. Apesar de o número de notificações ter diminuído e não haver novos casos confirmados em Pedra Branca, a preocupação com o surto de gripe A (H1N1) fez com que muita gente fosse às farmácias em busca de vacinas. Na tarde de ontem, cerca de 16 pessoas, entre adultos e crianças, pagaram R$ 50,00 para serem imunizadas numa farmácia do Centro da cidade, já que não há vacinas na rede pública. O problema é que as ampolas indicam que a validade do produto é dezembro de 2011. "Infelizmente tem gente mal informada, dizendo que o produto está vencido. Mas o produto pode ser utilizado até o fim do mês. Nas distribuidoras não há validade maior do que esta", afirma o farmacêutico Celso Teixeira.
Celso trouxe, ontem, 100 doses de Fortaleza, todas vendidas no mesmo dia. Ele pretendia trazer, hoje, outras 400 doses para suprir sua farmácia e outra em Mombaça, mas não revelou a procedência do produto. "Sofri para conseguir".
A idade mínima para receber a dose é seis meses, e não há limite máximo de idade. A vacina é contraindicada apenas para pessoas alérgicas a ovo ou que estivessem com febre.
A professora Maria do Socorro Cardoso da Silva levou as duas filhas para serem vacinadas na farmácia. Apesar das dúvidas, preferiu correr o risco para se sentir mais segura. "A gente ouve muita coisa, que a vacina está vencida, que não adianta mais tomar. Mas eu lido diariamente com crianças, e se for imunizada vou me sentir mais segura", ressalta.
População dividida
Nas ruas, as pessoas estão divididas. Enquanto muitos andavam despreocupados e sem qualquer proteção, outros permaneciam com máscaras no rosto e aplicando constantemente álcool em gel. Além das farmácias, que repuseram seus estoques, estes dois produtos podem ser adquiridos gratuitamente na rede pública.
A titular da Secretaria de Saúde de Pedra Branca, Tânia Parente, reiterou que não há vacinas para gripe suína no sistema público nacional. E, mesmo que houvesse, não tem eficácia em caso de surto. "A orientação dada pela Secretaria da Saúde (Sesa) é que não adianta vacinar. Se fosse para imunizar os municípios vizinhos, onde não há surto, tudo bem, mas, em Pedra Branca, o que deve ser feito são medidas de contenção da doença: notificar os casos suspeitos e tratar todos com Tamiflu, o que está sendo feito. Porque a vacina só começa a surtir efeito dois meses após a aplicação".
Sobre a polêmica da venda de vacina, a secretária disse que não tinha competência técnica para avaliar se as doses valeriam até o começo ou o fim de dezembro. "O vírus tem uma mutação muito rápida. A vacina feita em 2010, que são estas vendidas agora, é para o vírus que circulava em 2010. Não há garantia de que vacina vai agir da mesma forma e com a mesma eficácia", explicou.
Medidas
Para dinamizar a contenção, a Secretaria de Saúde descentralizou as notificações, que podem ser feitas tanto no Hospital Municipal quanto nas unidades do Programa Saúde da Família (PSF). Além disso, os PSFs da sede e dos distritos estão com estoque de Tamiflu.
No hospital, o movimento era tranquilo. Mesmo assim, a equipe foi reforçada. A ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) permanece até domingo no caso de um caso grave precisar ser transferido para Fortaleza.
KAROLINE VIANAREPÓRTER
Pedra Branca. Apesar de o número de notificações ter diminuído e não haver novos casos confirmados em Pedra Branca, a preocupação com o surto de gripe A (H1N1) fez com que muita gente fosse às farmácias em busca de vacinas. Na tarde de ontem, cerca de 16 pessoas, entre adultos e crianças, pagaram R$ 50,00 para serem imunizadas numa farmácia do Centro da cidade, já que não há vacinas na rede pública. O problema é que as ampolas indicam que a validade do produto é dezembro de 2011. "Infelizmente tem gente mal informada, dizendo que o produto está vencido. Mas o produto pode ser utilizado até o fim do mês. Nas distribuidoras não há validade maior do que esta", afirma o farmacêutico Celso Teixeira.
Celso trouxe, ontem, 100 doses de Fortaleza, todas vendidas no mesmo dia. Ele pretendia trazer, hoje, outras 400 doses para suprir sua farmácia e outra em Mombaça, mas não revelou a procedência do produto. "Sofri para conseguir".
A idade mínima para receber a dose é seis meses, e não há limite máximo de idade. A vacina é contraindicada apenas para pessoas alérgicas a ovo ou que estivessem com febre.
A professora Maria do Socorro Cardoso da Silva levou as duas filhas para serem vacinadas na farmácia. Apesar das dúvidas, preferiu correr o risco para se sentir mais segura. "A gente ouve muita coisa, que a vacina está vencida, que não adianta mais tomar. Mas eu lido diariamente com crianças, e se for imunizada vou me sentir mais segura", ressalta.
População dividida
Nas ruas, as pessoas estão divididas. Enquanto muitos andavam despreocupados e sem qualquer proteção, outros permaneciam com máscaras no rosto e aplicando constantemente álcool em gel. Além das farmácias, que repuseram seus estoques, estes dois produtos podem ser adquiridos gratuitamente na rede pública.
A titular da Secretaria de Saúde de Pedra Branca, Tânia Parente, reiterou que não há vacinas para gripe suína no sistema público nacional. E, mesmo que houvesse, não tem eficácia em caso de surto. "A orientação dada pela Secretaria da Saúde (Sesa) é que não adianta vacinar. Se fosse para imunizar os municípios vizinhos, onde não há surto, tudo bem, mas, em Pedra Branca, o que deve ser feito são medidas de contenção da doença: notificar os casos suspeitos e tratar todos com Tamiflu, o que está sendo feito. Porque a vacina só começa a surtir efeito dois meses após a aplicação".
Sobre a polêmica da venda de vacina, a secretária disse que não tinha competência técnica para avaliar se as doses valeriam até o começo ou o fim de dezembro. "O vírus tem uma mutação muito rápida. A vacina feita em 2010, que são estas vendidas agora, é para o vírus que circulava em 2010. Não há garantia de que vacina vai agir da mesma forma e com a mesma eficácia", explicou.
Medidas
Para dinamizar a contenção, a Secretaria de Saúde descentralizou as notificações, que podem ser feitas tanto no Hospital Municipal quanto nas unidades do Programa Saúde da Família (PSF). Além disso, os PSFs da sede e dos distritos estão com estoque de Tamiflu.
No hospital, o movimento era tranquilo. Mesmo assim, a equipe foi reforçada. A ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) permanece até domingo no caso de um caso grave precisar ser transferido para Fortaleza.
KAROLINE VIANAREPÓRTER
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