Melhoria salarial: trabalhadores dos Correios, parados desde 14 de setembro, reivindicam piso de R$ 1.635,00. Hoje, o piso salarial corresponde a R$ 807,00 RODRIGUES POZZEBON/ABR |
Em assembleia, carteiros recusaram a proposta de acordo costurado no Tribunal Superior do Trabalho
Em pouco mais de 15 minutos, os funcionários dos Correios no Ceará aprovaram, por unanimidade, a continuidade da greve iniciada no dia 14 do mês passado. A decisão vai de encontro à recomendação do comando nacional do movimento em Brasília e foi tomada na assembleia geral realizada ontem, ao lado do edifício sede da empresa em Fortaleza, na Rua Senador Alencar,38, em uma área que vem servindo para uma espécie de "acampamento" dos grevistas. A assembleia - que contou com a participação de cerca de 300 carteiros e demais funcionários dos Correios - recusou a proposta de acordo costurado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após a apresentação de contrapropostas da ECT à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect). "Não dá para aceitar o que a empresa apresentou", disse a coordenadora do Sindicato dos trabalhadores (Sintect-CE), Lourdinha Félix.
"A orientação repassada pelo comando em Brasília foi pelo fim da greve", reiterou a liderança sindical, informando que "não houve conquistas no que foi apresentado na reunião no TST. Eles (referindo-se à Federação) defendem o fim da greve porque são pelegos", disparou.
Segundo o Sindicato, os trabalhadores dos Correios são os que, atualmente, têm o pior piso salarial dentre as estatais (R$ 807), por isso reivindicam piso de R$ 1.635,00. "Estamos mobilizados e não vamos aceitar migalhas", afirmou a coordenadora do Sintect, Lourdinha Félix.
A proposta apresentada, ontem, pela direção da ECT à Fentect, eleva o reajuste para equipará-lo ao índice da inflação (6,87%) e concede aumento linear de 80 reais a partir de 1° de outubro de 2011.
"É um retrocesso", comentou o secretário geral do Sintect-CE, Veridiano Matos, explicando que a entidade quer a reposição dos salários para corrigir a inflação do período de 1º de agosto de 2010 a 31 de julho de 2011, correspondente a 7,16%. "Começamos pedindo, também, um ganho real de R$ 400,00. Depois baixamos para R$ 200,00 e agora para R$ 100,00", disse, adiantando que a proposta da empresa é de um reajuste de 6,87% e aumento linear de 80 reais a partir de 1° de outubro de 2011. "A greve é pela intransigência deles, que impedem uma negociação por causa de R$ 20,00", frisou. o
Ganho real
80 Reais é o valor do ganho real linear proposto pelos Correios. Mas funcionários querem R$ 100, isso porque começaram reivindicando R$ 400,00
QUÓRUM
Sindicatos rejeitam acordo
No acordo que foi tentado entre a empresa e a Federação do trabalhadores, quanto aos dias parados aprovou que os Correios devolveriam em folha suplementar, até segunda-feira próxima, o desconto já efetuado na folha de pagamento dos primeiros seis dias de paralisação. O desconto nos contracheques seria feito em 12 parcelas mensais (meio dia de trabalho por mês). Os 15 dias restantes seriam compensados com trabalho aos sábados e domingos.
"Não há avanço", reiterou a coordenadora do Sintect-CE, Lourdinha Félix. Explicou que caso 50% mais um dos 35 sindicatos do País rejeitem a tentativa de acordo do TST essa proposta fica invalidada. Ontem, por volta das 17 horas, o secretario geral da entidade Veridiano Matos garantiu que o quórum já havia sido atingido. "Mas só amanhã (hoje) saberemos da posição de todos os sindicatos, após suas assembleias".
Já a direção da empresa em Fortaleza informou que a distribuição de correspondências continua, uma vez que a paralisação é parcial. Além disso, os Correios estão trabalhando para minimizar os impactos da greve na distribuição. Para isso, além da mão-de-obra temporária e dos profissionais que não aderiram à paralisação, a ECT está realocando empregados da área administrativa para a operacional e realizando mutirões nos fins de semana, citou.
Ainda ontem, à tarde, os Correios divulgaram nota informando que a empresa fará uma "operação especial dedicada ao Enem". Assim, prevê, não haverá problemas na distribuição dos cartões de confirmação.
MOZARLY ALMEIDAREPÓRTER
Em pouco mais de 15 minutos, os funcionários dos Correios no Ceará aprovaram, por unanimidade, a continuidade da greve iniciada no dia 14 do mês passado. A decisão vai de encontro à recomendação do comando nacional do movimento em Brasília e foi tomada na assembleia geral realizada ontem, ao lado do edifício sede da empresa em Fortaleza, na Rua Senador Alencar,38, em uma área que vem servindo para uma espécie de "acampamento" dos grevistas. A assembleia - que contou com a participação de cerca de 300 carteiros e demais funcionários dos Correios - recusou a proposta de acordo costurado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após a apresentação de contrapropostas da ECT à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect). "Não dá para aceitar o que a empresa apresentou", disse a coordenadora do Sindicato dos trabalhadores (Sintect-CE), Lourdinha Félix.
"A orientação repassada pelo comando em Brasília foi pelo fim da greve", reiterou a liderança sindical, informando que "não houve conquistas no que foi apresentado na reunião no TST. Eles (referindo-se à Federação) defendem o fim da greve porque são pelegos", disparou.
Segundo o Sindicato, os trabalhadores dos Correios são os que, atualmente, têm o pior piso salarial dentre as estatais (R$ 807), por isso reivindicam piso de R$ 1.635,00. "Estamos mobilizados e não vamos aceitar migalhas", afirmou a coordenadora do Sintect, Lourdinha Félix.
A proposta apresentada, ontem, pela direção da ECT à Fentect, eleva o reajuste para equipará-lo ao índice da inflação (6,87%) e concede aumento linear de 80 reais a partir de 1° de outubro de 2011.
"É um retrocesso", comentou o secretário geral do Sintect-CE, Veridiano Matos, explicando que a entidade quer a reposição dos salários para corrigir a inflação do período de 1º de agosto de 2010 a 31 de julho de 2011, correspondente a 7,16%. "Começamos pedindo, também, um ganho real de R$ 400,00. Depois baixamos para R$ 200,00 e agora para R$ 100,00", disse, adiantando que a proposta da empresa é de um reajuste de 6,87% e aumento linear de 80 reais a partir de 1° de outubro de 2011. "A greve é pela intransigência deles, que impedem uma negociação por causa de R$ 20,00", frisou. o
Ganho real
80 Reais é o valor do ganho real linear proposto pelos Correios. Mas funcionários querem R$ 100, isso porque começaram reivindicando R$ 400,00
QUÓRUM
Sindicatos rejeitam acordo
No acordo que foi tentado entre a empresa e a Federação do trabalhadores, quanto aos dias parados aprovou que os Correios devolveriam em folha suplementar, até segunda-feira próxima, o desconto já efetuado na folha de pagamento dos primeiros seis dias de paralisação. O desconto nos contracheques seria feito em 12 parcelas mensais (meio dia de trabalho por mês). Os 15 dias restantes seriam compensados com trabalho aos sábados e domingos.
"Não há avanço", reiterou a coordenadora do Sintect-CE, Lourdinha Félix. Explicou que caso 50% mais um dos 35 sindicatos do País rejeitem a tentativa de acordo do TST essa proposta fica invalidada. Ontem, por volta das 17 horas, o secretario geral da entidade Veridiano Matos garantiu que o quórum já havia sido atingido. "Mas só amanhã (hoje) saberemos da posição de todos os sindicatos, após suas assembleias".
Já a direção da empresa em Fortaleza informou que a distribuição de correspondências continua, uma vez que a paralisação é parcial. Além disso, os Correios estão trabalhando para minimizar os impactos da greve na distribuição. Para isso, além da mão-de-obra temporária e dos profissionais que não aderiram à paralisação, a ECT está realocando empregados da área administrativa para a operacional e realizando mutirões nos fins de semana, citou.
Ainda ontem, à tarde, os Correios divulgaram nota informando que a empresa fará uma "operação especial dedicada ao Enem". Assim, prevê, não haverá problemas na distribuição dos cartões de confirmação.
MOZARLY ALMEIDAREPÓRTER
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