terça-feira, 2 de agosto de 2011

Juíza oferece ajuda à noiva do ex-goleiro

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Macarrão e o ex-goleiro Bruno são acusados pela morte e desaparecimento de Elisa Samudio
FOTO: ALEXANDRE DURÃO/FOLHAPRESS
 O Ministério Público de Minas confirmou ontem que obteve autorização judicial para grampear os telefones da juíza
São Paulo. Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram a juíza Maria José Starling, da comarca de Esmeraldas (MG), consolando a noiva do goleiro Bruno Fernandes, Ingrid Oliveira, e oferecendo abrigo e um advogado de confiança para ela. Starling critica ainda Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Ele e Bruno são acusados de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador.

A magistrada, que é acusada por Bruno e Ingrid de pedir dinheiro em troca de habeas corpus, negou as acusações por meio de seu advogado, Getúlio de Queiroz. Ele disse que as gravações, às quais a reportagem teve acesso, são falsas. "Não é ela", disse o defensor.

Trechos das gravações foram exibidos pelo programa "Fantástico", da Rede Globo no último domingo. O Ministério Público Estadual de Minas confirmou ontem que obteve autorização judicial para grampear os telefones da juíza e de outros envolvidos no caso. O órgão, no entanto, disse não confirmar a veracidade dos áudios divulgados.

Trechos
"Esse Macarrão, eu estou quase fazendo uma lasanha dele", diz a juíza em uma das conversas. ´Não aguento olhar na cara dele", completa, em conversa com Ingrid Oliveira.

A juíza, que foi afastada temporariamente do cargo pelo TJ-MG na última semana, orienta Ingrid a confiar em um advogado. "O doutor Robson te orienta", diz ela. O advogado citado é Robson Pinheiro, segundo o deputado estadual Durval Ângelo (PT), que denunciou em junho a suposta tentativa de extorsão. Pinheiro, que atuou na defesa de Bruno, mas foi dispensado por ele, nega ter participado de qualquer esquema ilegal.

Ontem à tarde o advogado Wasley Vasconcelos, que defende Macarrão, entrou com um requerimento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) pedindo uma cópia sem cortes da matéria do Fantástico. Disse que as declarações feitas por Macarrão ao programa foram distorcidas.

Na sua versão, Macarrão falou por duas horas e a matéria não levou ao ar informações importantes que ele teria dito. "O que fizeram dá margem para novas interpretações da acusação, isso pode prejudicá-lo".

Wasley frisou que na entrevista há um trecho em que Macarrão diz que ama o Bruno, mas a parte seguinte, quando ele diz que não seria capaz de matar pela amizade, foi cortada. Macarrão disse que entregou R$ 30 mil a Eliza, a deixou em um ponto de táxi e foi embora.

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