Em 2011, o Ceará registrou a maior epidemia da doença em número de casos nos últimos 25 anos. Há ocorrências de dengue notificadas no Estado desde 1986 NATINHO RODRIGUES |
Voluntários entre nove e 16 anos, que moram em áreas de risco, receberam o medicamento que é composto por três doses
Fortaleza. é uma das cinco capitais brasileiras que participa de um teste em seres humanos de uma vacina contra a dengue. A iniciativa é do laboratório Sanofi Pasteur, que selecionou voluntários com idade entre nove e 16 anos, que residem em áreas expostas ao risco de transmissão de dengue. Campo Grande, Goiânia, Natal e Vitória são as outras capitais que participam dos experimentos. Caso seja aprovada, a vacina deverá ser colocada no mercado em 2014. De acordo com o laboratório, o medicamento é composto por três doses, que devem ser usadas com intervalos de seis meses. Na pesquisa, os cientistas trabalham separadamente com cada um dos quatro tipos de dengue. É como se fossem quatro vacinas diferentes misturadas em uma só.
Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), informa que o estudo não está vinculado ao Ministério da Saúde (MS), pois trata-se de uma iniciativa do próprio laboratório. Posteriormente, caso seja comprovada a sua eficácia, a vacina poderá ser vendida ao MS.
Outros pesquisadores no Brasil realizam estudos para elaborar uma vacina contra a dengue. O Instituto Butantã, vinculado ao Governo de São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz, do Governo Federal, são exemplos de instituições que possuem projetos neste sentido.
Pioneirismo
No Ceará, uma iniciativa pioneira começou a ser desenvolvida em 2006, quando a Universidade Estadual do Ceará (Uece) criou a primeira vacina vegetal de combate à dengue. A professora Isabel Florindo Guedes, bioquímica responsável pela pesquisa, afirma que a vacina está pronta. No entanto, denuncia que falta apoio financeiro por parte do Governo Estadual para melhorar a infraestrutura do laboratório a fim de que a pesquisa possa passar para a etapa de teste clínico.
"É uma vacina não invasiva, que usa uma rota natural e não possui nenhuma contra indicação. São muitas as vantagens", ressalta Isabel.
A especialista explica que o medicamento opera da seguinte forma: a proteína do vírus da dengue é introduzida na planta, especificamente em feijão de corda, que irá induzir o organismo a produzir anticorpos de defesa contra a doença. Até agora, ela só foi testada em camundongos, mas a ideia é que passe por teste clínico.
Caso seja aprovada pelo MS, a primeira vacina de origem vegetal deverá ser utilizada para combater epidemias de dengue em todo o mundo.
Com relação à reclamação de que o governo não apoia a iniciativa, Manoel Fonseca esclarece que a Secretaria não é um órgão financiador de pesquisa e que geralmente quem patrocina esse tipo de estudo são os laboratórios. A professora Isabel informa que a estufa de vegetação, onde as plantas vão ser cultivadas, já está construída.
Epidemia
No Ceará, 2011 se configurou como o ano de maior epidemia da doença em número de casos dos últimos 25 anos. No entanto, não se sabe ao certo quando a vacina deverá estar circulando no mercado.
No Estado, há casos de dengue notificados desde 1986. Os picos epidêmicos foram nos anos de 1987, 1994, 2001 e 2008. Em 2011, 52.066 ocorrências da doença foram confirmados, em 177, dos 184 municípios cearenses.
Vírus
52.066 casos de dengue foram confirmados no Ceará em 177 dos 184 municípios cearenses. Houve picos epidêmicos em 1987, 1994, 2001 e 2008
LUANA LIMAREPÓRTER
Fortaleza. é uma das cinco capitais brasileiras que participa de um teste em seres humanos de uma vacina contra a dengue. A iniciativa é do laboratório Sanofi Pasteur, que selecionou voluntários com idade entre nove e 16 anos, que residem em áreas expostas ao risco de transmissão de dengue. Campo Grande, Goiânia, Natal e Vitória são as outras capitais que participam dos experimentos. Caso seja aprovada, a vacina deverá ser colocada no mercado em 2014. De acordo com o laboratório, o medicamento é composto por três doses, que devem ser usadas com intervalos de seis meses. Na pesquisa, os cientistas trabalham separadamente com cada um dos quatro tipos de dengue. É como se fossem quatro vacinas diferentes misturadas em uma só.
Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), informa que o estudo não está vinculado ao Ministério da Saúde (MS), pois trata-se de uma iniciativa do próprio laboratório. Posteriormente, caso seja comprovada a sua eficácia, a vacina poderá ser vendida ao MS.
Outros pesquisadores no Brasil realizam estudos para elaborar uma vacina contra a dengue. O Instituto Butantã, vinculado ao Governo de São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz, do Governo Federal, são exemplos de instituições que possuem projetos neste sentido.
Pioneirismo
No Ceará, uma iniciativa pioneira começou a ser desenvolvida em 2006, quando a Universidade Estadual do Ceará (Uece) criou a primeira vacina vegetal de combate à dengue. A professora Isabel Florindo Guedes, bioquímica responsável pela pesquisa, afirma que a vacina está pronta. No entanto, denuncia que falta apoio financeiro por parte do Governo Estadual para melhorar a infraestrutura do laboratório a fim de que a pesquisa possa passar para a etapa de teste clínico.
"É uma vacina não invasiva, que usa uma rota natural e não possui nenhuma contra indicação. São muitas as vantagens", ressalta Isabel.
A especialista explica que o medicamento opera da seguinte forma: a proteína do vírus da dengue é introduzida na planta, especificamente em feijão de corda, que irá induzir o organismo a produzir anticorpos de defesa contra a doença. Até agora, ela só foi testada em camundongos, mas a ideia é que passe por teste clínico.
Caso seja aprovada pelo MS, a primeira vacina de origem vegetal deverá ser utilizada para combater epidemias de dengue em todo o mundo.
Com relação à reclamação de que o governo não apoia a iniciativa, Manoel Fonseca esclarece que a Secretaria não é um órgão financiador de pesquisa e que geralmente quem patrocina esse tipo de estudo são os laboratórios. A professora Isabel informa que a estufa de vegetação, onde as plantas vão ser cultivadas, já está construída.
Epidemia
No Ceará, 2011 se configurou como o ano de maior epidemia da doença em número de casos dos últimos 25 anos. No entanto, não se sabe ao certo quando a vacina deverá estar circulando no mercado.
No Estado, há casos de dengue notificados desde 1986. Os picos epidêmicos foram nos anos de 1987, 1994, 2001 e 2008. Em 2011, 52.066 ocorrências da doença foram confirmados, em 177, dos 184 municípios cearenses.
Vírus
52.066 casos de dengue foram confirmados no Ceará em 177 dos 184 municípios cearenses. Houve picos epidêmicos em 1987, 1994, 2001 e 2008
LUANA LIMAREPÓRTER
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