sábado, 22 de outubro de 2011

Orlando fica, após reunião com Dilma

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O Ministro é alvo de suspeitas de participação em um esquema de fraude no programa Segundo Tempo. Antes da reunião, ele emitiu nota afirmando ser alvo de campanha caluniosa AGÊNCIA BRASIL
O procurador-geral da República diz que o programa do Ministério teria irregularidades em todo o País
Brasília. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, foi mantido no cargo após reunião com a presidente Dilma Rousseff. Em um rápido pronunciamento após o encontro, Silva afirmou que apresentou todas as explicações à respeito das denúncias que envolvem o seu nome no comando da pasta e que também implicam a gestão do PC do B no ministério. "Na conversa esclarecemos todos os fatos e todas as acusações que tenho sofrido. Desmascarei todas as mentiras diante da presidente", disse o ministro.
De acordo com ele, a orientação da presidente foi no sentido de que o trabalho continue. "A presidente me sugeriu serenidade e paciência. Dilma reafirmou a confiança no nosso trabalho", afirmou.

Segundo o ministro, tanto ele quanto o partido não hesitarão em fazer suas defesas diante das acusações. Silva afirmou que a revista "Veja" "não apresentou provas porque não houve, não há e não haverá essas provas. É uma mentira, uma farsa".

Silva disse ainda que continuará prestando esclarecimentos aos órgãos competentes, como o Ministério Público e a Comissão de Ética do Governo. O ministro voltou a atacar o policial militar João Dias, delator do esquema de corrupção, e disse que a acusação só foi feita porque o ministério agiu de forma dura contra os desvios feitos pelo ex-militante do PC do B.

Antes do encontro com a presidente Dilma Rousseff, Orlando divulgou nota no site do Ministério do Esporte para falar mais uma vez sobre as denúncias de fraude na pasta.

Ontem, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou, ao comentar as denúncias que envolvem o Ministério do Esporte, que "aparentemente as irregularidades têm caráter nacional".

Inquérito
O procurador Roberto Gurgel disse que pediu a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso por "entender que há indício, sim, de crime".

"Solicitamos algumas diligências iniciais, por enquanto não são invasivas, como a quebra de sigilos, mas a reunião de uma série de documentos que se encontram no Tribunal de Contas e na Controladoria-Geral da União, no sentido de formar um quadro da situação das irregularidades e das autoridades envolvidas", afirmou.

Segundo Gurgel, "o programa desenvolvido pelo Ministério do Esporte teria graves irregularidades não apenas no Distrito Federal ou em determinado Estado, mas praticamente em todo o País".

CANDIDATO
Temer diz que Pelé é um ´grande nome´ para o cargo

São Paulo.
O vice-presidente da República, Michel Temer, disse ontem que considera o ex-jogador Pelé um "grande nome" para comandar o Ministério do Esporte caso saia do cargo o ministro Orlando Silva (PC do B), que enfrenta denúncias de corrupção. Temer fez a declaração após ser questionado sobre Pelé por repórteres.

"Se houver substituição, é claro que o Pelé é sempre um grande nome. Além de símbolo, um grande nome", disse. Pelé já foi o titular da pasta durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Sobre o destino de Orlando, Temer disse que a presidente Dilma Rousseff "está tomando todas as providências, sempre partindo da tese corretíssima da presunção de inocência".

Ele descartou que a crise vá "embaraçar" a relação com a Fifa ou prejudicar a Copa do Mundo de 2014. Temer disse não saber se o PC do B ficará com o Ministério do Esporte em eventual saída de Orlando.

ONGDocumentos mostram que Anna Cristina Lemos Petta, mulher do ministro Orlando Silva, recebeu dinheiro da União por meio de uma ONG comandada por filiados ao PCdoB. Ela própria é quem assina o contrato entre a Hermana e a ONG Via BR, que recebeu R$ 278,9 mil em novembro do ano passado. A Hermana é uma empresa de produção cultural criada pela mulher do ministro e sua irmã, Helena. Prestou serviços de assistente de pesquisa para documentário sobre a Comissão da Anistia.

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