Doença terá maior incidência na próstata e na mama, segundo pesquisa do Inca divulgada ontem
A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), revelada ontem, é que, para o ano de 2012, surjam 12.910 mil novos casos de câncer no Ceará. Destes, 6.240 devem atingir o sexo masculino e 6.670, o sexo feminino. As neoplasias malignas continuam com maior incidência na próstata, nos homens, e na mama, nas mulheres. Para se ter uma ideia da situação, em todo o Estado, o câncer de próstata deve acometer 2.110 novos homens. Somente na Capital, 490 devem ter este tipo de neoplasia. A estimativa para as mulheres é que 1.770 sejam diagnosticadas com câncer de mama, destas 720 moram em Fortaleza.
O estudo, que serve para orientar as políticas públicas para o setor, aponta uma estimativa, incluindo "Pele não melanoma" (tumor com baixa letalidade), de 17.390 mil casos novos da doença para o próximo ano, no Estado.
Além disso, sete novas localizações de câncer entraram no ranking dos tumores mais frequentes do País. São eles: bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), sistema nervoso central, corpo do útero, laringe (nos homens) e linfoma não-Hodgkin.
Os tumores na glândula tireoide devem acometer 410 mulheres cearenses, ficando em terceiro lugar em incidência, atrás do colo de útero e mama.
Também devem ser diagnosticados 250 casos novos de câncer de ovários, 220 de laringe em homens e 280 de linfoma não-Hodgkin. Com menor incidência, vem tumor de bexiga, com 130 novos diagnósticos, 90 em homens e 40 em mulheres.
Os tumores na laringe atinge o ex-presidente Lula, enquanto o ator Reynaldo Gianecchini enfrenta um linfoma não-Hodgkin, doença que acometeu a presidente Dilma Rousseff.
Avanços
O oncologista e presidente do Comitê Estadual do Câncer, Luís Porto, elogiou as iniciativas do governo federal nesta área. De acordo com ele, graças ao Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISmama), em 2008, foi possível aumentar em cinco vezes o número de mamografia no Ceará.
"No ano passado, realizamos 12 mil exames desta natureza. Já em 2011, nós ainda nem terminamos o ano, e já fizemos 60 mil mamografia", informou Luís Porto. Ele atribui este resultado ao incentivo do Ministério da Saúde, que paga os exames.
Segundo Porto, hoje não existe mais fila para mamografia no Estado. Porém, ele acrescenta que, mesmo assim, é preciso multiplicar esta oferta por quatro, pois, uma grande parte das mulheres entre 50 e 69 anos ainda não fez o exame.
"A grande maioria não fez mamografia porque desconhece a necessidade do exame, não quer fazer ou não foi orientada pelo médico", disse Porto.
Ele afirma que, para alcançar esse grande número de mulheres, no primeiro trimestre de 2012, será ofertado um treinamento para mobilizar os profissionais de saúde, como médicos ginecologistas, mastologistas, enfermeiros e agentes de saúde, a captarem essas pacientes.
Não faltam mamógrafos, porém as filas para exames de biopsia ainda duram 60 dias, e é o alvo da atenção no Estado, pois, ao identificar um tumor com grandes chances de ser maligno, a espera para retirada é de dois meses, o que compromete o tratamento da neoplasia.
Sobre esta questão, Porto admite ser um problema a se resolver. "Logo estaremos com as policlínicas, que permitirão uma assistência mais efetiva".
Em todo o Brasil, o estudo do Inca aponta uma estimativa de 520 mil casos novos de câncer para o próximo ano.
Desconsiderando o câncer de pele não-melanoma, entre o sexo masculino, o câncer de próstata permanecerá como o mais comum, seguido pelo de pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral, laringe e bexiga.
Já nas mulheres, a glândula tireoide aparece no quinto lugar geral, do câncer de pele não-melanoma, mama, colo do útero, cólon e reto. Na sequência, vêm os tumores de pulmão, estômago e ovário.
Mudança
Ontem, o Hospital do Câncer do Ceará anunciou que passará a se chamar Hospital Haroldo Juaçaba, em homenagem ao médico responsável pela fundação do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), em 1944, e considerado o precursor da cancerologia no Estado.
"É uma homenagem digna a um dos médicos pioneiros da Oncologia no Ceará. Sua dedicação para promover o tratamento humanizado é exemplo para toda a sociedade cearense", afirmou o médico Sérgio Juaçaba, filho de dr. Haroldo e diretor geral do ICC.
O Hospital é certificado no Nível 1 da Acreditação Hospitalar, sendo a única instituição filantrópica do Ceará a conquistar esse padrão de excelência.
THAYS LAVORREPÓRTER
A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), revelada ontem, é que, para o ano de 2012, surjam 12.910 mil novos casos de câncer no Ceará. Destes, 6.240 devem atingir o sexo masculino e 6.670, o sexo feminino. As neoplasias malignas continuam com maior incidência na próstata, nos homens, e na mama, nas mulheres. Para se ter uma ideia da situação, em todo o Estado, o câncer de próstata deve acometer 2.110 novos homens. Somente na Capital, 490 devem ter este tipo de neoplasia. A estimativa para as mulheres é que 1.770 sejam diagnosticadas com câncer de mama, destas 720 moram em Fortaleza.
O estudo, que serve para orientar as políticas públicas para o setor, aponta uma estimativa, incluindo "Pele não melanoma" (tumor com baixa letalidade), de 17.390 mil casos novos da doença para o próximo ano, no Estado.
Além disso, sete novas localizações de câncer entraram no ranking dos tumores mais frequentes do País. São eles: bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), sistema nervoso central, corpo do útero, laringe (nos homens) e linfoma não-Hodgkin.
Os tumores na glândula tireoide devem acometer 410 mulheres cearenses, ficando em terceiro lugar em incidência, atrás do colo de útero e mama.
Também devem ser diagnosticados 250 casos novos de câncer de ovários, 220 de laringe em homens e 280 de linfoma não-Hodgkin. Com menor incidência, vem tumor de bexiga, com 130 novos diagnósticos, 90 em homens e 40 em mulheres.
Os tumores na laringe atinge o ex-presidente Lula, enquanto o ator Reynaldo Gianecchini enfrenta um linfoma não-Hodgkin, doença que acometeu a presidente Dilma Rousseff.
Avanços
O oncologista e presidente do Comitê Estadual do Câncer, Luís Porto, elogiou as iniciativas do governo federal nesta área. De acordo com ele, graças ao Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISmama), em 2008, foi possível aumentar em cinco vezes o número de mamografia no Ceará.
"No ano passado, realizamos 12 mil exames desta natureza. Já em 2011, nós ainda nem terminamos o ano, e já fizemos 60 mil mamografia", informou Luís Porto. Ele atribui este resultado ao incentivo do Ministério da Saúde, que paga os exames.
Segundo Porto, hoje não existe mais fila para mamografia no Estado. Porém, ele acrescenta que, mesmo assim, é preciso multiplicar esta oferta por quatro, pois, uma grande parte das mulheres entre 50 e 69 anos ainda não fez o exame.
"A grande maioria não fez mamografia porque desconhece a necessidade do exame, não quer fazer ou não foi orientada pelo médico", disse Porto.
Ele afirma que, para alcançar esse grande número de mulheres, no primeiro trimestre de 2012, será ofertado um treinamento para mobilizar os profissionais de saúde, como médicos ginecologistas, mastologistas, enfermeiros e agentes de saúde, a captarem essas pacientes.
Não faltam mamógrafos, porém as filas para exames de biopsia ainda duram 60 dias, e é o alvo da atenção no Estado, pois, ao identificar um tumor com grandes chances de ser maligno, a espera para retirada é de dois meses, o que compromete o tratamento da neoplasia.
Sobre esta questão, Porto admite ser um problema a se resolver. "Logo estaremos com as policlínicas, que permitirão uma assistência mais efetiva".
Em todo o Brasil, o estudo do Inca aponta uma estimativa de 520 mil casos novos de câncer para o próximo ano.
Desconsiderando o câncer de pele não-melanoma, entre o sexo masculino, o câncer de próstata permanecerá como o mais comum, seguido pelo de pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral, laringe e bexiga.
Já nas mulheres, a glândula tireoide aparece no quinto lugar geral, do câncer de pele não-melanoma, mama, colo do útero, cólon e reto. Na sequência, vêm os tumores de pulmão, estômago e ovário.
Mudança
Ontem, o Hospital do Câncer do Ceará anunciou que passará a se chamar Hospital Haroldo Juaçaba, em homenagem ao médico responsável pela fundação do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), em 1944, e considerado o precursor da cancerologia no Estado.
"É uma homenagem digna a um dos médicos pioneiros da Oncologia no Ceará. Sua dedicação para promover o tratamento humanizado é exemplo para toda a sociedade cearense", afirmou o médico Sérgio Juaçaba, filho de dr. Haroldo e diretor geral do ICC.
O Hospital é certificado no Nível 1 da Acreditação Hospitalar, sendo a única instituição filantrópica do Ceará a conquistar esse padrão de excelência.
THAYS LAVORREPÓRTER
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