terça-feira, 22 de novembro de 2011

PDT discute hoje o futuro de Lupi

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Carlos Lupi, que é presidente licenciado do partido, disse estar tranquilo em relação à reunião de hoje
AGÊNCIA BRASIL
A reunião é chamada de Executiva ampliada. Estarão presentes os presidentes dos diretórios e as bancadas
Brasília. A cúpula do PDT se reunirá hoje para discutir a situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Há duas semanas, ele frequenta os noticiários com denúncias de irregularidades na pasta e sem conseguir explicar uma viagem feita ao Maranhão na qual usou um avião providenciado por um diretor de ONG que possui contratos sob suspeita com o ministério. A reunião é chamada de Executiva ampliada. Além dos integrantes do comando burocrático do partido, estarão os presidentes dos diretórios regionais e as bancadas na Câmara e no Senado. A expectativa do ministro é ganhar uma nova demonstração de apoio da maioria do partido, ainda que parlamentares do PDT tenham demonstrado descontentamento.

Lupi controla a maioria dos diretórios do partido com a prática de nomear comissões provisórias. Na bancada, ele tem o apoio da maioria dos parlamentares, mas senadores como Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) e deputados como Reguffe (DF) tem solicitado publicamente que o ministro deixe o cargo. A reunião acontecerá na sede nacional do PDT, em Brasília.

Lupi disse ontem que seu partido, o PDT, não ´teme perder o ministério´. "O ministério é da presidenta Dilma Rousseff, e o PDT apoia o governo", disse Lupi, em evento no Rio de Janeiro.

Lupi, que é presidente licenciado do partido, disse estar tranquilo em relação à reunião de hoje e nega que a reunião servirá para decidir se ele sai ou não da pasta. "O que vai haver na reunião é um debate. Não temo perder o ministério. O PDT apóia o governo Dilma com ou sem ministérios", ressaltou o ministro.

Crise
Sobre a crise no Ministério do Trabalho, Lupi disse que está preparado para a luta e que cada dia é um dia. "Vou à Câmara quando eles me chamarem" acrescentou, quando perguntado se ele também iria à Casa prestar esclarecimentos sobre o uso de um avião. O ministro chegou a negar o uso da aeronave, mas voltou atrás e atribuiu o equívoco a lapso da memória.

O Ministério do Trabalho assinou quatro convênios com a ONG Pró-Cerrado, de Adair Meira, duas semanas depois de o ministro visitar o interior do Maranhão em avião providenciado por Meira. Os convênios assinados nos dia 30 e 31 de dezembro de 2009 previam liberação de R$ 5,1 milhões.

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