NO CEARÁ, a praga da mosca negra dos citrus está atacando as regiões da Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Paraipaba, Paracuru, Pentecoste, Baixo Acaraú e Serra da Ibiapaba DIVULGAÇÃO |
Uma praga está atacando quintais e viveiros de áreas urbanas de diversos Municípios de várias regiões
Quixadá. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) está em estado de alerta. Uma praga capaz de se desenvolver em mais de 300 espécies, tendo como hospedeiros primários, citros, caju e abacate, está atacando quintais e viveiros de áreas urbanas de Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Paraipaba, Paracuru, Pentecoste, Viçosa do Ceará e Marco. De acordo com o assessor técnico da Adagri, Tito Carneiro, as infestações ainda não atingiram áreas de plantios comerciais dessas regiões. Estão sendo monitoradas sistematicamente. A mosca negra é o inseto transmissor dessa praga. Segundo o técnico, no caso de viveiristas, a medida de controle é a retirada imediata e destruição das mudas infestadas e posterior pulverização da área. Nas áreas urbanas, o controle é feito com podas e destruição do material removido e em seguida pulverização com óleo mineral. Além de serem hospedeiros secundários, banana, goiaba, mamão, manga e rosas podem ser afetados pela praga, causando dano econômico para o mercado interno e externo de frutas. Essa praga é, oficialmente, conceituada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como quarentenária presente no Brasil.
A mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi Ashby) é originária do Sudoeste da Ásia. No Caribe, ela foi descrita pela primeira vez em 1913, ocorrendo na Jamaica. Nos últimos anos têm se propagado por regiões tropicais e subtropicais, entre as quais Caribe, América Central e América do Norte. Foi detectada no Brasil em 2001, no Estado do Pará. Já está disseminada nos Estados do Amapá, Amazonas, Goiás, Maranhão, São Paulo, Tocantins, da Paraíba, do Ceará, do Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e do Piauí.
O inseto pode ser encontrado durante todo o ano, entretanto, a sua reprodução é baixa nos meses mais frios. Os ovos são depositados em forma de espiral (é a melhor fase para identificação) sobre as folhas, e as fêmeas podem depositar 100 ovos durante a sua vida, cujo período varia entre 2 a 4 meses. A praga insere seu aparato bucal nas folhas e começam a succionar a seiva do vegetal. Os adultos têm capacidade de deslocamento de até 187m/dia. O principal meio de dispersão da praga é o antrópico, ou seja, o homem pelo trânsito de frutas e especialmente mudas.
O picador-sugador de seiva elaborada ingere mais do que necessita, excretando continuamente uma secreção açucarada que favorece a proliferação de fungos saprófitas, sendo o principal deles a fumagina (Capnodium sp.).
Estes fungos formam uma camada escura que reveste folhas, frutos e ramos. Em altas infestações, a planta torna-se totalmente enegrecida. A fumagina reduz a fotossíntese, impede a respiração da planta e diminui o nível de nitrogênio das folhas. Em altas concentrações, ela interfere na formação de frutos, prejudicando a produção e diminuindo o valor comercial do produto. Causa redução de até 80% na produtividade.
Monitoramento
Carneiro acrescenta haver monitoramento da praga em todo o Estado, mensalmente. Além de fiscais e agentes da Adagri, técnicos da Ematerce e das prefeituras participam da ação. A fiscalização está sendo intensificada nos eixos das principais rodovias de acesso ao Ceará. Pontos de parada de veículos, como postos de abastecimento, borracharias, rodoviárias, inclusive nos pátios e quintais de residências; viveiros de produção e comercialização de mudas frutíferas e ornamentais (roseiras) dos Municípios localizados no eixo das rodovias estão sendo vistoriados continuamente.
O manejo integrado de pragas é o principal procedimento a ser utilizado pelos produtores para evitarem ou minimizarem os efeitos causados pela praga, especialmente naqueles estados onde a praga da mosca esta estabelecida.
MAIS INFORMAÇÕES:
Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri)
Telefone: (85) 3101.2500/ Av. Bezerra de Menezes, 1820 - Fortaleza / Ceará
Alex Pimentel Colaborador
Quixadá. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) está em estado de alerta. Uma praga capaz de se desenvolver em mais de 300 espécies, tendo como hospedeiros primários, citros, caju e abacate, está atacando quintais e viveiros de áreas urbanas de Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Paraipaba, Paracuru, Pentecoste, Viçosa do Ceará e Marco. De acordo com o assessor técnico da Adagri, Tito Carneiro, as infestações ainda não atingiram áreas de plantios comerciais dessas regiões. Estão sendo monitoradas sistematicamente. A mosca negra é o inseto transmissor dessa praga. Segundo o técnico, no caso de viveiristas, a medida de controle é a retirada imediata e destruição das mudas infestadas e posterior pulverização da área. Nas áreas urbanas, o controle é feito com podas e destruição do material removido e em seguida pulverização com óleo mineral. Além de serem hospedeiros secundários, banana, goiaba, mamão, manga e rosas podem ser afetados pela praga, causando dano econômico para o mercado interno e externo de frutas. Essa praga é, oficialmente, conceituada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como quarentenária presente no Brasil.
A mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi Ashby) é originária do Sudoeste da Ásia. No Caribe, ela foi descrita pela primeira vez em 1913, ocorrendo na Jamaica. Nos últimos anos têm se propagado por regiões tropicais e subtropicais, entre as quais Caribe, América Central e América do Norte. Foi detectada no Brasil em 2001, no Estado do Pará. Já está disseminada nos Estados do Amapá, Amazonas, Goiás, Maranhão, São Paulo, Tocantins, da Paraíba, do Ceará, do Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e do Piauí.
O inseto pode ser encontrado durante todo o ano, entretanto, a sua reprodução é baixa nos meses mais frios. Os ovos são depositados em forma de espiral (é a melhor fase para identificação) sobre as folhas, e as fêmeas podem depositar 100 ovos durante a sua vida, cujo período varia entre 2 a 4 meses. A praga insere seu aparato bucal nas folhas e começam a succionar a seiva do vegetal. Os adultos têm capacidade de deslocamento de até 187m/dia. O principal meio de dispersão da praga é o antrópico, ou seja, o homem pelo trânsito de frutas e especialmente mudas.
O picador-sugador de seiva elaborada ingere mais do que necessita, excretando continuamente uma secreção açucarada que favorece a proliferação de fungos saprófitas, sendo o principal deles a fumagina (Capnodium sp.).
Estes fungos formam uma camada escura que reveste folhas, frutos e ramos. Em altas infestações, a planta torna-se totalmente enegrecida. A fumagina reduz a fotossíntese, impede a respiração da planta e diminui o nível de nitrogênio das folhas. Em altas concentrações, ela interfere na formação de frutos, prejudicando a produção e diminuindo o valor comercial do produto. Causa redução de até 80% na produtividade.
Monitoramento
Carneiro acrescenta haver monitoramento da praga em todo o Estado, mensalmente. Além de fiscais e agentes da Adagri, técnicos da Ematerce e das prefeituras participam da ação. A fiscalização está sendo intensificada nos eixos das principais rodovias de acesso ao Ceará. Pontos de parada de veículos, como postos de abastecimento, borracharias, rodoviárias, inclusive nos pátios e quintais de residências; viveiros de produção e comercialização de mudas frutíferas e ornamentais (roseiras) dos Municípios localizados no eixo das rodovias estão sendo vistoriados continuamente.
O manejo integrado de pragas é o principal procedimento a ser utilizado pelos produtores para evitarem ou minimizarem os efeitos causados pela praga, especialmente naqueles estados onde a praga da mosca esta estabelecida.
MAIS INFORMAÇÕES:
Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri)
Telefone: (85) 3101.2500/ Av. Bezerra de Menezes, 1820 - Fortaleza / Ceará
Alex Pimentel Colaborador
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