sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mendes Ribeiro assume ministério

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A indicação do deputado federal gaúcho foi avalizada pelo vice-presidente Michel Temer
GUSTAVO LIMA/AGÊNCIA CÂMARA
 Após a saída de Wagner Rossi, o Palácio do Planalto confirma outro peemedebista no cargo de primeiro escalão
Brasília. Próximo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas até então fora do primeiro escalão, o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) assume a pasta da Agricultura dizendo que pretende "aprender" com o trabalho do ex-ministro Wagner Rossi, que deixou a Esplanada envolvido em suspeitas de corrupção.
Mendes também disse que não fará "faxina". Segundo ele, quem faz investigações são órgãos responsáveis por esse tipo de trabalho.

Depois de visitar o Planalto, o futuro ministro disse que a prioridade na sua gestão será "ouvir". "Pretendo aprender muito para poder ajudar", afirmou, logo depois de ter sido confirmado pela Presidência para o cargo. Ele disse que conversou na quarta-feira por telefone com a presidente, que o convidou para o cargo, e que hoje à tarde conversará com ela.

O novo ministro deverá receber de Dilma autorização para trocar quem quiser nos postos de importância do setor.

Mendes Ribeiro disse que vai assumir a pasta com muita cautela e que aprendeu isso na vida pública. Ele lamentou ter saído da liderança do governo no Congresso sem ter conseguido levar adiante e aprovar o programa de acesso à informação pública, de interesse da presidente.

Sobre o fato de não ser profundo conhecedor da área agrícola, o futuro ministro disse que "tem muito que aprender" e que vai procurar o ex-ministro Rossi para tratar do assunto. "Quero aprender com ele", disse. Mendes Ribeiro elogiou Rossi, destacando o "extraordinário trabalho" realizado na Pasta e agradeceu o apoio do partido à sua indicação.

Substituição
A substituição foi avalizada pelo vice-presidente da República Michel Temer, que minimizou a crise na base do governo e rejeitou o termo "faxina". Para ele, "não há estremecimento algum". O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou que a indicação tem o aval da cúpula e do partido. "(Ele) tem o apoio incondicional do partido, mais do que nunca o PMDB está unido, temos demonstrado isso, sobretudo nos últimos dias", disse.

Rossi deixou o cargo após o desgaste provocado por denúncias de corrupção e tráfico de influência, que passou a atingir seus familiares.

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